[Sobre a reposta de Sandra Duarte Tavares, A função sintática de tirania:]
Não há justificação nenhuma para imaginar que, na frase «não se embarca tirania neste batel divinal», «tirania» seja complemento directo.
O «se» só pode ser sujeito em orações reduzidas. Bem sei que há uma gramática de referência que autoriza tal interpretação. Mas… aliquando dormitat Homerus.
Se o Ciberdúvidas tem a preocupação da verdade, pergunte a qualquer professor de Latim (mas que saiba latim!) se admitiria a hipótese de, naquela frase, pôr em acusativo a palavra «tirania». É evidente que não!
Cf. Função sintática de tirania: sujeito e/ou complemento direto? + A função sintática de tirania II (Sandra Duarte Tavares) + Tirania = sujeito (Maria Regina Rocha) + O se nunca equivale a alguém (Virgílio Dias)
Cf. A função sintática de tirania II + Tirania = sujeito + Função sintática de tirania: sujeito e/ou complemento direto? + O se nunca equivale a alguém (Virgílio Dias)