Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Porque é que os membros do júri do programa da SIC «Chuva de Estrelas» - na circunstância, Fernando Martins - dizem «performance» em vez de actuação? Porque o Inglês é uma língua «sintética»? Não. «Sintético», aqui, é o Português: actuação e exibição têm menos três caracteres do que «performance». Desempenho, menos um. Fernando Martins e muitas outras figuras do espectáculo, do futebol, da publicidade e dos negócios utilizam certas palavras anglo-saxónicas (pro...

No Telejornal da RTP1 de 25 de Janeiro, o redactor de serviço utilizou o verbo despoletar para dizer precisamente o contrário do que pretendia. Despoletar um escândalo (na circunstância, os casos de pedofilia na Madeira) significa desactivá-lo, anulá-lo. Espoleta é o disparador; é o dispositivo que produz a detonação de explosivos e projécteis. Portanto, se retirarmos este dispositivo (se despoletarmos o sistema), já não há explosão. Frequente no...

Enorme expectativa rodeia o eng. Torres Campos, o novo comissário da Expo 98. Os políticos, como o prof. Marcelo ou a dra. Maria José Nogueira Pinto, pronunciam todos mal: ècspô. Terá o eng. Campos a coragem política de dizer êispo? Não é pedir muito: basta imitar o que já começou a dizer (bem) o primeiro-ministro António Guterres. Isto é: com o o pronunciado como o o final de «livro» e «milho».

Maria José Nogueira Pinto, líder parlamentar do PP, e Jorge Lacão, líder parlamentar do PS, no Telejornal da RTP1 de 21 de Janeiro, pronunciaram: ecspô 98. Marcelo Rebelo de Sousa repetiu o mesmo erro na TVI, no dia seguinte. Devem dizer: êispo (este o pronuncia-se como o o final de «livro» e «milho»).

Comunicação apresentada em 3 de março de 2003 pelo  autor no seminário integrante do "Projeto Câmara nos 500 Anos", promovido pela Câmara dos Deputados brasileiros, em conjunto com a Academia Brasileira de Letras, a Associação Brasileira de Imprensa, Universidade de Brasília e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em comemoração ao quinto centenário da chegada da Língua Portuguesa ao Brasil.

 

 

Fundadores: João Carreira BomJosé Mário Costa
Coordenação editorial: Associação Ciberamigos da Língua Portuguesa e Laboratório de Competências Transversais (ISCTE)
Coordenador executivo: Carlos Rocha
Consultoras permanentes: Carla Marques, Sara Mourato e Inês Gama
Edição e revisãoSara Mourato e Inês Gama.

 

 

 

Consultores

 

Ex-Colaboradores

«A propósito da entrevista a Camané publicada no suplemento "Ípsilon" de dia 27/04 e conduzida por João Bonifácio, gostaria de dizer o seguinte:

Numa entrevista profissional, não basta parecer, há que ser.

O Sr. João Bonifácio aparenta uma grande admiração por Jacques Brel, nomeadamente pela música "Ne Me Quitte Pas".

[O Português na 1.ª Pessoa]

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