Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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1 - Carlos Ilharco *

"Milano ou Milão", respondeu João Cabrita, a propósito deste tema (cf. respostas Anteriores). Nem uma coisa nem outra. O verdadeiro nome do clube é A.C. Milan e não tem nada a ver com o francês, mas sim com a sua fundação por um conjunto de pessoas inglesas com o nome de "Milan Cricket and Football Club" (1899).

Salvo melhor opinião, os nomes originais devem manter-se para evitar caricaturas como Sporting de Lissabon.

2 - Mauro Cavaliere **

A resposta dada por mim no dia 8 de Novembro (cf. Respostas Anteriores) está inteiramente certa. Eis o que se me perguntou pela consulente Angelina: "As palavras cota e quota são equivalentes? Podemos usar uma ou outra sem qualquer restrição?" Vejamos então.

Há mais de uma palavra com a forma cota:

1 - Armadura que antigamente os cavaleiros usavam por cima da roupa para se defenderem. Deriva do francês antigo "cote".

2 - Antiga unidade de medida da India. Deriva do tâmul "kottei".

Foi respondido que cota=quota e que "é a mesma palavra com duas grafias" (Cf. Respostas Anteriores).

Enquanto substituir quota por cota estará sempre correcto, mas o inverso não me parece verdadeiro. Não me parece que um cavaleiro vestisse a sua "quota" antes de entrar em luta por uma eventual cota em qualquer empresa.

Palavras inglesas da moda

Denominar "II Women in Jazz 97", em vez de "II Mulheres no Jazz 97"...

Muitos Benvindos integram as listas concorrentes às eleições autárquicas portuguesas de Dezembro! Pelo menos, é o que dirá o mais desprevenido dos transeuntes, numa qualquer das muitas entradas das cidades e vilas do país pejadas desses rutilantes porta-cartazes eleitorais prometendo mundos e fundos sem fim aos seus conterrâneos eleitores...."'Benvindo' a ..." – e lá vem o nome do proponente, mais o cargo na terra em disputa.
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"O 'volume volumétrico' [da chuva]", arremessou às tantas o presidente da Câmara de Ourique em mais um episódio do triste espectáculo do aproveitamento político da tragédia que se abateu nos últimos dias no Alentejo, por causa da intempérie em Portugal.
   A enormidade – que se ouviu num "confronto" televisivo do passado fim-de-semana com o responsável da Protecção Civil portuguesa – define por si o nível do referido debate. O da SIC (foi na SIC) e de todo o geral, sobre o te...

Fico muito grato ao dr. Rui Pinto Duarte pela sua colaboração, ensinando como traduzir para português que todos entendam a expressão italiana "in sede di", como por exemplo "em sede de revisão constitucional", que em português de Portugal será "no campo da revisão constitucional" e "em matéria de revisão constitucional". E ainda temos "na área, no espaço, no âmbito". Para determinados estudos da Língua Portuguesa, é indispensável a colaboração de pessoas especializadas nos vários saberes,...

RTP não erra já
Imprecisões da oralidade televisiva

Dois descuidos televisivos.

Algumas das mensagens sobre este tema solicitam que eu volte a escrever sobre ele. Vamos a isso, embora escrevendo mais a propósito dele do que sobre ele.

Sou um curioso dos problemas da língua; não tenho, porém, qualificações ou estudos formais que me capacitem para dar opiniões filológicas. Os contributos que posso dar ao Ciberdúvidas respeitam apenas ao Direito (incluindo a linguagem jurídica, é óbvio). Por isso, tenho evitado dar opinião sobre a "correcção" das expressões qu...

Cavaco Silva, ex-primeiro-ministro de Portugal, acaba de lançar um livro sobre a moeda única da União Europeia. Euro chamar-se-á ela. E o professor de Finanças, de tão rigoroso nos números que (diz) desaconselham de todo a regionalização no rectângulo lusitano, esqueceu-se dos cuidados indispensáveis para com a sua própria língua.
   Por exemplo, ao dizer -- como disse numa entrevista à TSF -- "déficite", quando o aportuguesamento de deficit é há muitos anos dé...