DÚVIDAS

Ainda o homicídio e o assassínio
Viva: A vossa resposta à pergunta feita, por um vosso utilizador, sobre a diferença entre homicídio e assassínio, foi que não havia diferença. Segundo indicaram: De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, são termos sinónimos: «Homicídio: s. m. (do lat. "homicidium"). Morte de um ser humano por actuação ilegítima e violenta de outrem; acção de matar alguém. Sinónimo de assassínio.» «Assassínio: s. m. (do it. "assassinio"). Acto ou resultado de matar alguém, premeditadamente e à traição; acto de assassinar. Sinónimo de assassinato.» «Assassinato: s. m. (do fr. "assassinat"). O mesmo que assassínio.» Também eu tinha a mesma dúvida, tanto mais que num conhecido canal da televisão por cabo, sobre uma série policial, frente a um cadáver, perguntam: Acidente, homicídio ou assassinato? Depois de ler cuidadosamente as definições do dicionário, sou tentado a concluir que um assassinato é uma forma premeditada de causar a morte. Se um indivíduo se mete num carro e por atropelamento intencional mata outro indivíduo cometeu um assassinato. Se acidentalmente atropela mortalmente um indivíduo, então cometeu um homicídio (por negligência). Terei razão? Nos filmes americanos de julgamentos é a palavra homicídio que aparece, e assassinato parece ser mais um termo de gosto popular. Algo parecido com a palavra pedófilo (termo popular) que não faz parte do vocabulário jurista! Sem mais,   N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Uso de «maioria»
Gostaria de colocar a seguinte questão: é correcto dizer «a maioria das pessoas»? Tenho a ideia de que o uso do termo «maioria» deve ser feito isoladamente. O correcto seria, assim, «a maior parte das pessoas» ou «a maioria», simplesmente, mesmo quando não se está a fazer referência a pessoas. «A maioria das vezes» soa-me muito mal, parecendo-me mais correcto dizer «a maior parte das vezes». Outro exemplo: «Muitos jovens são fumadores, mas a maioria não é» parece-me bem; «Muitos jovens são fumadores, mas a maioria deles não é» parece-me mal. Será possível esclarecerem-me? Obrigado e parabéns pelo "site".
O anglicismo semântico “evidência”
Em nossa labuta diária, deparamo-nos com dúvidas atrozes e singelas, onde nossa certeza de bem usar a última flor do Lácio é diuturnamente ameaçada pela barbárie. Eis o motivo da indagação que ora lhe apresento, mediante o seguinte enunciado: O Dicionário Eletrônico Houaiss 1.0 nos diz que a expressão "evidência" tem como primeiro sentido «qualidade ou caráter de evidente, atributo do que não dá margem à dúvida» e, como terceiro sentido, «aquilo que indica, com probabilidade, a existência de (algo); indicação, indício, sinal, traço». Assim, num texto técnico, p. ex., na frase «Nossos trabalhos nos trouxeram evidência de superfaturamento», é seguro afirmar que a palavra "evidência" pode ser substituída por "prova", ou seria mais adequado substituí-la por "indício"? Muito obrigado!
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa