Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

«Inútil [a polémica à volta do Acordo Ortográfico], porque sendo o português a língua oficial adotada por oito Estados soberanos, que outros instrumentos, além do tratado internacional, seriam aptos para selar os compromissos de política da língua que os representantes destes povos entenderem úteis?» Artigo publicado no "Jornal de Notícias", de 7/03/2014.

 

Na sequência de uma petição pública  que reclamava a desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico, a Assembleia da República aprovou a Resolução 890/XII/3.ª em 28/02/2014, em que recomendou ao Governo a «criação urgente de um Grupo de Trabalho sobre a Aplicação do Acordo Ortográfico». Entre as diferentes reações na comunicação social portuguesa e as várias tomadas de posição, pró e contra, que antecederam o debate parlamentar ou que a este se seguiram, registam-se:

Por Direção editorial

«O AO é, desde o seu início, uma enorme ilusão e um gigantesco erro» – afirmou a direção editorial do jornal Público no mesmo dia em que o parlamento português discutiu  três projetos de resolução apresentados por diferentes grupos de deputados na sequência de uma petição pública para desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico (foi aprovado o projeto de resolução 890/XII ).

 

Há duas maneiras de discutir o Acordo Ortográfico, na visão do historiador português Rui Bebiano : «[u]ma positiva e honesta, que coloca problemas autênticos, dúvidas compreensíveis e objeções que são legítimas; a outra encrespada e agressiva, empapando a discordância de azedume, erros e até embustes» (artigo publicado a 1 de março de 2014 no jornal As Beiras).

 

No contexto da querela sobre o Acordo Ortográfico, o deputado português Carlos Enes recorda a posição tomada pela poetisa Natália Correia num debate parlamentar ocorrido em 1991 (texto publicado nas páginas da Antena 1 - Açores).

 

Na sessão em que se discutiu o Acordo Ortográfico (AO) na Assembleia da República (Maio de 1991), Natália Correia assumiu a defesa do mesmo, em nome da bancada do Partido Renovador Democrático (PRD), liderado pelo general Ramalho Eanes.

O historiador e comentador político português José Pacheco Pereira manifesta-se contra o novo acordo ortográfico (AO), fazendo uma avaliação política negativa do  impacto desta mudança em Portugal (juntaram-se breves notas editoriais a algumas afirmações; manteve-se a ortografia do original).

A ideia-feita – veiculada recorrentemente na imprensa portuguesa – de o Brasil já «não estar interessado em que a nova ortografia seja lei» foi pretexto para esta carta do autor, publicada no semanário Expresso de 11 de janeiro de 2014. Segue-se a versão integral.

 

 

No jornal Expresso de 4 de janeiro [de 2014], num conjunto de “previsões” para 2014 (“Cem perguntas para 2014”) , lê-se a páginas 8 textualmente o seguinte:

Carta do diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa aos deputados portugueses, a propósito da discussão, na Assembleia da República, no dia 20/12/2013, da Petição pela Desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico de 1990.

 

 

Excelentíssimo Senhor Deputado,

Excelentíssima Senhora Deputada,

 

«O Governo brasileiro está solidamente comprometido com o Acordo Ortográfico, não cogita promover retrocessos e não admite a reabertura de negociações sobre o seu texto», escreve neste artigo, publicado no “Diário de Notícias” de 9 de outubro de 2013, o embaixador do Brasil em Lisboa, desmentindo o que, recorrentemente, vem sendo veiculado pelos dinamizadores da Petição pela Desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico de 1990.

 

«O Governo brasileiro, ao contrário de interpretações apressadas e portanto equivocadas [veiculadas na imprensa portuguesa], está solidamente comprometido com Acordo Ortográfico, não cogita promover retrocessos e não admite a reabertura de negociações sobre o seu texto» – escreve o embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva, em carta enviada aos deputados portugueses, com data de 12 de setembro de 2013.

 

 

Senhor/a Deputado/a,