O Instituto Camões decidiu atribuir um subsídio anual ao Ciberdúvidas, a partir de 2006, juntando-se aos CTT e à Fundação Vodafone no apoio a este espaço de esclarecimento, informação e reflexão sobre a Língua Portuguesa, sem fins lucrativos ou comerciais. Esta é a primeira vez, ao longo dos seus quase nove anos de existência, que o serviço público prestado pelo Ciberdúvidas, em todo o mundo da lusofonia, se vê contemplado pelo organismo do Estado português mais directamente ligado (e com obrigações) à promoção da Língua Portuguesa. À presidente do Instituto Camões, dr.ª Simoneta da Luz Afonso, apresentamos os nossos agradecimentos pelo seu empenho pessoal neste apoio institucional ao Ciberdúvidas.
Uma semana decorrida após o regresso do Ciberdúvidas – graças ao apoio mecenático dos CTT e da Fundação Vodafone, que se constituíram seus patrocinadores oficiais –, não podia ser mais eloquente a importância deste espaço de esclarecimento, informação e debate sobre a língua portuguesa. Eloquente e, por isso, tão gratificante – como pode ser avaliado pelo que nos chegou de toda a parte (e pôde já ser respondido), e não só do mundo que fala português.
Que outra língua no mundo envolve uma paixão assim?
Depois de mais de três de meses de interrupção e do risco de não poder voltar, caso não fossem reunidos os indispensáveis apoios à sua continuação, Ciberdúvidas da Língua Portuguesa regressa desde esta data às suas actualizações diárias. E só lhe foi possível regressar graças à iniciativa mecenática dos CTT e da Fundação Vodafone, que se constituíram como patrocinadores oficiais deste verdadeiro serviço público como não há outro na Internet em português e sobre o português.
Do movimento gerado contra o fim à vista do Ciberdúvidas – de que cumpre realçar, e agradecer, a petição posta a circular pelo tradutor australiano Chrys Chrystello e a sua correspondente repercussão nos meios de comunicação e em muitos e influentes blogues portugueses e brasileiros – fomos dando conta na rubrica Correio.
Aqui registámos, igualmente, algumas das mais tocantes mensagens de quantos – e foram tantos! – se nos dirigiram, dispostos, inclusive, a quotizarem-se para a viabilização deste projecto.
Felizmente, não foi necessário – muito menos essa possibilidade, que sempre recusámos, de tornar este serviço pago para quem o consulta. Seria, pura e simplesmente, a descaracterização da sua natureza e, ao fim e ao resto, diminuir-lhe a projecção e a importância que alcançou em todo o espaço da lusofonia.
Não foi necessário, felizmente, porque ainda há em Portugal, no sector privado e na sociedade civil, quem se substitua ao Estado, e logo numa área tão estratégica como é a da língua.
Ao logo dos seus quase nove anos de existência (fá-los-á em Janeiro próximo), Ciberdúvidas provou não viver da lógica da subsidiodependência. Sempre teve, tem e terá num futuro até muito próximo iniciativas complementares até de autofinanciamento. Mas como serviço público, gratuito e universal, sem fins lucrativos ou comerciais, não pode dispensar este tipo de apoios mecenáticos, já que dos organismos oficiais com responsabilidade na promoção da língua portuguesa a resposta foi o que se sabe.
Não obstante – como lembrou muito oportunamente a professora Cristina Marques – o Ciberdúvidas até ser aconselhado na bibliografia dos novos programas do ensino secundário, em Portugal...
Ciberdúvidas vai regressar às suas actualizações diárias a partir do dia próximo dia 19, assegurados que foram, finalmente, os apoios indispensáveis à continuação deste serviço público de esclarecimento, debate e promoção da Língua Portuguesa.
A Fundação Vodafone e os CTT, Correios de Portugal constituíram-se patrocinadores oficiais do Ciberdúvidas, suportando a meias parte dos custos de manutenção do serviço público que presta na Internet em prol da Língua Portuguesa, como não há outro, nos seus moldes e natureza, em todo o espaço da lusofonia.
O Ciberdúvidas vai estabelecer, entretanto, uma parceria de colaboração com a Porto Editora, que, em devido tempo, será pormenorizada.
