Pelourinho Será tudo «de arrepiar»? «Entrada de arrepiar», «ambiente de arrepiar», «espectáculo de arrepiar», «ovação de arrepiar»4. Porque será que os repórteres e relatores de futebol só conhecem o qualificativo «arrepiar» para tudo e mais alguma coisa (desde uma entrada violenta, ou perigosa, a algo considerado entre o extraordinário, o frenético e o vibrante)? 4Expressões recorrentes na transmissão do jogo Portugal-Angola, em 11 de Junho p.p. José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 11 de junho de 2006 · 2K
Pelourinho Sobre o galicismo «mesmo que» «A selecção do Caribe empatou sem golos frente à favorita Suécia, mesmo que tenha jogado quase toda a segunda parte com menos um homem.»3 Devia ter sido escrito: «A selecção do Caribe [ou melhor: das Caraíbas, em referência à selecção de... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 11 de junho de 2006 · 3K
Pelourinho «Bem-vinda, Angola» Ainda sobre o alojamento dos futebolistas angolanos em Celle, a 35 quilómetros de Hanôver, uma fotografia reproduzida no jornal “A Bola”2 mostrava o hotel, com a seguinte tarja: «Bem vindo Angola.» Angola seria ainda mais bem-vinda, se não tivessem esquecido o hífen, a vírgula indispensável e o género correspondente: «Bem-vinda, Angola.» 2 de 9 de Junho p.p. José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 11 de junho de 2006 · 3K
Pelourinho Deparar-se com No “Jornal da Tarde” da RTP-11, do hotel onde está alojada a selecção de futebol de Angola, para o Campeonato Mundial de Futebol na Alemanha: «Este foi o cenário que os jogadores de Angola se depararam, quando aqui chegaram ontem, antes do ... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 11 de junho de 2006 · 2K
Pelourinho A obrigatória vírgula no vocativo «Vamos nessa camaradas», sem vírgula a separar «nessa» de «camaradas», lia-se no jornal “24 Horas” do dia 8 de Junho p.p. Lia-se mal – como assinala neste texto* a professora Maria Regina Rocha. *in jornal português 24horas, do dia 9 de Junho de 2006, na coluna "Ai, esta Língua... traiçoeira". Maria Regina Rocha · 9 de junho de 2006 · 5K
Pelourinho «A intervenção dos bombeiros não impediu» O erro é de propriedade: «O alerta foi dado a meio da manhã de hoje, mas nem a rápida intervenção dos bombeiros foi suficiente para deixar quase 200 trabalhadores no desemprego.»1 O verbo adequado seria, obviamente impedir: «O alerta foi dado a meio da manhã de hoje, mas nem a rápida intervenção dos bombeiros foi suficiente para impedir que quase 200 trabalhadores ficassem no desemprego.» 1 in “Jornal Nacional”, da TVI, 8 de Junho p.p. Maria Regina Rocha · 9 de junho de 2006 · 3K
Pelourinho Infinitivo não flexionado «A situação agravou-se quando as forças australianas impediram um grupo de militares da GNR de entregarem três prisioneiros timorenses (…)», ouviu-se ao apresentador do “Telejornal” da RTP-1, José Rodrigues dos Santos, a propósito da situação em Timor-Leste, um destes dias. Estando no singular o sujeito «entregar» ... Maria Regina Rocha · 8 de junho de 2006 · 3K
Pelourinho Mudam-se os tempos O "Público", que é dos únicos jornais que ainda se podem ler, tem vindo a desapontar numa área que é crucial. Falo da ortografia, que tem vindo a ser descurada pelos senhores jornalistas nos últimos tempos. Julgo ser fácil apontar os motivos que a fazem uma área crucial. Simplesmente o jornal é uma publicação impressa ou "digital" mas que é lida e para além de ter um papel informativo tem também um papel educativo.Portanto, penso que os jornalistas ou quem quer que esteja responsável pel... Rui Araújo · 7 de junho de 2006 · 3K
Pelourinho «A grande Braga», «a grande Lisboa», etc. «O país que domina hoje Portugal (…) é o litoral: é a grande Lisboa, é o grande Porto, é o grande Braga, é a grande Leiria (…)»1. Braga e os agregados populacionais que a circundam constituirão, certamente, «a grande Braga», à semelhança de «a grande Lisboa», dado tratar-se de um topónimo feminino. 1Marcelo Rebelo de Sousa, “As Escolhas de Marcelo”, RTP-1, 4 de Junho de 2006 Maria Regina Rocha · 6 de junho de 2006 · 1K
Pelourinho «Fazem-se cruzinhas», «para se fazerem contas» O leitor [do “24 Horas”] José Gouveia dos Santos, de Lisboa, assinala dois erros no jornal de 2 e de 3 de Maio, de Joaquim Letria (na coluna “25.ª Hora”) e pergunta-nos se tem razão. São eles: «Faz-se cruzinhas para responder a perguntas» e «a escrever e a lidar com números, para se fazer contas». Defende o leitor que cada uma das formas verbais assinaladas deverá ir para o plural, concordando com o plural qu... Maria Regina Rocha · 6 de junho de 2006 · 5K