Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.

A questão da norma linguística associada à determinação do que deve ou não ser considerado erro é terreno movediço falho de um poder regulador. Alguns linguistas - quais visitantes alienígenas - fazem questão de se insurgir contra qualquer possível iniciativa reguladora, pretendendo que aqueles que tentam determinar o que é erro estão de costas voltadas para a «realidade dinâmica da língua» (que, aliás, nunca esclarecem em termos práticos), que se apropriam indevidamente de um poder que é de ...

Carlos Sousa Ferreira (cf. Ainda sobre black-out com ou sem hífen) contestou uma minha resposta, onde defendi que as letras k, w e y não pertencem ao nosso alfabeto. Vejamos:

1.a) Diz Rebelo Gonçalves no seu "Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa" que as tais vinte e três letras são «letras fundamentais». Se são fundamentais, as outras três (k, w e y) não pertencem ao fundamento da nossa grafia. Ficam, pois, à parte.

O correspondente que assina Carlos Sousa Ferreira (CSF) começa por imputar a Ciberdúvidas uma afirmação inexistente: «Em inglês, não há "black-out" com hífen». Procure-se nas Respostas Anteriores! CSF delirou. Ou, então, está de má-fé.

Animado pela energia da imaginação, CSF «ensina-nos» a diversidade da língua inglesa e, a seguir, tenta demonstrar que o reputado helenista e latinista Rebelo Gonçalves - só pelo facto de ter admitido a sua utilização em casos especiais - autorizou o ...

Isto são minidúvidas, mas não se pode dizer sem mais nem menos que em ingês não há black-out com hífen. Na realidade, o inglês, tal como o português, o espanhol, o francês, o alemão e o sueco (e, provavelmente, algumas outras que eu desconheço), são línguas que registam diversidade de grafias consoante as unidades geopolíticas que as utilizam. Ignoro a grafia australiana, sul-africana, etc. Mas sei que em inglês de Inglaterra, ao contrário do inglês norte-americano, é norma a utilização do hí...

Muito agradecido pelas indicações sobre esses vocábulos.

Na formação destas palavras, entram o prefixo pro- (movimento para diante, para a frente; em favor de) e o prefixo re- (movimento para trás). Daqui conclui-se o seguinte:

O ser humano proactivo é o que age «para a frente» (pro-), isto é, olha e pensa acompanhando «para a frente» determinado acontecimento e dá a sua contribuição para esse acontecimento se desenrolar como se deseja.

Li nas vossas respostas de hoje do Ciberdúvidas a resposta a uma pergunta relativa ao termo em assunto (in Respostas Anteriores). Creio poder dar uma achega relativamente ao conceito em causa, mesmo sem indicação do contexto:

Usa-se muito este termo hoje por oposição a reactivo, i.e., quando alguém actua por antecipação a problemas previsíveis, para prevenir situações normalmente desagradáveis é «proactivo»; ao contrário o que actua depois do problema declarado, para reso...

Acabo de ler, nas "Controvérsias", um comentário no qual João Carreira Bom se refere, de uma forma a meu ver um pouco desajustada e que rodeia o sentido da minha crítica, ao artigo que publiquei no Top5% WebZine (e que as "Ciberdúvidas da Língua Portuguesa" transcreveram na íntegra, citando incorrectamente a fonte e sem os itálicos e o hipertexto que lhe completavam o sentido). Pretendo por isso, e de um modo breve, esclarecer alguns pontos.

Rui Bebiano, professor da Universidade de Coimbra e autor do texto satírico "Ciberuvas da míngua portuguesa", afirma o seguinte no final desse artigo:

«(...) O português é (...) "língua muito traiçoeira". E é-o de há muito. (...) Que o digam as centenas (...) de autores dos séculos de Quinhentos, de Seiscentos e de Setecentos, que grafavam o mesmo vocábulo de duas ou três formas numa mesma obra, hesitando constantemente nas frases. Numa altura em que já se escrevia um francês langue d´...

A propósito da controvérsia acima referida que tem estado a ter lugar neste interessante e já inestimável espaço, gostaria de dizer o seguinte: sou a favor da simplificação da escrita naquilo que possa estar relacionado com uma mais fácil leitura e comunicação (não confundir com ausência de princípios ou regras, sobretudo no que é estrutural). Nomeadamente de um uso mais parcimonioso e menos reverente das maiúsculas.

Aumentar — Quando este verbo vem seguido de objeto direto (aumentar o capital, aumentar o valor, aumentar o patrimônio) e do quanto houve de aumento, este quanto vem expresso de várias formas: Aumentou a resistência com mais um batalhão — ... os que aumentam de novos cabedais o patrimônio comum. As mesmas variantes de construção podem aparecer em formas passivas: A qual ficou aumentada com mais de dois mil índios — Teve nova edição em 1794, aumentada de mil frases.