Jogava-se o Chaves-Vitória de Setúbal para a penúltima jornada da I Liga Portuguesa de Futebol. Nenhuma das equipas podia perder pontos dada a sua péssima classificação, à beira da despromoção de divisão. O segundo golo que ditaria a derrota da equipa flaviense – na descrição-comentário do relator da Tarde Desportiva da Antena 1 – tinha lançado o descrédito nos jogadores para a reviravolta no resultado (e, consequentemente, na não descida para a II Liga). Tratou-se de uma confusão lexical: se os jogadores do Chaves se haviam ressentido com o segundo golo adversário foi, sim e apenas, por quebra psicológica. E, com o moral em baixo, o que acontece é a descrença* no que antes se acreditava.
* descrença [des + crença] = «falta de crença ou de fé; irreligiosidade; impiedade; ceticismo»; descrédito (des + crédito) = «perda ou diminuição de confiança, influência ou reputação», «má fama, desonra».