O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
«A língua é a única herança que me coube em sorte…»

«A língua é a única herança que me coube em sorte, e não é pequena, como se sabe.», escreveu poeta português Eugénio de Andrade (1923-2005) no livro Terra de Minha Mãeia segui transcrito

Intervenção do professor universitário Carlos Reis, em representação da Fundação José Saramago, na sessão de exéquias do Nobel português de Literatura, no dia 20 de Junho de 2010.

No contexto do Campeonato Mundial de Futebol de 2010, a decorrer na África do Sul, a comunicação social portuguesa deu súbita proeminência a uma pequena cidade. Por um lado, porque é aí que se encontra alojada a selecção de Portugal. Por outro, porque a cidade, de seu nome Magaliesburg, em africânder e inglês, foi espontaneamente aportuguesada como Magaliesburgo. É...

A propósito da crise mundial, alguns teóricos têm chamado a atenção para aquilo que apelidam de «desacoplagem da área financeira» da chamada economia real. Com este conceito pretende-se dizer que a finança criou, em gabinete, aplicações, na gíria chamam-se produtos, de tal modo complexos, na gíria chamam-se estruturados, e distantes da realidade das empresas e do mercado, que perderam a ligação à chamada economia real.

Extrato do poema Evocação do Recife, in Antologia Poética  – Manuel Bandeira, Editora Nova Fronteira,  Rio de Janeiro, 2001.

 

Le poète est ciseleur,
Le ciseleur est poète.
              Victor Hugo


Não quero o Zeus Capitolino
Hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino
Com o camartelo.

Que outro – não eu! – a pedra corte
Para, brutal,
Erguer de Atene o alti...

«A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: – é o idioma criado ou herdado pelo povo. Um povo só começa a perder a sua independência, a sua existência autônoma, quando começa a perder o amor do idioma natal. A morte de uma nação começa pelo apodrecimento da língua.»

 

Outros textos do autor


[…]Pois se francês não foi, replica Lara,
Como monsieur lhe chamam?
                                        Cum sorriso
Lhe torna o padre-mestre: Não se admire,
Que isto está sucedendo a cada passo;
Ao pé de cada canto, hoje, sem pejo
Se tratam de

Contra «a falsificação da língua e tráfico dum pseudoportuguês»

«O verbo checar, num sítio em que pretensamente se divulga o idioma, não é um erro, não é um lapso, não é uma distracção, não é uma comodidade, nem sequer é um expediente comercial dum mercador chinês aflito: é uma fraude», escreve o escritor português Mário de Carvalho, no texto que fica em linha por deferência do autor. Escrito originariamente para um encontro organizado pelo ILTEC em 2008, publicado posteriormente pelo quinzenário Jornal de Letras n.º 1023, de 21 de Abril de 2010.


Ler em voz alta é declinar a vida inteira das
Palavras escritas
Agora mais bonitas do que antes
Pois foram libertadas consoantes
Aquelas que estavam escritas mas não se liam
coitadas
Ficavam mudas e não se ouviam porque tristes e
amuadas.
Abaixo o protecionismo que agora perdeu um cê
E também a reação
O