Textos publicados pela autora
Os significados de «dar conta de»
Pergunta: Os parabéns ao Ciberdúvidas pela ajuda preciosa e única que dá a quem usa a língua como instrumento.
A expressão «dar conta de», que no dicionário da Porto Ed. aparece com o significado de «aperceber-se, descobrir» e «responder por; dar explicações», é muitas vezes usada com o sentido de relatar, contar; por exemplo, julgo que é o sentido na frase: «notícias que nos davam conta dos ataques aéreos dos invasores» ou «o relatório dá conta dos casos tratados no hospital». Ora, apesar de muito usada neste sentido, não parece...
«Duelo a três»
Como se deve designar um combate a três?
Em Portugal, em alguns noticiários televisivos, artigos de jornais e espaços de comentário, usou-se a expressão «duelo a três», para descrever o debate que teve lugar entre os três maiores partidos do parlamento. Esta descrição não passou ao lado dos comentadores do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, transmitido na SIC Notícias, em 12 de abril de 2024. Nele o moderador/apresentador, Carlos Vaz Marques, questiona o Ciberdúvidas sobre se tal expressão estaria...
O anglicismo misnomer
Pergunta: Em inglês, o útil termo misnomer designa «um nome que é aplicado incorretamente ou inadequadamente», como por exemplo panda-vermelho (que não é panda, nem sequer da família dos ursos). Será considerável como um tipo de solecismo?
Qual seria um bom equivalente para esta palavra em português? "Erronome"/"erronímico" (e daí "erronomia")? "Irracionome"/"irracionímico" ("irracionomia")?Resposta: Segundo o Oxford Learner’s Dictionaries, a palavra misnomer significa «a name or a...
Revoluções e revoltas
A semântica por detrás destes termos
«Uma revolução acaba sempre por ter uma amplitude maior do que a de uma revolta, mesmo que a segunda tenha sido ponto de partida da primeira.» – sublinha a consultora Inês Gama, neste apontamento em que se analisam as subtis diferenças semânticas entre revolução e revolta....
Regências e orações relativas
Pergunta: Sabemos que os pronomes relativos devem ser procedidos pela regência dos verbos que os seguem. No entanto, não é uma prática que percebo na oralidade.
É frequente ouvir:
Li o livro que me falaste.
Em vez de: Li o livro de que me falaste.
Aprendi a música que gosto.
Em vez de: Aprendi a música de que gosto.
Gostaria de saber o que as gramáticas dizem sobre isto e a vossa opinião. Devemos considerar agramatical?
Obrigada!Resposta: Nestes casos, a aceitabilidade da supressão da preposição em orações relativas...
