Há cinquenta anos, um jovem britânico, estudante de latim e grego, era surpreendido na sua primeira visita a Portugal não pelo clima mas pelo... infinitivo pessoal. Tal é a situação descrita por Thomas F. Earle, professor jubilado da Universidade de Oxford e conhecido especialista da literatura portuguesa do Renascimento, evocando os primórdios da sua experiência como falante de português, num artigo que passa a estar disponível na rubrica Ensino. Neste trabalho, da autoria da jornalista e investigadora Raquel Ribeiro, passa-se em revista o percurso do professor Earle, que, ainda a propósito do idiossincrático infinitivo pessoal, acrescenta com ironia: «Eu estava maravilhado com os portugueses: eles ousaram inventar um tempo verbal que não estava no latim. “Infinitivo pessoal” era “uma espécie de rebelião da língua"; foi essa pequena rebeldia que me levou a estudar português.»
No consultório, ficam em linha quatro novas respostas sobre sintaxe, léxico, terminologia e ortografia.
Já que falamos de um especialista da literatura renascentista, evoquemos também aqui um dos maiores poetas da língua portuguesa para assinalar as celebrações de 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O programa Mambos da Língua, realizado pela Rádio Nacional de Angola, com a colaboração do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, aborda novos tópicos nos seus apontamentos mais recentes: a diferença entre epidemia, pandemia e endemia (38.º episódio); a origem de funge, jindungo e jinguba (39.º episódio).
Para estudantes de Português como Língua Estrangeira (Portuguese as a Foreign Language), a Ciberescola da Língua Portuguesa e os Cibercursos mantêm abertas as inscrições em aulas individuais. Mais informação na rubrica Ensino.
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