Novamente disponível e atualizada, a Plataforma do Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (VOC) é lançada publicamente neste dia, na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa. Instrumento de gestão linguística cuja elaboração foi coordenada pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa, entidade responsável pela política da língua no âmbito da CPLP, o VOC reúne todos os vocabulários ortográficos nacionais (VON) dos Estados-membros, fixando a grafia das palavras conforme os princípios do novo Acordo Ortográfico, a que se acresce informação sobre a flexão e a divisão silábica dos vocábulos. Sublinhe-se que a importância deste instrumento advém igualmente de ser esta a primeira vez que países como Moçambique ou Timor-Leste tiveram a oportunidade de organizar os seus próprios vocabulários ortográficos nacionais, juntando-se assim a Portugal e ao Brasil, onde tal tipo de recursos já tem tradição. «Em fase de incorporação e já validado pelas autoridades competentes – segundo declarações do linguista José Pedro Ferreira ao Jornal de Notícias – encontra-se o vocabulário de Cabo Verde, enquanto o de São Tomé e Príncipe está em fase de validação.» Mais atrasados estão os trabalhos com os vocabulários da Guiné-Bissau e de Angola. É ainda de lembrar que o VOC foi oficialmente reconhecido pelos Estados-membros da CPLP mediante as conclusões finais da X Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada em julho de 2014 em Díli. Mais pormenores na rubrica Notícias.
Relevo para outros acontecimentos que preenchem a atualidade da língua portuguesa:
– em cerimónia realizada nesta data na Corunha (Galiza) e contando com a presença do presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, do presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijoo, e do rei de Espanha, Filipe VI, a assinatura, por parte do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Junta da Galiza, do Memorando de Entendimento para a Adoção do Português como Língua Estrangeira de Opção e Avaliação Curricular no Sistema Educativo não Universitário da Comunidade Autónoma da Galiza;
– o seminário “Projeção Internacional da Língua Portuguesa: presente e futuro”, a realizar no dia 20 de fevereiro, na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa (entrada livre; os interessados devem inscrever-se até 19 de fevereiro pelos contactos disponíveis aqui);
– integrada na exposição Loulé, 630 Anos de Poder Local, a conferência “O Testemunho Linguístico das Atas de Vereações Medievais de Loulé”, proferida por Maria Alice Fernandes, no dia 21 de fevereiro, sábado, pelas 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé.
O programa de rádio Língua de Todos volta a ser transmitido na sexta-feira, 20/02 (às 13h30*, na RDP África; com repetição em 21/02, às 9h10*). Quanto ao Páginas de Português, a emissão de domingo, 22/02 (às 17h00*, na Antena 2), centra-se nos dicionários numa conversa com a professora Margarita Correia.*
* Hora oficial de Portugal continental, ficando também disponível via Internet, nos endereços de ambos os programas.
No consultório, as dúvidas focam sobretudo tópicos de sintaxe e morfologia, mas é também de salientar uma questão sobre como referenciar as imagens usadas num documento. No Pelourinho, retomando anteriores chamadas de atenção registadas aqui no Ciberdúvidas, inclui-se um apontamento do professor António Bagão Félix, respigado do blogue Tudo Menos Economia, sobre o uso incorreto do adjetivo humanitário na comunicação social portuguesa. Sobre as alcunhas usadas nos Açores, a rubrica O Nosso Idioma disponibiliza um texto do jornalista açoriano Joel Neto publicado no Diário de Notícias.
Na Ciberescola da Língua Portuguesa e nos Cibercursos produzem-se recursos para o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa (materna e não materna), bem como se organizam cursos individuais para estudantes estrangeiros (Portuguese as a Foreign Language). Mais informação no Facebook e na rubrica Ensino.