Estas três entidades responderam na semana ora finda à petição promovida pelo tradutor australiano Chrys Chrystello, num movimento de enorme repercussão, sem o qual, não temos dúvidas em afirmá-lo, não estaríamos aqui a dar esta boa nova a quantos amam e querem saber sempre mais sobre esta nossa «língua de oito pátrias», como lhe chamou o saudoso João Carreira Bom, co-fundador e principal responsável deste projecto.
A todos os que viabilizaram a continuação do Ciberdúvidas deixamos o nosso mais sentido agradecimento, nomeadamente à Fundação Vodafone, na pessoa da sua presidente executiva, dr.ª Luísa Pestana, ao Conselho de Administração dos CTT, presidido pelo dr. Luís Nazaré, e à Porto Editora, na pessoa do dr. Rui Pacheco, director da Divisão Multimédia.
Permita-se-nos, ainda, uma nota de gratidão à Universidade Lusófona, que tem acolhido nas suas instalações, em Lisboa, o Ciberdúvidas, muito devido ao empenho pessoal do respectivo reitor, Prof. Doutor Fernando Santos Neves, assim como ao portal SAPO e, em particular, ao seu director, dr. José Carlos Baldino.
Neste seu relançamento, em condições nunca antes reunidas, Ciberdúvidas contou ainda com a intervenção da ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues para o destacamento, em exclusividade de funções, do Prof. Carlos Rocha.
A todos, e por mor da Língua Portuguesa, o nosso bem-haja!
Como habitualmente nesta época das férias de Verão, em Portugal, Ciberdúvidas interrompe as suas actualizações diárias. Voltaremos na primeira segunda-feira de Setembro, dia 5, altura em que retomaremos o serviço que prestamos a quantos, pelas sete partidas do mundo, querem saber mais sobre a nossa Língua Portuguesa, «última flor do Lácio, inculta e bela».
Ficam entretanto em linha as 16 mil questões constantes já do arquivo do Ciberdúvidas, permanentemente acessíveis por via do mecanismo de pesquisa habitual.
1. Decorreu na semana que ora termina na cidade de Córdova a 8.ª Conferência da Cultura Latino-Americana, com a presença de 18 ministros e secretários da Cultura da América Latina, de Espanha e Portugal. No seu encerramento, a ministra espanhola da Cultura, Cármen Calvo, anunciou que o seu país, em parceria com o México e o Brasil, pretendem lançar uma televisão cultural, com o objectivo de reforçar e difundir as respectivas culturas de passado histórico comum. Sobre esta excelente iniciativa – será certamente uma forma de enfrentar a invasão massificante da cultura anglo-saxónica – Portugal não se manifestou. Quer dizer que não irá participar no projecto? E quanto a uma parceria com o Brasil num projecto similar, tão fundamental para a projecção da Língua Portuguesa no mundo e para a difusão das culturas que se exprimem no nosso idioma?
2. A escritora e jornalista brasileira Nélida Piñon acaba de ser galardoada com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras. Boa oportunidade para se conhecer esta ilustre cultora da Língua Portuguesa, de origem galega. Entre contos, novelas e romances, escreveu Tempo das Frutas (1966), Fundador (1969), Casa da Paixão (1972); Tebas do meu Coração (1974), A Força do destino (1977), A República dos Sonhos (1984), O Presumível Coração da América (2002) e Vozes do Deserto (2004).
3. Infelizmente, continua ainda por resolver a anomalia técnica que há duas semanas vem afectando a recepção normal das perguntas para o Ciberdúvidas. Pelos atrasos daqui derivados, voltamos a apresentar as nossas desculpas.
Devido ao feriado nacional do 10 de Junho, em Portugal, e do feriado de Santo António no dia 13, em Lisboa, Ciberdúvidas volta a ser actualizado só na terça-feira, dia 14 deste mês de Junho.
Continuam infelizmente por debelar os problemas do acesso normal às mensagens dos nossos consulentes, em consequência do curto-circuito ocorrido nas instalações onde funciona o Ciberdúvidas. Pelos atrasos resultantes nas respostas às perguntas que ainda não nos chegaram, voltamos a apresentar as nossas desculpas.
