«É (...) admissível que se faça a distinção entre homens e mulheres, por exemplo, num discurso político, por uma questão de expressividade oratória ("Portuguesas e portugueses", "Cidadãs e cidadãos"...), mas tal não é funcional na generalidade dos discursos e textos. As palavras não têm sexo: na língua, o masculino ou o feminino são, apenas, género gramatical», escreve Maria Regina Rocha, neste artigo dado à estampa no jornal Público deste dia, a propósito da querela suscitada pela iniciativa do Bloco de Esquerda para a mudança, em Portugal, da denominação do cartão do cidadão.