José Mário Costa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
José Mário Costa
José Mário Costa
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Jornalista português, cofundador (com João Carreira Bom) e responsável editorial do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Autor do programa televisivo Cuidado com a Língua!, cuja primeira série se encontra recolhida em livro, em colaboração com a professora Maria Regina Rocha. Ver mais aquiaqui e aqui.

 
Textos publicados pelo autor
Coisas do desconhecimento da língua…

 

"PORQUE NÃO TE CALAS?"*

Por que não te calas?”, afirmou o rei Juan Carlos de Espanha ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quando este interrompeu o primeiro-ministro espanhol, Rodrigues Zapatero, no momento em que pedia “respeito” para José Maria Aznar, a quem Chávez tinha, pelo segundo dia consecutivo, classificado de “fascista”.

* in Correio da Manhã, de 11 de Novembro de 2007

O desconhecimento da língua tem destas coisas. O rei  de Espanha não podia ter afirmado, porque estava a perguntar.

Português (básico)  para jornalistas

«"A queixa foi apresentada, mas não foram relatados muitos pormenores que permitam identificar os três autores do crime", salientou outra fonte policial ouvida pelo nosso jornal.

A investigação foi, por inerência da lei, entregue à Polícia Judiciária de Setúbal.

Uma brigada de inspectores acompanhou a jovem ao Hospital de Santa Maria [em Lisboa] para a realização dos testes ginecológicos, fundamentais para a investigação deste tipo de crime.»

Miguel Curado

Correio da Manhã, 28 de Outubro de 2007

 

«[Luiz Felipe] Scolari teve ontem a ombridade de se retractar na sede da FPF e depois na Grande Entrevista da RTP 1 conduzida por Judite de Sousa», escreveu  o jornal O Jogo.

«Maddie raptada», «Maddie vista ora em Marrocos ora na Bélgica»; «Maddie morta», «Maddie assassinada», «assassinada por…». Tudo tem valido no jornalismo-“bitaites” que se vai lendo e ouvindo, nos últimos dias, à volta do caso da menina inglesa desaparecida na praia da Luz, no Algarve. I...

Que se opte por (e escreva) flexigurança, enfim, ainda se aceitam os argumentos a seu favor, por muito que deles se discorde, como é o caso. Mas “flexisegurança”, como se insiste no semanário Sol, ou “flexi-segurança”, como vinha na edição do mesmo dia do Público, decorrem, tão-só, de teimosia... ignorante.