Pergunta:
Li em uma fonte de estudo que se emprega o infinitivo não-flexionado também quando for complemento de verbo, substantivo ou adjetivo e vier antecidado de preposição.
Exemplos: «Aconselho os jovens a ler mais.»
«Pai e filho tiveram a experiência de estudar juntos.»
«São bulas fáceis de entender.»
Pergunta: Sendo assim devo falar:
«Os alunos precisam estar aptos a comunicar-se em inglês. (e não "a comunicarem-se")». «Estamos proporcionando aos alunos a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos (e não "colocarem").»
«Foi-lhes dada a oportunidade de testemunhar (ë não "testemunharem").»
É isto mesmo?
Resposta:
A língua/linguagem não é somente para ser compreendida; é também para ser sentida. Daqui se compreende que haja algumas regras para o emprego do infinitivo pessoal e impessoal, mas que em certas frases empreguemos um ou outro conforme sentirmos que fica melhor. Vejamos então:
1. - Emprega-se o infinitivo pessoal flexionado, quando ele tem sujeito próprio. É o caso desta frase apresentada, que deve ser dita assim:
(a) «Aconselho os jovens a lerem mais.»
O sujeito da 1.ª oração é eu. O sujeito da 2.ª oração é os jovens. O verbo ler tem sujeito próprio, os jovens. Sujeito no plural, verbo no plural.
Vejamos a segunda frase:
(b) «Pai e filho tiveram a experiência de estudar juntos». Aqui, empregamos o infinitivo não flexionado, porque ele não tem sujeito próprio: o sujeito de estudar é também o sujeito de tiveram.
(c) «São bulas fáceis de entender.»
O sujeito de entender é a gente:
«São bulas fáceis de (a gente as) entender.»
(d) «Os alunos precisam estar aptos a comunicar-se em inglês.»
(e) «Estamos proporcionando aos alunos a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos.
(f) Foi-lhes dada a oportunidade de testemunhar.»
Na frase (d), embora o sujeito de precisam estar seja o mesmo de comunicar, é preferível dizê-la assim:
(d) «Os alunos precisam de estar aptos a comu...