Arlinda Mártires - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Arlinda Mártires
Arlinda Mártires
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Licenciada pela Universidade Nova de Lisboa em Estudos Portugueses e Ingleses, com pós-graduação em Literaturas e Culturas dos Países Africanos de Expressão Portuguesa. Professora desde 1989, tem ensinado a língua, a literatura e a cultura portuguesas em Portugal, na Guiné-Bissau, como leitora do Instituto Camões (1993-98), na Namíbia (EPE 2006-08) e em Timor-Leste, na Escola Portuguesa de Díli (2008-10). Desde 2018 leciona no Agrupamento de Escolas do Conselho de Alvito. Tem cinco obras publicadas: Além-Rio, poesia, Prémio de Poesia Raul de Carvalho (1999); Guynea, poesia; Sete Histórias de Gatos, contos, em coautoria com Dora Gago; e Impressões do Real, poesia, prémio de poesia do concelho de Alvito, no âmbito do Prémio de Poesia Raul de Carvalho (2013); e Íntimo Sul, poesia (2019).

 
Textos publicados pela autora
O estado da Educação <br>caminhando para o seu “calabouço” perpétuo *

Reflexão desiludida da autora – docente numa escola de ensino básico e secundário no Alentejo –, a propósito dos resultados dos exames nacionais de Português  do 12.º ano em Portugal e sobre o que ela descreve como «promoção dos  “cábulas”».

[Versão completa do artigo saído no jornal "Público" do dia 19 de julho de 2017]

Rap – uma via para o ensino da literatura

Felizmente Há Luar! e outras obras literárias, de leitura obrigatória no ensino secundário em Portugal, ao ritmo do rap – a  experiência pedagógica de uma turma do 12.º ano da Escola Secundária D. Dinis, em Chelas, contada no Só Neste País*, da Antena 1 do dia 20 de maio p.p. – é um recurso de muitos professores para porem os seus alunos a gostarem e aprenderem melhor literatura. E o caso da autora, que utiliza igualmente o canto nas suas aulas de Português, agora na Escola Básica e Secundária Dr. Isidoro de Sousa, em Viana do Alentejo, como antes na Guiné-Bissau, na Namíbia ou em Timor-Leste.

* Oiça-se do minuto 12´20'' até aos 23'07 e também aqui e na TVI24.

«Deitaram meu gerúndio fora»

«O uso do gerúndio não é exclusivo dos brasileiros», recorda a autora neste apontamento, a propósito de um vídeo a circular nas redes sociais, no qual o músico Caetano Veloso manifesta o seu descontentamento (legítimo), por uma jornalista portuguesa que o entrevistou ter trocado o uso que faz da conjugação perifrástica «estamos passando» por «estamos a passar».

Ora bogas com a perca!

O recorrente uso  perca, em vez de perda, asinalado neste apontamento da autoria da professora Arlinda Mártires. 

O professor e o cumprimento das metas

Ministério da Educação impõe, ao corpo docente, metas de sucesso, a alcançar em cada ano de escolaridade, iguais ou superiores a 90% (o objectivo é conseguir 100%!).