Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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CPLP pede rapidez para unificação da ortografia portuguesa

Lisboa, 25 Set (Lusa) — A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu nessa terça-feira a existência de uma única forma de escrever português e deixou implícitas críticas às dificuldades de implementação do acordo ortográfico, assinado pelos estados-membros em 1990.

Em entrevista à Agência Lusa, o português José Tadeu Soares, secretário-executivo adjunto da CPLP, não quis comentar a "parte política" da questão em Portugal, país que ainda não ratificou o acordo.

Medo ao <i>i</i>

O medo contamina agora o in- inicial, que passa a en-. E ouve-se "endicar","empressões", "endivíduo", "enfelizmente", "envestigar"

Você tem medo ao i? Desculpe a pergunta. Mas, se for o caso, se você tiver mesmo medo ao i, anda bem acompanhado. Esse som está a desaparecer das nossas rádios, da nossa televisão. Sejamos claros: o futuro do nosso i não é risonho.

Faz parte da faculdade de linguagem, com que todo o ser humano nasce, a capacidade de combinar um número finito de elementos e produzir um número ilimitado de palavras, frases e expressões. Mais: temos a capacidade de reutilizar palavras já existentes e aplicá-las noutros contextos, para referir novos objectos ou situações. Chama-se a isso "criatividade linguística", não no sentido de originalidade ou imaginação artística, mas num sentido funcional, dado que estas "invenções" têm um propósito...

Em defesa da diversidade linguística

Celebra-se hoje [26 de Setembro] o Dia Europeu das Línguas. No sítio que o Conselho da Europa lhe dedica lê-se: «Estamos celebrando a diversidade linguística, o plurilinguismo e a aquisição de línguas ao longo da vida.» Será que em Portugal existe também motivo para celebrar a diversidade linguística? Penso que ninguém duvida de que na sociedade portuguesa convivem, actualmente, dezenas de línguas e culturas, e q...

Depois da duvidosa construção, em português, da forma impessoal «é suposto», que tão em voga se encontra entre nós — tradução directa e, a meu ver, totalmente desnecessária do inglês «it’s supposed» —, também as formas pessoais do mesmo verbo («I was supposed», por ex.) começam a ser adoptadas pelos portugueses, presumo que por alguns que dominarão o inglês mas que pouco se importam com a sua língua.

A responsabilidade acrescida da imprensa<br> na promoção do português

«Os leitores Público escrevem ao provedor sobretudo por causa de "erros de ortografia e problemas de concordância". É lícito ignorar tais preocupações?», pergunta Rui Araújo, respondendo a um leitor.

Governo espanhol imputado na queda de viaduto que matou cinco portugueses

O juiz que investiga o acidente ocorrido a 7 de Novembro de 2005 na construção de um viaduto na Auto-Estrada do Mediterrâneo em Almuñecar, na Andaluzia, imputou os responsáveis do Ministério do Fomento, proprietário da obra, e as empresas encarregues da execução dos trabalhos. O desabamento provocou seis mortos, cinco dos quais oriundos de Portugal, e três feridos, dois de nacionalidade portuguesa

1 – O que será «imputar os responsáveis»?!

Mais tarde ou mais cedo tinha de ser: um artigo sobre o verbo haver.

Aprende-se na escola primária. No caso de a escola não ter ajudado, basta pensar um bocadinho. Em português, como noutras línguas, há verbos que designam uma acção ou situação à qual não pode ser atribuída sujeito: anoitecer, chover, fazer (com sentido de tempo decorrido), etc. O verbo haver também faz parte desta lista. (...)

Sobre o termo portuga, convém fazer um comentário que, certamente, não se encontra nos dicionários, mas pode ser verificado em meios digitais de publicação como blogues e também em jornais escritos ou falados.

O termo já foi muito usado no Brasil de forma pejorativa, mas galego é bem mais agressivo e antigo. Galego era a forma de se referirem aos imigrantes portugueses para ofendê-los, enquanto portuga era uma redução de português que, hoje, é usada no mesmo tom que brasuca em Portugal, creio eu.

«Nas relações luso-brasileiras, parece por vezes existir um tropismo no sentido da dramatização das pequenas dissonâncias, como se o entendimento mútuo tivesse ciclicamente de passar por renovadas provas. A questão do Acordo Ortográfico parece estar a ser um desses temas, como se uns anos a mais ou a menos na conclusão de um texto trouxessem algum mal ao mundo, que viveu sem ele até agora», escreve...