Textos publicados pelo autor
Saca-nabo e nabo (= «êmbolo»)
Pergunta: O dicionário da Porto Editora tem como significado para o nome masculino saca-nabo o seguinte: «náutica gancho ou haste de ferro que serve para pôr em movimento o nabo ou êmbolo da bomba dos porões.»
Porém, ao consultarmos o termo nabo no mesmo dicionário, não encontramos qualquer referência que explique aquela acepção.
Agradecemos a Vossa apreciação.Resposta: Falta efetivamente a aceção de «êmbolo» na entrada de nabo no Dicionário Infopédia da...
Caio e Gaio
Pergunta: Gostaria de saber porque é que o nome latino "Caius" tem duas traduções em português: na variante europeia, Gaio; e, na brasileira, Caio.
Qual a razão para em Portugal se usar um g?
Desde já agradeço a vossa resposta.Resposta: Considera-se, por razões históricas, que Gaio é a forma mais correta (cf. Rebelo Gonçalves, Vocabulário da Língua Portuguesa, 1966).
O nome romano Gaius (e não "Caius") era abreviado como...
A expressão «ir a penantes»
Pergunta: Tenho ouvido a expressão «ir a penantes», no sentido de «ir a pé».
Surpreendi este sentido na Infopédia.
Estará correto? Ou será uma corruptela de «regressar a penates», no sentido de regressar a casa, que acabou por ser dicionarizada?
Obrigado.Resposta: «Ir a penantes» constitui uma expressão do registo informal, o que torna a sua correção um aspeto secundário, porque na linguagem popular surgem ou sobrevivem muitas palavras e expressões fora da norma-padrão.
A expressão encontra...
Lapsos e confusões
A propósito do inconsciente na troca de palavras
Um «crime perpetuado» e «um pedaço da fusilagem (de aeronave)» sáo os casos comentados neste apontamento do consultor Carlos Rocha....
O uso nominal de querer
Pergunta: Outro dia, numa conversa casual, certa pessoa disse a seguinte frase:
«A Atena (nome de um cão) anda cheia de quereres!»
Outra pessoa comentou que a frase estaria errada, e que o certo seria «cheia de querer», no singular.
De fato, a expressão conhecida, até onde me lembro, aparece no singular.
Achei exagerada essa acusação de erro, primeiro, porque a língua é viva e pode naturalmente se inflexionar; e, segundo, de nenhuma maneira me parece que o sentido da frase foi perdido no plural; e, finamente, é possível...
