Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Implemento é português lídimo – já existia, pelo menos, em 1731, segundo o Dicionário de Morais --, enquanto implementar é um neologismo do inglês "to implement". E enquanto o substantivo implemento até caiu em desuso, o verbo implementar pegou, está na moda (especialmente entre os especialistas das generalidades e das frases feitas), serve para tudo e para nada. Isto é: não serve para coisa nenhuma. Por isso, volto a repetir: é um neologismo mal-formado ...

«Implementar é um anglicismo mal formado e sem sentido específico em Português. Pode significar tudo: adoptar, desenvolver, executar, completar, começar, tomar, vigorar, etc.»

Embora o termo possa ter sido "importado" via inglês, não se poderá dizer que é «mal formado».

Se uma mina antipessoal – sustenta aqui ao lado o engº Roseira Coelho, num esclarecimento a uma anterior resposta minha, que desde já muito agradeço – é uma mina contra pessoas ( eu nunca defendi que fosse "para uso pessoal"...), então, o plural será mesmo antipessoais: minas antipessoais. Pessoal é adjectivo, logo, faz o plural pela regra geral: pessoais.

Na qualidade de ex-oficial sapador devo manifestar o meu completo desacordo relativamente à resposta a uma questão em que se defendia a forma minas antipessoais (in Respostas Anteriores).

Uma mina antipessoal é uma mina contra pessoas e não uma mina para uso pessoal. Na minha modestíssima opinião, é um absurdo dizer minas antipessoais. Devo dizer que até me «arranha» os ouvidos !!!

O plural de mina anticarro é minas anticarro e não minas anticarros.

Tanto quanto os debates à volta das eleições do Benfica , só mesmo os disparates que, por via delas, se têm ouvido na rádio e na televisão portuguesa. Nesta última semana, e só para exemplo, fica aqui o registo do que mais arranhou os ouvidos de qualquer lusófono.
   Na RTP, António Sala, director de programas da Rádio Renascença e apresentador de TV (com responsabilidades acrescidas), parecia um analfabeto no "Domingo Desportivo": "houveram" para aqui e "houveram" para...

A Feira de Frankfurt – ou Francoforte, como prefere dizer, bem à portuguesa, o enviado da RTP, Pedro Oliveira – tem como tema central, este ano, Portugal e a sua literatura. Tema mais que central, por isso, nestes dias da imprensa portuguesa. Caso da Antena 1, que lhe tem dedicado cobertura diária no seu Programa da Manhã.
   Pena só que, imediatamente antes ou depois, o português passe a língua de segunda ordem no principal canal da estatal RDP. Em duas rubricas dedicadas ao ...

Nunca dei por mal empregado o tempo que já gastei no vosso consultório nas 10 ou 12 vezes em que a V. recorri, e por isso não posso deixar passar em claro uma tendência nociva, patente numa sociedade dia após dia mais generalizadora, tendência esta bem notória numa resposta do vosso linguista mais destacado, o dr. Neves Henriques.

Ponto prévio: não sou licenciado em Direito. De tal matéria, ressalvo desde já, nada percebo. Agradeço por isso ao "Ciberdúvidas" o ter-me enviado os comentários de ilustres jurisconsultos (em linha como contraponto desta controvérsia) e a maneira delicada e compreensiva como tais comentários foram apresentados.

Fugiu o Nobel, ficou o erro

Os escritores de língua portuguesa podem, mais uma vez, queixar-se do esquecimento da Academia Sueca, na atribuição do Prémio Nobel da literatura. Jorge Amado, José Saramago, João Cabral de Melo NetoAntónio Lobo Antunes – para só referir os mais citados, invariavelmente, na habitual bolsa das apostas dos noticiários – foram desta vez preteridos pelo italiano Dario Fo. Frustração deles e de todos os lusófonos seus leitores que, ainda por cima, voltaram a ouvir mal pronunciado o nome do inven...

Estou muito grato ao exmo. senhor Gérard Verdon pelo comentário que fez à minha resposta a Luís Otávio no dia 24 de Setembro sobre a grafia do antropónimo joão da silva porque são as observações discordando de mim que me levam a "sentir", "pensar", "querer", e "agir"; e é assim, "sentindo", "pensando", "querendo" e "agindo", que me cultivo e, por isso, me torno útil ao próximo. E é para isto mesmo que estou no mundo. Bem haja, pois, o Senhor Gérard verdon. Vamos, então, ao assunto: