Pergunta:

Gostaria de saber se é obrigatório na abreviação de "artigo" escrever "art.º" ou se se pode usar apenas "artº".

Resposta:

A abreviação da palavra artigo devemo-la escrever assim: «art.º», com o ponto à direita do t, e não «artº». É assim que procedemos com as outras abreviaturas, como por exemplo: adjectivo – adj., Dona (forma de tratamento) – D.ª, Limitada (comercialmente) – Lda., méd. vet. – médico veterinário, etc.

Pergunta:

Gostaria de saber qual é a concordância correta com "a maioria de".
Obrigada.

Resposta:

1. – A maioria de. – Quando esta expressão, que indica pluralidade, é seguida de substantivo ou pronome no plural, pode ter o verbo no singular ou no plural:

(1) A maioria dos alunos estuda pouco.

(2) A maioria dos alunos estudam pouco.

Na frase (1), o verbo concorda com maioria. Nesta frase, põe-se em evidência a ideia de conjunto -- aqui o conjunto dos que constituem a maioria. Isto é, aquele conjunto (a maioria) que estuda pouco.

Na frase (2), o verbo no plural concorda não com a palavra maioria, como em (1), mas com o sentido dela, considerando os alunos um por um, isto é, individualmente. Isto é, cada aluno estuda muito pouco.

Na frase (1), visualizamos o conjunto (a maioria) como uma unidade formada de vários elementos. Na frase (2), visualizamos o mesmo conjunto, mas considerando cada aluno como uma unidade.

Pergunta:

O que é correto dizer:
Eu ganho «o bastante» ou eu ganho «Bastante»?

Resposta:

Não há motivo nenhum para escrevermos «Eu ganho Bastante» com B maiúsculo.

É correcto dizermos das duas maneiras. O sentido é que é um pouco diferente:

(1) Eu ganho o bastante.

(2) Eu ganho bastante.

Na frase (1), o vocábulo bastante está empregado como substantivo, uma vez que se encontra precedido do artigo definido. Diz esta frase que aquela pessoa ganha o suficiente, que não precisa de mais dinheiro para viver como deseja.

Na frase (2), significa que a pessoa ganha muito – mas não «um muito» que se aproxime de «muitíssimo»; antes «um muito» que se aproxima do «suficiente».

Há estudiosos que não aceitam como correcto empregar bastante com significado de muito.

Pergunta:

Qual a diferença entre «tampouco» e «tão pouco»?

Resposta:

I. – Tampouco é um advérbio e significa também não:

(1) Não gosto da Maria, tampouco da Joana.

(2) Não te lembraste de mim, tampouco das minhas palavras.

Nota – Em Portugal, este advérbio escreve-se, geralmente, tão-pouco.

II. – Tão pouco. Como vemos, temos aqui duas palavras:

1. – Tão – advérbio: tanto; em tal grau; de tal maneira. Provém do latim «tam» (tão, tanto, de tal modo/maneira); ou do latim «tantu(m)» (tanto, de tal modo), derivado por apócope:

(3) O teu filho é tão lindo!

2. – Pouco – emprega-se como:

a) Determinante (ou adjectivo determinativo) indefinido:

(4) Tenho pouco dinheiro e poucas possibilidades de o obter.

b) Pronome indefinido:

(5) Enche-me este copo de vinho. Quero pouco.

(6) Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.

c) Substantivo (ou nome):

(7) O pouco que me deste, chega.

Na frase (1), tampouco é advérbio, porque está ligado a uma forma verbal que se subentende: gosto.

Na frase (5), pouco

Pergunta:

Como conjugar este verbo?

A conjugação dos verbos terminados em "or" é a mesma dos verbos terminados em "er"?

Resposta:

São duas formas do presente do indicativo do verbo dispor:

a) Dispõe é a 3.ª pessoa do singular: Ele dispõe.

b) Dispõem é a 3.ª pessoa do plural: Eles dispõem.

A conjugação dos verbos terminados em -or não é a mesma dos terminados em -er. Os verbos terminados em -or conjugam-se todos como pôr. Os verbos terminados em -er, quando regulares, conjugam-se como temer, comer, etc.

Qualquer gramática ensina estes tipos de conjugação.