Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Fugiu o Nobel, ficou o erro

Os escritores de língua portuguesa podem, mais uma vez, queixar-se do esquecimento da Academia Sueca, na atribuição do Prémio Nobel da literatura. Jorge Amado, José Saramago, João Cabral de Melo NetoAntónio Lobo Antunes – para só referir os mais citados, invariavelmente, na habitual bolsa das apostas dos noticiários – foram desta vez preteridos pelo italiano Dario Fo. Frustração deles e de todos os lusófonos seus leitores que, ainda por cima, voltaram a ouvir mal pronunciado o nome do inven...

Estou muito grato ao exmo. senhor Gérard Verdon pelo comentário que fez à minha resposta a Luís Otávio no dia 24 de Setembro sobre a grafia do antropónimo joão da silva porque são as observações discordando de mim que me levam a "sentir", "pensar", "querer", e "agir"; e é assim, "sentindo", "pensando", "querendo" e "agindo", que me cultivo e, por isso, me torno útil ao próximo. E é para isto mesmo que estou no mundo. Bem haja, pois, o Senhor Gérard verdon. Vamos, então, ao assunto:

Na resposta intitulada "Ser cego e não querer ver", escreviam José Mário Costa e José Neves Henriques (in Controvérsias anteriores):

"Ponto prévio: Ciberdúvidas não ministra cursos universitários, daqueles em que se descreve academicamente a história da língua e se divaga sobre as ramificações da sociolinguística. O que se propõe é bem mais simples. Se calhar, até mais difícil: ajudar a resolver as dúvidas que se colocam ao comum dos lusofalantes, do ponto de vista da ortografia, da si...

Os acordos da discórdia
Um recorrente tropeção de pronúncia

Sobre a recomendada prolação do plural de acordo.

Descuidos...indesculpáveis
Na SIC e na RDP

Bagão /Félis/ e não Bagão Félicsa primeira-ministra e não a primeiro-ministra.

Um acento comprometedor
E logo nos livros de ponto de docentes...

Um lapso na grafia de rubrica dos professores portugueses...

O verbo haver de novo atropelado
Erro maior num livro oficial publicado na Madeira

Num livro que publicou na Madeira, o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, considera-se «uma personalidade fundamental da história recente da ilha da Madeira, uma vez que se encontra à frente dos seus destinos à quase 20 anos»....

I

A recente polémica sobre o uso de holocausto entre aspas, para designar o extermínio de seis milhões de judeus na Alemanha nazi durante a II Guerra Mundial, repassou da política para a semântica. E naturalmente, já que é à luz desta que se podem separar denotações e conotações ou, se quisermos, distinguir designações com carga afectiva das que a não têm. Trata-se de saber se e quando podemos pôr holocausto entre aspas e, por outro lado, se e quando a...

O Instituto Superior de Novas Profissões, escola pioneira de algumas disciplinas em Portugal, não está muito atento aos seus próprios impressos. Assim, no documento com que costuma comprovar a comparência a exames dos estudantes-trabalhadores, lê-se:
   «...Passo a presente declaração que assino e autêntico
   Que o dono de uma pensão residencial confunda na escrita – e só na escrita! – o adjectivo «residêncial» com o substantivo residênc...

Palavras que nasceram com a década [1974-1984]
Nos 10 anos do 25 de Abril

Abrangênciabipolarização, camarada, despoletar, informador, militância, operacional, partidarização, primeira-ministro, retornado, sexismo e verdes são algumas das palavras e termos mais marcantes no vocabulário comum nos dez anos decorridos do 25 de Abril em Portugal.

Texto da autoria do jornalista José Mário Costa, transcrito, com a devida vénia, do semanário Expresso de 21 de abril de 1984.