Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«Uma amostra das deliciosas diferenças» que separa brasileiros e portugueses em matéria de língua – nesta crónica do autor, publicada no jornal brasileiro Folha de S. Paulo, transcrito no Courrier Internacional (edição portuguesa) de 26 de Setembro de 2007.

A um ano de se tornar «maior de idade», aos 18, o acordo ortográfico assinado pelos países de língua portuguesa tem toda a cara de virar um «trintão» sem nem ser aplicado. É que Portugal dá indícios de que só implantará o acordo daqui a dez anos. Como se não bastasse a indefinição lá no velho mundo, aqui no Brasil o Governo federal ainda não tem prazos definidos para o que se poderia chamar de «desacordo ortográfico».

Professor honorário de lingüística da Universidade do País de Gales, em Bangor, David Crystal, de 66 anos, é uma das maiores autoridades mundiais em linguagem. Autor de "A Revolução da Linguagem" (Jorge Zahar), ele falou a VEJA sobre as mudanças que a internet trouxe ao uso da língua e sobre as línguas em extinção.

A internet está mudando o caráter das línguas?

Engavetado desde sua assinatura, em 1990, voltou a assombrar o acordo ortográfico que visa a unificar a escrita do português nos países que o adotam como Língua oficial. O Ministério da Educação chegou a anunciar a entrada em vigor da reforma no Brasil já em 2008. Felizmente, essa data foi postergada. Por mais modorrenta que seja, essa discussão não deve se extinguir. Ela tem implicações profundas de ordem técnica e comercial, além de provocar ainda mais ansiedade nos milhões de brasileiros m...

Moçambique é um dos cinco países que ainda não assinaram a proposta de reforma ortográfica para a língua portuguesa. O senhor é a favor da reforma?

Mia Couto   Não. Não faço guerra contra a reforma, mas acho absolutamente absurdo o fundamento da necessidade de fazê-la. Evidente que é uma coisa convencional, não vai mudar a fundo as coisas, mas as implicações que isso tem do ponto de vista económico acabam sempre por sobrar para os países mais pobres. Com esse dinheiro pode se ...

O surpreendente Museu da Língua Portuguesa

 

Como não sou paulista nem moro na locomotiva do Estado, como estive na capital como turista, acho que posso dar um depoimento bastante pessoal sobre uma recente conquista da cidade, o Museu da Língua Portuguesa.

Mudanças ortográficas: necessárias, desnecessárias e tímidas?

 

Há pelo menos uma década e meia, um coro de vozes espalhou a notícia de que o trema fora abolido. E aquilo, na concepção de muitos, virou decreto. Daí para cá, é um Deus nos acuda para convencer os alunos de que o trema não caiu. Pior que isso é ver que, junto com o trema, defenestraram também os acentos agudo, circunflexo, e até o grave que indica a ocorrência da crase. “Acento!? Já não cai...

O «medo estúpido» de Portugal <br> do domínio do Brasil nos PALOP

Em declarações à agência de notícias Lusa, o coordenador do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, João Malaca Casteleiro, acusou as autoridades portuguesas de entravarem o Acordo Ortográfico por «um medo estúpido de que o Brasil, através da ortografia, reconquiste os países africanos de língua portuguesa e os leve para o seu lado, o que é completamente descabido e mau para a língua portuguesa». Transcrição integral destas declarações, a seguir.

 

 

 

Um dos mais conceituados linguistas portugueses, Malaca Casteleiro, acusou ontem Portugal de estar a entravar o acordo ortográfico com os países lusófonos por um “medo estúpido” do domínio do Brasil. O linguista, que tem participado nas tentativas de acordo da unificação ortográfica nos países de língua oficial portuguesa, fala mesmo num “cisma” entre Portugal e Brasil que “se arrasta há mais de um sé...

O gerúndio é uma forma verbal terminada em -ndo — cantando, dizendo, partindo, pondo —,  invariável, e que provém do latim. Utiliza-se em várias situações, ora exprimindo o modo, ora integrada na conjugação perifrástica.

Exemplos do emprego do gerúndio na expressão de modo: