Textos publicados pela autora
Sobre a interjeição
Pergunta: A interjeição tem uma função sintática na oração?Resposta: A interjeição é uma palavra por meio da qual exprimimos um estado emotivo. Tem muitas vezes existência autónoma, traduzindo todo um pensamento e equivalendo a uma oração. Por si só, a interjeição não tem função sintáctica na oração. Poderá integrar um termo da oração, como a interjeição “ó”, que serve para formar o vocativo....
«Ora, a harmonia...»
Pergunta: A que classe gramatical pertence a palavra "Ora" no seguinte contexto: «Ora, a harmonia...»?Resposta: Embora não seja apresentado todo o contexto, interpreto que este “ora” inicia um período e estabelece uma ligação entre o conteúdo desse período e o do período anterior. Se assim for, trata-se de uma conjunção. Essa conjunção tanto pode ser explicativa (ou continuativa) como adversativa. Tratar-se-á de uma conjunção explicativa se a frase que ela introduz explanar ou continuar o sentido da...
O que são categorias linguísticas?
Pergunta: Gostaria que me tirassem uma dúvida: O que são categorias linguísticas? Se possível dêem-me alguns exemplos.Resposta: Segundo o Dicionário de Termos Linguísticos, da Associação Portuguesa de Linguística e do Instituto de Linguística Teórica e Computacional, categoria é um termo usado em linguística em diferentes níveis de abstracção. A categorização estabelece um conjunto de unidades classificatórias ou propriedades utilizadas na descrição da língua. Estas unidades têm uma...
«Um dia de ceifa é bastante para mo matar»
Pergunta: Estava lendo "As Pupilas do Senhor Reitor", de Júlio Diniz. Logo ao início, encontro um pai a referir-se assim do filho: "Mas o Daniel já não é assim. Aquilo é outra mãe [...] Um dia de ceifa é bastante para mo matar".
Gostaria, por favor, que me explicassem o sentido dessa frase: "Um dia de ceifa é bastante para mo matar". Qual a função do pronome "mo" nesta frase.
Por que o autor não escreve, simplesmente, "um dia de ceifa é suficiente para matá-lo"?
Agradeço-lhes imenso.Resposta: Nesta obra de Júlio Dinis, José das...
Regra para distinguir o futuro do conjuntivo do infinitivo pessoal
Pergunta: Gostava de saber a vossa opinião a respeito de uma certa M. T. Piacentini, professora de português, que, num site brasileiro dedicado à gramática da língua portuguesa, dá o seguinte exemplo de infinitivo pessoal:
«Ficaremos mais satisfeitos a cada novo produto que fabricarmos.»
Cá, em França, entre os nossos estudantes, confundir o infinitivo pessoal com o futuro do conjuntivo é considerado erro de palmatória. E lá?Resposta: Na frase citada é, efectivamente,...
