Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
Várias lusofonias, uma grafia
A urgência de um entendimento

«Não existe apenas uma lusofonia, mas várias. Grafar as palavras da mesma maneira (...)  não impede a expressão dessa diversidade: consolida-a e expande-a» – escreve neste artigo o jornalista, escritor e ex-ministro da Comunicação Social angolano João Melo, em texto publicado em 15 de fevereiro de 2020 no Diário de Notícias.

 

Angola pode adotar o Acordo Ortográfico em 2024
Ratificação entre os projetos da política linguística angolana

Angola projeta a elaboração de um vocabulário ortográfico nacional e da terminologia da administração pública, para um horizonte temporal de cinco anos, segundo declarações da responsável pela Comissão Multissectorial para a Ratificação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Fonte: notícia publicada em 30 de julho de 2019 no Jornal de Angola.

A questão ortográfica e a política de língua em Angola
Duas visões divergentes

Serão as tendências de evolução do português falado e escrito em Angola compatíveis com o Acordo Ortográfico de 1990? Duas respostas à questão que estão longe da convergência.

Na imagem, a Assembleia Nacional angolana.

O acordo errográfico
A questão da norma do português em Angola

A situação linguística de Angola revela especificidades que inviabilizam a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, daí que, em vez de o discutir constantemente, o melhor será pensar primeiro em definir uma norma angolana da língua portuguesa, capaz de ser ensinada nas escolas e usada pela administração. Tal é a posição que o jornalista e escritor José Luís Mendonça defende no artigo que assinou em 18/06/2019 no Jornal de Angola.

 

[vide o contraponto a esta tomada de posição: "A urgência na ratificação do Acordo Ortográfico", da autoria de Jonuel Gonçalves.]

 

Na imagem, a serra da Leba e a estrada sinuosa que a percorre (província de Huíla, Angola).

A urgência na ratificação do Acordo Ortográfico
O caso de Angola

Em Angola, tem força a corrente de opinião que encara com muitas reservas, se é que não recusa, a adoção do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (AO). Contrariando esta posição, o professor, escritor e pesquisador histórico Jonuel Gonçalves, em artigo publicado no dia 20 de janeiro de 2019, no Jornal de Angola, considera que o AO 90 é um instrumento de aproximação entre países, que no caso angolano traz até vantagens para o registo da toponímia e demais onomástica angolana de origem banta.  

[Vide o contraponto desta tomada de posição: "O acordo errográfico", da autoria de José Luís Mendonça.]

É preciso rectificar para ratificar
Por Wa-Zani

Artigo de opinião publicado no Jornal de Angola de 14/02/2017 em que o autor, sob pseudónimo, considera positivas as mudanças propostas no documento "Sugestões para o aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa" apresentado pela Academia das Ciências de Lisboa, como «uma boa proposta de trabalho» para o estabelecimento de um calendário de trabalho no âmbito do Instituto Internacional da Língua Portuguesa.

Angola em desacordo

Conforme um parecer elaborado por altura do Conselho Extraordinário de Ministros da CPLP, realizado em Fevereiro de 2012, as reservas que até à data levaram Angola a ser o único país de língua oficial portuguesa a não ratificar o Acordo Ortográfico decorrem sobretudo de quatro «entraves»: discordâncias quanto à fixação das palavras originárias das suas línguas nacionais, assim como em relação a  outras opções, qualificadas de «lapsos» que se pretendem «retificados»; os encargos resultantes da sua aplicação no sistema de ensino do país; e «a dificuldade em formar professores e estudantes» nas novas regras ortográficas.

[Texto que completa a entrevista que o autor fez à linguista Teresa Camacha Costa, publicada no semanário luandense Nova Gazeta do dia 23 de julho aqui disponível.]

«Sem o Acordo Ortográfico,<br> o português em Angola fica sem rumo»
Responsável do Departamento de Língua Portuguesa
do Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda

Se não ratificar o Acordo Ortográfico, Angola vai ficar como que «numa ilha – perdida», considera a linguista Teresa Camacha Costa1, responsável do Departamento de Língua Portuguesa do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) de Luanda, defendendo, nesta entrevista ao jornalista Edno Pimentel, publicada no semanário Nova Gazeta do dia 23 de julho de 2015, a sua «ratificação imediata e a criação de um português angolano». Mas, ao mesmo tempo, muito crítica em relação ao seu ensino em Angola: «Só quem é formado na área tem habilitações para ensinar. Não basta falar. Por isso é que vemos muitos estudantes com tantas debilidades [no domínio do português]. Esses professores sem a formação específica mutilam os estudantes.»