Controvérsias Agradecimento Fico muito grato ao dr. Rui Pinto Duarte pela sua colaboração, ensinando como traduzir para português que todos entendam a expressão italiana "in sede di", como por exemplo "em sede de revisão constitucional", que em português de Portugal será "no campo da revisão constitucional" e "em matéria de revisão constitucional". E ainda temos "na área, no espaço, no âmbito". Para determinados estudos da Língua Portuguesa, é indispensável a colaboração de pessoas especializadas nos vários saberes,... José Neves Henriques (1916-2008) · 7 de novembro de 1997 · 2K
Pelourinho // Inadequação vocabular RTP não erra já Imprecisões da oralidade televisiva Dois descuidos televisivos. Carlos Marinheiro · 3 de novembro de 1997 · 2K
Diversidades Os Descobrimentos e eu ... (6) Curiosamente, apesar de Goa ser quase toda ela, do norte ao sul, uma faixa litoral banhada pelo Oceano Índico, e apesar do calor húmido que faz suar durante a maior parte do ano, a praia não tem tido tradicionalmente uma grande atracção para os Goeses para mitigar os seus verões. Existe uma explicação para isso: A região litoral era habitada pelos pescadores, e o solo arenoso que não presta para o cultivo de arroz, mas é bom para os palmeirais, é também habitado por outras castas não-brâmanes. Teotónio R. Souza (1947-2019) · 31 de outubro de 1997 · 2K
Antologia // Portugal Casa do Ser Língua, Casa do Ser que lá não mora,E, se chama, não está por morador,Que só em nós o verbo se demoraComo sombra de sol e eco de amor.Abrigo sim, porém sem tecto, foraDe torre ou porta, os muros no interior:Assim a Casa essente rompe à auroraPara se incendiar com o sol-pôr.É a noite o seu rápido alicerce,Enquanto Casa, que não Ser (aéreoO que nem isso é ia eu dizerNo hábito verbal que corta cerceA hastilha do jardim da Casa, etéreoMensageiro de fogo. Pode ser). Vitorino Nemésio · 31 de outubro de 1997 · 4K
Diversidades Os Descobrimentos e eu ... (6) Curiosamente, apesar de Goa ser quase toda ela, do norte ao sul, uma faixa litoral banhada pelo Oceano Índico, e apesar do calor húmido que faz suar durante a maior parte do ano, a praia não tem tido tradicionalmente uma grande atracção para os Goeses para mitigar os seus verões. Existe uma explicação para isso: A região litoral era habitada pelos pescadores, e o solo arenoso que não presta para o cultivo de arroz, mas é bom para os palmeirais, é também habitado por outras castas não-brâmanes. <... Teotónio R. Souza (1947-2019) · 31 de outubro de 1997 · 4K
Controvérsias Em sede de..., de novo Algumas das mensagens sobre este tema solicitam que eu volte a escrever sobre ele. Vamos a isso, embora escrevendo mais a propósito dele do que sobre ele. Sou um curioso dos problemas da língua; não tenho, porém, qualificações ou estudos formais que me capacitem para dar opiniões filológicas. Os contributos que posso dar ao Ciberdúvidas respeitam apenas ao Direito (incluindo a linguagem jurídica, é óbvio). Por isso, tenho evitado dar opinião sobre a "correcção" das expressões qu... Rui Pinto Duarte · 31 de outubro de 1997 · 3K
Pelourinho Défice de pronúncia Cavaco Silva, ex-primeiro-ministro de Portugal, acaba de lançar um livro sobre a moeda única da União Europeia. Euro chamar-se-á ela. E o professor de Finanças, de tão rigoroso nos números que (diz) desaconselham de todo a regionalização no rectângulo lusitano, esqueceu-se dos cuidados indispensáveis para com a sua própria língua. Por exemplo, ao dizer -- como disse numa entrevista à TSF -- "déficite", quando o aportuguesamento de deficit é há muitos anos dé... José Mário Costa · 29 de outubro de 1997 · 2K
Controvérsias Anti-implementar Implemento é português lídimo – já existia, pelo menos, em 1731, segundo o Dicionário de Morais --, enquanto implementar é um neologismo do inglês "to implement". E enquanto o substantivo implemento até caiu em desuso, o verbo implementar pegou, está na moda (especialmente entre os especialistas das generalidades e das frases feitas), serve para tudo e para nada. Isto é: não serve para coisa nenhuma. Por isso, volto a repetir: é um neologismo mal-formado ... José Mário Costa · 24 de outubro de 1997 · 6K
Controvérsias Pró-implementar «Implementar é um anglicismo mal formado e sem sentido específico em Português. Pode significar tudo: adoptar, desenvolver, executar, completar, começar, tomar, vigorar, etc.» Embora o termo possa ter sido "importado" via inglês, não se poderá dizer que é «mal formado». Viegas Gonçalves · 24 de outubro de 1997 · 4K
Controvérsias Minas antipessoais Se uma mina antipessoal – sustenta aqui ao lado o engº Roseira Coelho, num esclarecimento a uma anterior resposta minha, que desde já muito agradeço – é uma mina contra pessoas ( eu nunca defendi que fosse "para uso pessoal"...), então, o plural será mesmo antipessoais: minas antipessoais. Pessoal é adjectivo, logo, faz o plural pela regra geral: pessoais. José Neves Henriques (1916-2008) · 24 de outubro de 1997 · 3K