Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Uma  reflexão sobre a palavra "birra", a pretexto ainda da demissão do ministro português Paulo Portas.Crónica do autor no jornal i de 11/07/2013.

 

A "irrevogável decisão" de Paulo Portas passará à pequena história como uma birra. Nas birras, as circunstâncias pouco contam, o que importa é o resultado. Há malícia e determinação de um lado. Do outro, há uma certa consciência do que está a acontecer. E uma mistura de resignação e de masoquismo. Nos dois lados, uma grande dose de imaturidade.

Paulo J. S. Barata apresenta mais um caso de confusão entre duas formas do verbo poder, podemos e pudemos.

 

A confusão entre podemos e pudemos é um erro recorrente nos media portugueses. Uma notícia do sítio do jornal desportivo português Record, de 6 de julho de 2013, transcreve a seguinte declaração do diretor do Sporting Clube de Portugal, Augusto Inácio:

 

O pleonasmo, sem ganho comunicativo nem estético, é desastrada redundância, como mostra Paulo J. S. Barata.

 

Comentando a recente crise política em Portugal, o jornalista Nicolau Santos, na sua habitual crónica na Antena 1, Contas do Dia (5 de julho de 2013), referiu, a dado passo (min. 7,6), que «[…] a coligação [PSD-CDS/PP] implodiu por dentro</spa...

«Irrevogável», como regista qualquer dicionário, tem o mesmo sentido de «inabalável» ou «definitivo». Ou seja, o contrário do que aconteceu com o assim autoqualificado pedido de demissão do ministro português Paulo Portas. É o que se assinala nesta crónica da jornalista Rita Pimenta, no jornal "Público" de 7/07/2013.

 

Wilton Fonseca discorre acerca do verbo investir e das suas flutuações no discurso da imprensa escrita portuguesa.

O pensamento economicista que guia o nosso quotidiano provoca curiosas transformações na maneira como lidamos com determinadas palavras ou expressões. O verbo investir e as palavras a ele associadas (investida, investidura e investimento, entre outras) podem constituir um bom corpus de reflexão, que me foi sugerido por um estranho título ...

«Não entendi o que você

De forma diferente do que se verifica no Brasil na concordância entre tu e a pessoa verbal, em Angola alguns falantes erram na concordância entre o pronome você e o verbo, usando a 2.ª pessoa do singular. Sobre isso nos fala Edno Pimentel em mais uma crónica do Professor Ferrão sobre os usos do português em Angola.

 

 

Relatório de audiência respeitante à Audição Parlamentar N.º 9-GT-AAAO-XII do Grupo de Trabalho para Acompanhamento da Aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, na qual José António Pinto Ribeiro, que, entre 2007 e 2009, foi ministro da Cultura de Portugal, apresentou a sua posição relativamente ao Acordo Ortográfico (gravação áudio também disponível aqui).

 

 

Texto-súmula do autor – que integrou, por Portugal, a  comissão negociadora do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, reunida no Brasil, em Maio de 1986 – sobre o historial de perto de 30 anos, desde as primeiras conversações dos representantes dos então sete países de língua oficial portuguesa até aos trabalhos em curso para um Vocabulário Comum aos atuais oito membros da  CPLP, no âmbito do IIILP (Instituto Internacional da Língua Portuguesa).


A propósito da crise que se vive no ensino público em Portugal, o jornalista Wilton Fonseca comenta a evolução recente da fórmula de agradecimento «obrigado» (texto original publicado no jornal i, em 20/06/2013).

 

No sábado [15-06-2013], um grupo de professores desceu a Avenida [da Liberdade, em Lisboa] com uma faixa em que se lia «Deixem-nos ser professores, porra!». Pareceu-me um mal menor que um deles (uma mulher) terminasse uma entrevista dada a um jornalista com um «muito obrigado».

Não tenho cartão de

Nesta crónica do Professor Ferrão, Edno Pimentel aborda o uso em Angola da forma incorreta "contribuente" para indicar aqueles que pagam as contribuições e os impostos.

 

Por enquanto não é necessário, ou pelo menos ainda não ouvi que aquele cartão fosse indispensável para esta fase do processo de acesso à polícia. Como foi dada uma pausa, o m...