D´Silvas Filho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
D´Silvas Filho
D´Silvas Filho
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D´Silvas Filho, pseudónimo literário de um docente aposentado do ensino superior, com prolongada actividade pedagógica, cargos em órgãos de gestão e categoria final de professor coordenador deste mesmo ensino. Autor, entre outros livros, do Prontuário Universal — Erros Corrigidos de Português. Consultor do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.

 
Textos publicados pelo autor

Pergunta:

Estou em dúvida sobre qual é forma correta de abreviar os números ordinais; com um ponto ou um traço logo abaixo do "ozinho ou azinho"?

Resposta:

Os ordinais abreviam-se com ponto e com a flexão em índice superior (ex.: primeira: 1.ª; nono: 9.º). Repare que o ponto antecede o índice elevado. A regra é a mesma da abreviação de qualquer palavra: a obrigatoriedade do ponto, como sinal dessa abreviação.

Ao seu dispor,

Pergunta:

Embora não fosse nova para mim, só últimamente voltei a ver em cartas comerciais a abreviatura "att.". Gostava que me explicassem, por favor, como se formou, se é correcto escrever-se com dois tês e se corresponde ao inglês "c/o".

Antecipadamente grato pelas respostas sempre elucidativas.

Resposta:

Em Portugal e no Brasil as abreviaturas recomendadas para atento e para atenciosamente, são respectivamente: at.o e at.te.

A única justificação que vejo para que se tenha divulgado comercialmente a abreviatura att. foi, talvez, o facto/fato de que quer em atento, quer em atenciosamente haver dois tt na grafia destas palavras.

Ao seu dispor,

Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea<br> da Academia das Ciências de Lisboa

«O aparecimento de um novo dicionário da Academia das Ciências de Lisboa (obra há muito esperada e extremamente necessária para uniformizar pareceres entre dicionaristas) não vai, certamente também, ficar isento de críticas» – escreve o autor neste texto, em confronto com outras opiniões registadas nos Textos Relacionados.

Não é justa a sua nota, correspondente Ricardo Nobre.

Quanto à Sociedade da Língua Portuguesa, refiro que: em 1999, por exemplo, a Sociedade promoveu 24 conferências na sua sede, algumas muito concorridas e de elevado nível na língua; – organizou diversos cursos (latim, grego moderno, catalão, fonética, português para estrangeiros, etc.); – no seu cinquentenário realizou o Congresso "Lusofonia a H...

Pergunta:

Primeiramente peço desculpas, pois a minha dúvida pode não ser apropriada a este "site". Por estar residindo atualmente no Japão (trabalho em um banco brasileiro aqui), tenho dificuldades em estar atualizado, principalmente nas questões vernáculas de nossa língua.

Há tempos, li numa revista brasileira que o uso das consoantes mudas seria, ou estudava-se ser, facultativo.

Gostaria de saber como anda esse assunto. Se já foi aprovado, em que situações se pode facultar o uso e, caso ainda não tenha alcançado consenso, quais são as possibilidades de vir a ter.

Resposta:

A grafia das sequências consonânticas (ct, cc, , pt, pc, , etc.) estabelecida no acordo de 1945, há muito que foi simplificada no Brasil, com supressão, neste país, da consoante que não é pronunciada (ex.: ação, fato, ótimo, etc.). Como trabalha para uma empresa brasileira, siga escrupulosamente a ortografia adoptada no Brasil. Em caso de dúvida, consulte um bom dicionário (ou vocabulário) brasileiro. Se trabalha com processadores de texto, verifique se o seu corrector ortográfico se destina à língua portuguesa na variante brasileira.

A interpretação que dou a essa expressão «uso facultativo das consoantes mudas» é a seguinte:

O Acordo Ortográfico de 1990 [Base IV] prevê que sejam também suprimidas para Portugal as consoantes que, nas sequências em causa, não sejam pronunciadas (ex.: caso de acção, óptimo). Há porém termos que, em consequência de as consoantes serem pronunciados num dos países, ficarão no novo acordo com dupla grafia legal (ex.: facto/fato, carateres/caracteres).

Penso que neste aspecto as alterações não serão muito significativas para o Brasil.

Ao seu dispor,