A consulente Sofia Carreira perguntou ao Ciberdúvidas:
«Na frase de Gil Vicente "Não se embarca tirania neste batel divinal», a palavra tirania parece-me óbvio ser um complemento direto. Mas há quem defenda que se trata do sujeito (que eu consideraria nulo indeterminado). Será que nos poderiam esclarecer?»
Sandra Duarte Tavares respondeu que se trataria de um caso que permite duas análises sintáticas, um caso de ambiguidade entre a função se sujeito e de complemento direto: A função sintática de tirania I e A função sintática de tirania II.
Virgílio Dias discordou, dando continuidade ao que defendera em «O se nunca equivale a ninguém». Fica aqui o seu texto: O se só pode ser sujeito em orações reduzidas.
Maria Regina Rocha, por sua vez, considera que na frase «Não se embarca tirania neste batel divinal», o termo tirania é o sujeito: Tirania = sujeito.