Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
Carta aberta ao PR:<br> o acordo ortográfico do nosso descontentamento

« (...) Desde a assinatura do Acordo Ortográfico, a 16 de Dezembro de 1990, muitos foram os políticos que atentaram contra um dos pilares do nosso património cultural imaterial, e deles a história dará conta. Espero que Vossa Excelência fique na história exactamente pelas razões opostas.»

[carta aberta ao Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, publicada no jornal "Público" de 25/07/2016]

Contra o acordo infame

«O Acordo entrou em vigor por força da lei, em obediência a uma construção ideológica chamada lusofonia, mas não por força da aceitação pelos cidadãos e da aprovação pelas instâncias de carácter científico. Na história da nossa democracia, não há procedimento tão absurdo e tão próprio de um poder totalitário como este.» Palavras que o jornalista António Guerreiro escreveu para o jornal Público de 13 de maio de 2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

A negligência na língua e na escrita é princípio da decadência dum país

O editor Guilherme Valente rejeita o Acordo Ortográfico de 1990 e observa: «[...] a escrita [...] pode e deve ser actualizada. Mas no seu tempo e com critério, tocando-se nela com precisão cirúrgica, sem ferir a sua lógica, sem quebrar o fio agregador da sua origem e da sua história.» Texto publicado no jornal Público de 13/05/2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

A reversão mais valiosa para o futuro:<br> acabar com o Acordo Ortográfico

O historiador e político José Pacheco Pereira classifica o Acordo Ortográfico de 1990 como «mais um dos aspectos do desprezo pela cultura das humanidades que caracterizou estes últimos anos» e acrescenta: «O Acordo Ortográfico é um monumento de ambiguidade às relações entre Portugal e os países onde se fala a língua portuguesa, que ninguém desejou nem pediu e que acabou por servir para gerar enormes efeitos perversos, que se arriscam a cair apenas sobre Portugal, visto que no Brasil, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor, o caminho seguido é deixar o Acordo apenas na sua condição de papel.» Texto transcrito do jornal Público de 7 de maio de 2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

«O AO90 – escreve o autor, um dos subscritores da Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra a aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal – ficou (nos seus próprios termos) inaplicável, suspenso de facto futuro». Texto dado à estampa pelo jornal Público de 26/02/2012.



O acordês e a glotofagia
Convenção e exclusão no mundo de língua portuguesa

«Reconheço algo de nobre na ideia de unificar, juntar, como se pudéssemos todos "falar a mesma língua". Porém, a mesma língua pode falar-se nas variantes existentes e, se há fracturas e incompreensões, elas são atribuíveis a questões políticas e económicas e nunca a questões ortográficas», escreve o professor António Jacinto Pascoal neste artigo de opinião publicado no dia 14 de julho de 2011 no jornal Público.

Quarta-Feira de Cinzas

«Não há conversor que permita escolher entre as várias versões gráficas tornadas facultativas pelo Acordo [Ortográfico] e portanto todas e qualquer uma delas são susceptíveis de ser utilizadas, pelo facto singelo de todas e qualquer delas constituírem alternativas admitidas como correctas», escreve o escritor, poeta e eurodeputado português Vasco Graça Moura, em artigo publicado no Diário de Notícias de 25 de Fevereiro de 2009.

O nosso império é a língua portuguesa
Por Rui Ramos

«Temos uma arma secreta para conquistar o mundo: aquela que Fernando Pessoa insinuou maliciosamente ser a "pátria" dele — a língua portuguesa. É o que nos prometem os crentes do Acordo Ortográfico: um Reich na ponta da língua.»

 

Artigo do jornalista luso-angolano Rui Ramos transcrito, com a devida vénia, do jornal Público do dia 16 de Abril de 2008. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

 

O Acordo e as evidências
«A grafia transporta informação etimológica e cultural»

«A unidade e a diversidade da língua portuguesa não passam pela questão ortográfica; por exemplo, em relação ao Brasil, o que nos separa mais profundamente é o léxico, a pronúncia, a prosódia, a morfossintaxe. [Por isso,] a ortografia é totalmente irrelevante», considera neste artigo* o escritor e poeta Vasco Graça Moura (1942-2014), contraditando o artigo** Uma língua, uma ortografia*, da autoria do constitucionalista Vital Moreira

 * in « Diário de Notícias, de 26/12/ 2007

** in jornal Público, do dia  18 /12/2007