Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa

Texto publicado no jornal i à volta do mau uso do verbo apelar num jornal português.

 

 As duas frases surgiram no mesmo “jornal de referência”, no mesmo dia, a propósito do «regresso aos tempos de miséria e de opressão do Estado Novo», conforme a situação do país foi caraterizada pelo PCP num recente comunicado. Dizia a primeira frase: «O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, ...

Viu-se e… não se acreditou. Mas foi mesmo assim que estava escrito, como sendo o presente do indicativo do verbo reaver: «*Eu reei, tu reás, ele reá, nós reemos, vós reeis, eles reão» (!!!).1

Só mesmo um qualquer pirata informático podia ter feito esta maldade ao Dicionário de Verbos Conjugados, da Porto Editora…

Um poema retirado de A Matéria do Poema, do poeta português Nuno Júdice, num tom informal e leve, sobre a importância da presença dos adjetivos em qualquer discurso/texto. Aqui se evidencia a especificidade do valor expressivo de cada tipo de adjetivo (explicativo, restritivo, superlativo, aumentativo).

À volta do (mau) emprego da palavra périplo, na crónica do jornalista Wilton Fonseca O ponto do i, do jornal i de 14 de outubro de 2011.

Não lhes dão sossego. Mal põem os pés fora do país, os governantes portugueses são condenados pela comunicação social a fazer “périplos”. São assim imediatamente alçados à condição de Vascos da Gama ou Cabrais. Deixaram há muito de fazer viagens, que são coisas para os Obamas e as Merkels deste mundo. Os nossos e as suas comitivas fazem “périplos”.

Uma operação publicitária de uma empresa portuguesa altera o nome de uma estação do Metropolitano de Lisboa – em inglês. Texto publicado no jornal i de 7 de outubro de 2011, na crónica do jornalista Wilton Fonseca Ponto do i.

 

Crónica do diretor adjunto do Público, in memoriam de Duda Guennes, que escrevia «com inteligência, sabedoria, brio, amor e humor, coisas nem sempre facilmente conciliáveis». E que, em vida, foi uma «reconhecida “ponte” humana» entre [Brasil e Portugal]».

 

«(...) O que verdadeiramente ajuda Passos Coelho é que os portugueses dão sinais de terem finalmente entendido que a vida assim não podia continuar. O sonho de toda uma vida a crédito do banco do Estado acabou e, à beira de virar pesadelo, as pessoas realizaram que mais vale viver pior do que continuar a acreditar numa utopia que só podia terminar em desastre. (...)»

Miguel Sousa Tavares, na sua crónica no semanário Expresso de 1/10/2011, “Cem dias de exaustão”.

(...)

Depois de ter aqui abordado o surgimento no léxico da palavra bloguer e respectiva família, surpreendi no semanário português Expresso, Primeiro Caderno, de 6 de agosto (p. 13), na coluna Gente, o título...

«Esta terá sido a última tentativa de “unificar” a ortografia do português. No Brasil, uma nova geração de linguistas apresta-se a tomar as rédeas. Ela vai já quebrando tabus morfológicos e sintácticos, e quebrará os ortográficos também. As várias pronúncias "cultas" em território brasileiro não escondem um vasto âmbito de uniformidade sonora, mormente em contraste com Portugal. Um dia, essa considerável uniformidade vai, sobretudo no âmbito das consoantes, reclama...

A Sogrape é um dos maiores e mais consagrados produtores de vinho nacionais. Está presente não apenas nas principais regiões vitivinícolas portuguesas, mas também já na Argentina, na Nova Zelândia, no Chile. Nunca, aliás, bebi um vinho da Sogrape que me decepcionasse. Posso gostar mais ou gostar menos do perfil, mas nunca me aconteceu não gostar de um vinho Sogrape, achá-lo um mau vinho ou sequer regular.