Maria Regina Rocha - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pela autora
Um ensino por metas

Em jeito de resposta a questões levantadas sobre a exequibilidade dos Programas e Metas Curriculares que, em Portugal, desde o ano letivo de 2015/2016, estão em vigor na disciplina de Português dos ensinos básico e secundário, Maria Regina Rocha, coautora dos referidos documentos (consultar aqui e aqui), sublinha a importância da definição de metas como forma de conferir maior objetividade à avaliação dos alunos por parte de professores e encarregados de educação. Artigo dado à estampa no jornal Público em 12/04/2016 (texto escrito conforme a norma ortográfica de 1945).

O feminino da palavra <i>bispo</i>

A propósito da recente nomeação de uma mulher para ocupar o cargo de bispo na Igreja Anglicana, na Inglaterra, levantou-se o problema da sua designação em português: a episcopisa ou a bispa?

O ponto nas abreviaturas dos numerais ordinais é dispensável quando o subscrito em índice elevado estiver sublinhado? A dúvida, já aqui esclarecida por D’Silvas Filho, é pretexto de um nova abordagem, da autoria de Maria Regina Rocha. Por sua opção, manteve-se a ortografia anterior ao Acordo Ortográfico.

Maria Regina Rocha  

«Para que serve um “acordo ortográfico”? Para unificar a ortografia de povos que falam a mesma língua. Ora, com este acordo, a ortografia da Língua Portuguesa não se unificou», sustenta Maria Regina Rocha, neste artigo, saído no jornal Público de 19-01-2013. O texto que aqui se transcreve é a versão que a autora entendeu ficar em linha no Ciberdúvidas.

 

Pergunta:

Ultimamente, na cena política portuguesa, tem sido muito usada a palavra trapalhada, no seu sentido  de «confusão», «coisa ou questão enredada, que não se entende bem».

Gostava de ter um comentário do Ciberdúvidas...

Muito obrigado.

Resposta:

Esse é um sentido figurado. Considera-se que a palavra trapalhada se formou de trapo (trapo + -alho + -ada), tendo começado por designar «grande quantidade de trapos». Quando os trapos estão desordenadamente juntos, a imagem sugerida é a de falta de arrumação, de confusão. Depois, a palavra passou a designar «porção de coisas várias, heterogéneas», assumindo, enfim, o significado actual de «coisa ou questão enredada, confusa», «algo feito de forma impensada, não planeada, desordenada ou pouco clara».