Ficam entretanto em linha três novos textos na rubrica O Português na 1.ª Pessoa, para os quais chamamos a atenção dos nossos prezados consulentes. São eles: a segunda parte da abordagem da dra. Regina Rocha aos manuais escolares de Português; o discurso proferido pelo reitor da Universidade Lusófona, prof. dr. Fernando dos Santos Neves, na cerimónia da assinatura do protocolo de colaboração com a CPLP («É a hora da lusofonia»); e um estudo de um professor de Português, António J. Lavouras Duarte, sobre os principais erros ortográficos mais comuns dos seus alunos («A gramática: como ensiná-la»).
Ao contrário do previsto, ainda não é durante esta semana que Ciberdúvidas vai ter acesso às perguntas dos seus consulentes, bloqueadas, na sua maior parte, devido a uma avaria eléctrica nas instalações, gentilmente cedidas pela Universidade Lusófona, onde elas se recebem e se distribuem pelos nossos consultores. Embora alheios às causas da anomalia, apresentamos de novo as nossas desculpas pelos inerentes atrasos das respostas.
Devido ao feriado de quinta-feira, 26 de Maio, em Portugal, voltamos às actualizações diárias só na segunda-feira seguinte, dia 30. Ficam entretanto em linha mais 30 novas respostas e outros textos variados sobre a Língua Portuguesa, disponíveis em todo o Ciberdúvidas.
Acabam de ser publicadas, em Lisboa, as Actas da conferência A Língua Portuguesa: Presente e Futuro, organizada em Dezembro pela Fundação Calouste Gulbenkian, entre cujas conclusões se propunha a criação do Observatório da Língua Portuguesa. O tempo entretanto decorrido é, obviamente, demasiado curto, ainda, para que se preveja, já, o... costume. E sendo o costume, entre nós, o que se passou, por exemplo – e infelizmente –, com esse nado morto chamado Instituto da Língua Portuguesa, vem a propósito lembrar o mais recente exemplo (do) espanhol.
Criada em Fevereiro, em Madrid, a Fundação do Espanhol Urgente (Fundéu) – envolvendo, entre outras entidades, a Real Academia Espanhola, o Instituto Cervantes, a rádio e a televisão públicas de Espanha (RTVE), a agência nacional de notícias Efe e um banco privado, patrocinador da iniciativa, o BBVA –, constituiu-se como «unidade de intervenção rápida» na defesa, promoção e unidade da língua oficial de Espanha e da América Latina de influência hispânica.
«O idioma – escrevia na altura jornalista espanhol Miguel Lorenci – é o principal activo da nossa cultura e salvaguardar a sua unidade e o seu uso correcto é garantia de futuro e a melhor contribuição para o prestígio da nossa língua no mundo.»
Noutra passagem, citando os dois principais impulsionadores da Fundação Espanhol Urgente:
«A língua espanhola é um dos poucos idiomas capazes de resistir ao cerco do inglês e com um futuro esplêndido. É, por isso, imprescindível protegê-lo, evitar que se deteriore e se fragmente.» [Francisco González, presidente do BBVA, mecenas da Fundéu]
«Os “media” têm uma grande responsabilidade no uso do idioma. Não temos um martelo para dar na cabeça dos jornalistas que dão erros. Aspiramos ser uma base de consulta e um mecanismo de intervenção rápida cujo objectivo é manter a unidade do idioma.» [Alex Gujelmo, presidente da Efe, dinamizadora da iniciativa]
Congregando vários académicos, filólogos, linguistas e jornalistas espanhóis, a Fundéu orienta-se especialmente para os diversos meios de comunicação social em língua espanhola, com recomendações e pareceres sobre tecnicismos, barbarismos, erros a evitar e outras palavras (nomeadamente por via do inglês) «que contribuem para dificultar a comunicação dos hispanofalantes».
No «decálogo das intenções» da Fundéu consta ainda, proximamente, a criação de uma página na Internet, assim como a elaboração de um boletim mensal e de um anuário com a recolha dos principais erros linguísticos cometidos nos "media" em geral, em língua espanhola. E haverá, ainda, a edição regular de livros especializados, além da realização periódica de congressos, seminários e de todo o tipo de reuniões sobre questões relacionadas com o idioma espanhol nos meios de informação.
Em suma, uma réplica do Ciberdúvidas – em Língua Espanhola, e com outra dimensão e os apoios que este nosso, da nossa Língua Portuguesa, nunca alcançou...
Cf. A Língua Portuguesa e o triângulo Portugal-Brasil-PALOP
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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