«Dirija-se à caixa automática para pagamento ou contato com a EMEL».
Um destes dias, no parque de estacionamento junto à estação de Metro de Entrecampos, em Lisboa, dei com o aviso da EMEL, cujo texto se reproduz acima. (...)
«Dirija-se à caixa automática para pagamento ou contato com a EMEL».
Um destes dias, no parque de estacionamento junto à estação de Metro de Entrecampos, em Lisboa, dei com o aviso da EMEL, cujo texto se reproduz acima. (...)
«Pelo que li, Jorge Ferreira está de consciência tranquila quanto
aquela arbitragem que fez no jogo Paços [de] Ferreira-Benfica.»
A Bola, 26 de fevereiro de 2016, p. 43.
Não é «aquela arbitragem» mas «àquela arbitragem». (...)
«Antes de ser acessor de Cavaco, David Justino foi ministro da Educação de Durão Barroso.»
Público, 14/02/2016, p. 9.
Se o jornalista que legendou a imagem já tivesse sido assessor de imprensa, por certo não escreveria "acessor"…
Falava-se de exames, de ensino, de retenções, de dificuldades em língua portuguesa, da necessidade de ditados para conhecer e fixar a grafia, e eis senão quando aparece a legenda: «A partir do momento em que acaba o ciclo dos primeiros quatro anos, ou o aluno sabe, ou vai andar cocho» ("Princípio da Incerteza", RTP3, 13-02-2015), (...)
A errada pronúncia na rádio e de televisão portuguesasdo apelido do jovem futebolista do Benfica Renato Sanches – como se se tratasse de um mexicano ( logo, "Sánchez", com z) –, assinalada neste apontamento do jornalista João Querido Manha .
«Serena e o dorminhoco Djokovic com os troféus do Open da Austrália do ano passado. Alguém lhos tiram das mãos?»
Diário de Notícias, 17/01/2016
«Alguém lhos tiram»?!!
(...)
A utilização da língua portuguesa na RTP é a prova acabada do talentaço reinante nos programas da estação pública nacional. A desmedida é tal, que o idioma de Cesário Verde, para não estar sempre a citar o trinca-fortes do Camões, não chega.
Got Talent Portugal é um dos seus mais jubilosos programas, acabadinho de ser anunciado, por acaso no insuficiente idioma do meu vendedor de pêra-rocha. (...)
Não são conhecidas, mesmo a partir da base de dados dos frequentadores dos reallity shows das televisões existentes, muitas pessoas que assumam o dever de revelarem que amam à farta, se bem que utilizando o verbo haver para dar conta dessa nova medida do amor.
«Amo-te muito» é bastante diferente de «Amote há farta» pela simples razão da quantidade de amor que somos levados a pensar que deve possuir a (o) enfartada(o). (...)
«(...) Não se tratam de imagens "cliché ou icónicas, mas uma mulher que sofreu o choque de saber o seu destino e as dores do parto" (...)»
É uma incorreção antiga e continuada na imprensa portuguesa este (mau) uso no plural do verbo tratar, conjugado pronominalmente. Dos tais erros que, pela sua repetição, teimosa e desleixada, são bem ilustrativos de como (des)anda hoje o domínio do idioma nacional no jornalismo português*. Muito, mas mesmo muito, para além do Acordo Ortográfico, e da sua incompetente aplicação, como se continua a apregoar por aí.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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