DÚVIDAS

CIBERDÚVIDAS

Textos publicados pelo autor

Consultório

Acerca do relativo cujo

Pergunta: Certa vez li um artigo cujo autor expressou a opinião de que o pronome relativo cujo está na realidade com os dias contados, ou seja, previu-se a sua extinção para dentro em breve. De fato, pelo menos aqui no Brasil, quase ninguém o emprega na linguagem falada e, quando se usa na escrita, muitas vezes esse pronome está fora de propósito (sem função ou com função errada). Vendo o quadro por esse lado, realmente não existem boas perspectivas para a sobrevivência do cujo, o qual tende a sumir-se como tem acontecido à mesóclise....

Consultório

Expressão, espremeção e espremedura

Pergunta: A enfermeira do setor pergunta: — Como se escreve expressão? Soletrei. Então, ela comenta: — Não! Expressão de ferida. — Como assim? — Quando eu espremo a ferida infectada — ela responde. — Isso não existe. Uma médica que estava presente aproveita a ocasião e me dá uma aula: — Existe, sim! «Expressão de ferida», quando você espreme uma ferida, é muito usual essa colocação. — Doutora, sinto muito em desapontá-la, mas veja os verbos e substantivos: expressar —...

Consultório

Sobre o verbo correspondente a inconfidência

Pergunta: Diz-se «cometi uma inconfidência». O verbo "inconfidenciar" existe? Obrigado.Resposta: Ainda que o adjectivo inconfidencial seja acolhido, por exemplo, pelo Vocabulário Ortográfico do Português, do ILTEC, pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, pela Infopédia e pelo Dicionário de Sinónimos e Antónimos do jornal Público (como antónimo de...

Consultório

Acerca da palavra matricida

Pergunta: À semelhança das formas masculinas parricida/patricida, também se pode dizer marricida/matricida? É que li a palavra "marricida" no Sol, numa notícia sobre um homem que matou a própria mãe, mas não a encontro em mais lado nenhum. Nem nos dicionários, nem na Internet... Muito obrigado.Resposta: Na verdade, de acordo com a generalidade dos dicionários de língua portuguesa consultados (ex.: Priberam), a palavra parricida significa «pessoa que mata seu pai ou sua mãe ou outro...

Consultório

A grafia de malsucedido e bem-sucedido

Pergunta: Por que malsucedido não é separado por hífen e bem-sucedido sim? Obrigada.Resposta: Lindley Cintra e Celso Cunha (Nova Gramática do Português Contemporâneo, pp. 66-67) deixam desde logo bem claro que «o emprego do hífen é simples convenção», especificando, posteriormente, que o referido sinal gráfico é usado, por exemplo, nos compostos com o radical mal- apenas «quando o elemento seguinte começa por vogal ou h: mal-educado, mal-humorado», e que, nos...
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa