1. Devido ao feriado de 1 de Dezembro, em Portugal, Ciberdúvidas volta a ser actualizado só na próxima segunda-feira, dia 5.
2. Entre os novos temas abordados que ficam entretanto em linha, lembramos um termo que corresponde à maneira como os esquimós gostariam de ser conhecidos. Trata-se de “inuit”, que já tem formas portuguesas, inuíta e inuíte. E respondemos ainda à pergunta: Qual a origem da expressão «Tirar o cavalinho da chuva»? Continuam também a chegar-nos dúvidas sobre a Terminologia Lingu[ü]ística para o Ensino Básico e Secundário – TLEBS, que está a ser aplicada em Portugal. E muitas outras perguntas entraram em linha sobre aspectos relativos à sintaxe, ao léxico, à ortografia e à gramática em geral.
Temos continuado a receber muitas perguntas sobre a Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário, recentemente adoptada em Portugal. Apesar do esforço de adaptação, os consulentes fazem perguntas que revelam o gosto por compreender o funcionamento da Língua Portuguesa. Esta atitude diz respeito não só aos professores, mas também a muitos que nos acompanham noutros países, nomeadamente no Brasil.
Mas são as palavras – o seu uso, a sua formação, a sua existência – que concentram a maior atenção. Neste âmbito, a nossa herança linguística, ligada à cultura local, suscitou algumas perguntas. Por exemplo, dúvidas sobre vocábulos como garavalha, tardo e “camarinhar” lembraram mais uma vez as origens da nossa língua no Noroeste da Península Ibérica, terra de mitos e cantigas de amigo, donde se espalhou para sul e, depois, para o mundo.
Sobre os equívocos que a pronúncia ironicamente tece, aparece um novo texto na nossa Antologia, da autoria do jornalista e escritor José Alberto Braga, que o redigiu especialmente para o Ciberdúvidas. Recomendamos ainda o Pelourinho, esta semana a pedir mais cuidado com o plural da palavra ténis. E assim chegamos a mais um fim-de-semana.
Os portugueses vêem os brasileiros como os “rebeldes” da Língua Portuguesa? Não é essa perspectiva injusta, quando qualquer brasileiro tem dificuldade em aceitar o à-vontade linguístico com que os naturais de Lisboa dizem gostar “imenso” de tudo?
São estas sucintamente as questões levantadas por um consulente brasileiro a viver em Lisboa. A resposta é simples: nenhum país de Língua Portuguesa detém a norma, porque há variantes a respeitar. Por outro lado, importa que, linguisticamente, saibamos mais acerca uns dos outros, porque uma língua de dimensão mundial não dispensa o sentido de comunidade.
Indicativo dessa necessidade é o extraordinário conjunto de gramáticos que, de um lado e do outro do Atlântico, investigam a história e actualidade da Língua Portuguesa. A respeito de um verbo que se tornou tabu linguístico, vemos que existem divergências entre gramáticos e lexicógrafos, mas não há uma oposição entre portugueses e brasileiros. O que é bom sinal: significa que a investigação se faz objectiva e serenamente, contribuindo assim para um conhecimento mais responsável da língua.
Durante a semana, outras perguntas se fizeram também. Algumas são características de quem quer compreender a língua no seu uso quotidiano. Outras relevam da preocupação com a aprendizagem e são feitas por professores de língua materna, focando a Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS), recentemente adoptada em Portugal. Entretanto, o papel da linguagem literária no Ensino Básico e Secundário em Portugal suscita a discussão de opções pedagógicas. A petição de Maria do Carmo Vieira, “Pela dignificação do ensino”, é disso prova.
Finalmente, na Antologia surge um novo texto. Da autoria de Luís Carlos Patraquim, que o escreveu especialmente para o Ciberdúvidas, é uma evocação da infância e da magia da palavra, mas dá também testemunho da diversidade da nossa língua comum em terras de Moçambique. Boa leitura.
Na semana que ora termina, os nossos consulentes concentraram as suas perguntas em quatro grandes áreas: em primeiro lugar, o léxico (13 perguntas); depois, a sintaxe e a etimologia a receberem o mesmo número de perguntas (8 perguntas cada); e, finalmente, a morfologia (6 perguntas).
Não admira que o léxico venha à frente nesta lista. Quis saber-se se esta ou aquela palavra existe, com este ou aquele significado, muitas vezes pressupondo que essa existência depende da tranquilizadora entrada num dicionário. Contudo, nem sempre assim é, porque os vocábulos, num dado momento, podem ser construídos ou importados doutras línguas.
Além disso, na construção de frases (sintaxe), continuam a chegar-nos perguntas sobre o se apassivante («vendem-se casas» ou «vende-se casas»?) ou à volta do uso do conjuntivo numa oração subordinada. E se a origem dos nomes comuns é certamente intrigante, já no domínio da morfologia foram de novo os plurais – como os das palavras compostas e os das palavras terminadas em -ão – que suscitaram um maior número de interrogações.
A propósito do que se voltou a ouvir – e a escrever – sobre a confusão entre o grama e a grama, fica também em linha mais um excelente Pelourinho da nossa consultora Maria João Matos.
Entretanto, voltamos a chamar a atenção para três iniciativas que reforçarão o conhecimento e uma melhor utilização da Língua Portuguesa. São elas: o recente acesso via Internet da MorDebe – Base de dados morfológica do português; a 8 de Novembro, o lançamento de um CD-ROM relativo ao Projecto Diversidade Linguística na Escola Portuguesa; e, a 23 de Novembro, a apresentação do Dicionário Temático da Lusofonia.
1. Foi formalizado o patrocínio oficial dos CTT – Correios de Portugal ao Ciberdúvidas, com a assinatura do respe(c)tivo protocolo de intenções, na semana que ora termina. Nele se releva «o papel do Ciberdúvidas como serviço público, gratuito, universal e sem fins lucrativos, que, via Internet, esclarece, divulga e promove a Língua Portuguesa, em Portugal e em todo o mundo da lusofonia e «que os CTT promovem o culto da Língua Portuguesa e o incentivo pela forma escrita da comunicação entre os portugueses». Vigorando pelo prazo de um ano, para já, foi graças a este apoio mecenático – juntamente com o da Fundação Vodafone – que ficou salvaguardada a continuação deste proje(c)to.
Aos CTT e, em particular, aos drs. Luís Nazaré e Marcos Batista, deixamos aqui, de novo, o nosso público reconhecimento.
2. Devido ao feriado religioso de Todos-os-Santos, de terça-feira, 1 de Novembro, Ciberdúvidas só volta a colocar em linha novas respostas, na quarta-feira seguinte, dia 2.
1. Foi formalizado o patrocínio oficial dos CTT – Correios de Portugal ao Ciberdúvidas, com a assinatura do respectivo protocolo de intenções, na semana que ora termina. Nele se releva «o papel do Ciberdúvidas como serviço público, gratuito, universal e sem fins lucrativos, que, via Internet, esclarece, divulga e promove a Língua Portuguesa, em Portugal e em todo o mundo da lusofonia e «que os CTT promovem o culto da Língua Portuguesa e o incentivo pela forma escrita da comunicação entre os portugueses». Vigorando pelo prazo de um ano, para já, foi graças a este apoio mecenático – juntamente com o da Fundação Vodafone – que ficou salvaguardada a continuação deste projecto.
Aos CTT e, em particular, aos drs. Luís Nazaré e Marcos Batista, deixamos aqui, de novo, o nosso público reconhecimento.
2. Devido ao feriado religioso de Todos-os-Santos, de terça-feira, 1 de Novembro, Ciberdúvidas só volta a colocar em linha novas respostas, na quarta-feira seguinte, dia 2.
As perguntas dos consulentes do Ciberdúvidas revelam as eternas e tão quotidianas preocupações de quem fala uma língua com grandes tradições culturais de novecentos anos. Foi o que aconteceu na semana que ora termina.
Uns preocupam-se com questões ortográficas, como as regras da translineação; e o Ciberdúvidas responde-lhes, porque tais regras existem segundo princípios que permitem a unidade do espaço linguístico do português.
Outros querem saber qual é a pronúncia desta ou daquela palavra, porque alguém lhes fez um reparo ou porque a pronúncia de uma dada região os intrigou. E o Ciberdúvidas mostra que há padrões de pronúncia, ao mesmo tempo que regista variações regionais, que podem ser aceites, sem pôr em causa a inteligibilidade mútua.
Muitos desejam refle(c)tir sobre a língua: querem compreender por que razão a sua intuição rejeita certas construções ou certas palavras; ou querem apurar a apreensão de conceitos através da descrição do sentido dos vocábulos e das suas relações. E os nossos especialistas em sintaxe, em semântica e em léxico esclarecem essas dúvidas, muitas vezes abrindo perspectivas e suscitando ainda mais perguntas para novas respostas.
E – reflexo do sobressalto que percorre o mundo por causa da ameça da "gripe das aves" – também se quis saber a diferença entre pandemia, epidemia e endemia.
Finalmente, houve quem quisesse saber mais sobre as suas origens; e surgem assim as perguntas sobre a toponímia de uma dada região ou sobre os gentílicos correspondentes a cada cidade, vila ou aldeia.
É talvez porque sentem que esta língua é o seu maior património que os nossos consulentes mostram preocupação com os desafios de um mundo em que o inglês impera. Conseguirá o português resistir a este embate? Claro, porque, além de sermos muitos, é o português que faz quem somos e o que viermos a ser.
1. Ciberdúvidas respondeu na semana que ora termina à pergunta n.º 16 000 (Metaplasmos) – um marco mais deste projecto ao serviço da Língua Portuguesa e de todos os que dela se servem para «na quotidiana vida inventarem sem cessar as expressões de que precisam para não se perderem do tempo que passa, do mundo que se renova e se transfigura», como escreveu o ensaísta português e Prémio Camões 1996, Eduardo Lourenço.
2. A escritora brasileira Lygia Fagundes Telles recebeu em Lisboa o Prémio Camões 2005, numa cerimónia que contou com a presença dos Presidentes de Portugal e do Brasil. [Jorge Sampaio e Lula da Silva voltaram a juntar-se, primeiro, na VII Cimeira Luso-Brasileira, realizada no dia 15 p.p. no Porto, e, depois, na XV Cimeira Ibero-Americana, em Salamanca, no dia seguinte.] Num discurso de belo recorte literário, a autora de Ciranda de Pedra evocou a epopeia dos Descobrimentos portugueses e o seu antepassado João Álvares Fagundes, navegador minhoto, que logo no início do século XVI rumou aos mares morenos da então Terra de Vera Cruz. Da terra onde brotou o português com «açúcar» como escreveu há cem anos Eça de Queirós – ou o português com «sal», agora na expressão de Lygia Fagundes Telles.
3. Por estes dias começou a correr na Internet uma petição reclamando que a página oficial da FIFA na Internet tenha também uma versão em língua portuguesa. O pretexto foi o apuramento para o Campeonato [Copa] do Mundo de Futebol de 2006, na Alemanha, das selecções de Portugal, Brasil e Angola para o Mundial de 2006, na Alemanha, cujo idioma comum representa hoje um universo de mais de 200 milhões de lusofalantes.
4. Contra a hegemonia asfixiante da língua da globalização continuam a bater-se, e bem, os franceses, como se refere na notícia sobre os neologismos importados directamente do inglês.
Cf. Ibero (/Ibéro/)-americano
O protocolo do patrocínio da Fundação Vodafone ao Ciberdúvidas foi formalizado nesta terça-feira passada, dia 4 de Outubro, na sede da Vodafone Portugal, em Lisboa. Vigorando, para já, pelo prazo de dois anos, foi graças a este apoio mecenático da Fundação Vodafone, juntamente com o dos CTT, que o Ciberdúvidas salvaguardou a continuação do serviço público que presta em prol da Língua Portuguesa, vai fazer nove anos em Janeiro próximo.
Ao Grupo Vodafone – em particular, ao seu presidente, António Carrapatoso, a quem já devíamos a generosidade do patrocínio do Prémio João Carreira Bom, e, muito em especial, à presidente da comissão executiva da Fundação Vodafone, Luísa Pestana, cuja iniciativa pessoal tornou possível este apoio decisivo para a continuação do Ciberdúvidas – deixamos aqui o nosso público reconhecimento.
Devido ao feriado nacional do 5 de Outubro, em Portugal, nesta quarta-feira, Ciberdúvidas só volta a colocar em linha novas respostas e outros textos sobre a Língua Portuguesa na quinta-feira, dia 6.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações