1. Reunião extraordinária dos ministros da Cultura e da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, nos dias 14 e 15 de Novembro. Em foco nos debates: o papel, a relevância e a defesa da língua portuguesa no actual contexto internacional, bem como a educação na dinâmica da CPLP. Os ministros da Cultura de Portugal e do Brasil anunciaram, entretanto, que vão propor a elaboração de um estudo nos oito Estados membros da CPLP para determinar o valor económico da Língua Portuguesa.
2. A Fundação Vodafone Portugal renovou por mais um ano o seu apoio mecenático ao Ciberdúvidas — tal como já anteriormente acontecera com os CTT, outro dos patrocinadores oficiais deste sítio sobre a língua portuguesa na Internet. Além da Fundação Vodafone Portugal e dos CTT, o Ciberdúvidas conta ainda com o apoio do Ministério da Educação (através do destacamento de dois professores de Português) e da Universidade Lusófona, em cujas instalações funciona em Lisboa.
3. Nova emissão do Cuidado com a Língua! na RTP 1 (segunda-feira, 17 de Novembro, pelas 21h15), esta à volta das palavras oriente, orientar, desorientar, desnorteado. O programa, repetido em todos os restantes canais da televisão pública portuguesa1, tem, como sempre, a apresentação do actor Diogo Infante, a locução da jornalista Maria Flor Pedroso e a realização de Ricardo Freitas.
4. O programa Língua de Todos, na RDP África, de sexta-feira, 14 de Novembro, pelas 13h00 (repetido no dia seguinta, pelas 09h00), fala-nos da grafia estropiada utilizada nos telemóveis, via SMS. No domingo, 16 de Novembro, pelas 17h00, na Antena 2, o programa Páginas de Português pergunta porque se escreve hoje tão mal na imprensa portuguesa. A análise e os comentários serão das professoras Ana Martins e Regina Rocha, e dos jornalistas Francisco Belard e Joaquim Vieira, provedor dos leitores do jornal Público.
1 A RTP 2 emite anteriores episódios do Cuidado com a Língua!, de segunda a sexta-feira, às 16h00 (hora portuguesa, como os demais horários atrás referidos). Os episódios mais recentes podem entretanto ser (re)vistos aqui.
A língua portuguesa vai ser falada por mais gente. Com efeito, nas conclusões do relatório sobre o "Estado da População Mundial de 2008", do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), prevê-se que em 2050 os países de língua portuguesa vão ter 357 milhões de pessoas (mais 110 milhões do que actualmente), quase 4% do total da população mundial.
Naturalmente, ter-se-á de descontar destes números os falantes de outras línguas, sobretudo na Guiné-Bissau, em Angola e Moçambique. Seja como for, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) registará um considerável aumento demográfico — com uma excepção: segundo o referido relatório, Portugal perderá habitantes, passando de 10,7 milhões em 2008 para 10 milhões em meados do século.
1. Diz-se que cada palavra tem a sua história. É por isso que, ao contrário de acetileno, acetilene tem é aberto na penúltima sílaba, Vaz e Vasques têm a mesma origem, e Cernada deveria escrever-se com s-.
2. No Pelourinho, Sandra Duarte Tavares comenta o caso paradoxal de um curso sobre o erro ortográfico que é divulgado por um folheto com erros de sintaxe e pontuação.
3. No próximo dia 14 de Novembro, às 14h00, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Maria Cristina Figueiredo Silva, professora e investigadora da Universidade Federal de Santa Catarina, proferirá a conferência Prefixos e Selecção no âmbito da actividade do Centro de Linguística da Universidade Nova.
1. De 12 a 21 de Novembro, em Fortaleza (Ceará, Brasil), vai decorrer a VIII Bienal Internacional do Livro do Ceará. Tendo por tema "A aventura cultural da mestiçagem", este evento reunirá cerca de 140 escritores de língua portuguesa e espanhola, entre outros convidados do campo editorial.
2. Não queremos deixar de assinalar que a Universidade de Bari (Itália) e o Instituto Camões (Portugal) atribuíram o Prémio Europa — David Mourão-Ferreira a Jacinto Lucas Pires. Criado com o objectivo de difundir a língua portuguesa e as culturas dos países lusófonos, o prémio permitirá a tradução e a publicação das obras do escritor galardoado nos países da União Europeia e do Mediterrâneo.
1. Em Portugal, o discurso jornalístico anda inçado de palavras inglesas incompreensíveis para a maioria dos falantes de língua portuguesa. José Mário Costa e Ana Martins criticam exemplos desse estranho pidgin luso-inglês pretensamente moderno.
2. Na rubrica Diversidades, divulga-se uma reflexão de Fernando Venâncio sobre a evolução recente das relações institucionais entre o português e o galego.
1. É com profundo pesar que noticiamos o falecimento inesperado do jovem linguista português Tiago Freitas, investigador do ILTEC. Tiago Freitas pertencia ao grupo de investigação sobre Léxico e Modelização Computacional e estava a concluir a sua dissertação de doutoramento. Considerado uma das grandes promessas da linguística em Portugal, entre a sua já vasta obra produzida em tão poucos anos, tínhamos citado na Abertura anterior precisamente o importante artigo "O Processo de Integração dos Estrangeirismos no Português Europeu", de que foi co-autor com Maria Celeste Ramilo e Elisabete Soalheiro. À família enlutada e a toda a equipa do Instituto de Linguística Teórica e Computacional, na pessoa da sua presidente, a professora Maria Helena Mira Mateus1, apresentamos as mais sentidas condolências.
2. Não é tanto o que se diz, mas o modo como se diz: o artigo de José Eduardo Agualusa não apresenta dados novos que propulsionem a (ex?) querela do Acordo Ortográfico, mas dá-nos uma visão bem temperada do assunto, desenhando a caricatura do discurso apocalíptico e apopléctico de alguns "antiacordonistas" e pondo a nu um certo e indisfarçável preconceito linguístico luso face à política de língua seguida no Brasil.
3. Ainda sobre o Acordo Ortográfico, o programa Páginas de Português (Antena 2, domingo, dia 9, 17h00) vai debruçar-se sobre a possibilidade de adopção das novas regras ortográficas, já a partir de Janeiro próximo, nos documentos oficiais do Estado português (incluindo o Diário da República). Noutro programa, o Língua de Todos (RDP África, sexta-feira, dia 7, às 13h00, e sábado, às 9h00), a linguista angolana Amélia Mingas, ela própria muito crítica do Acordo Ortográfico (em contrapé com as posições oficiais da CPLP), vai defender a pertinência da instituição de que é responsável, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa.
4. Quando é que se emprega mais bem e melhor? E X-acto e erro crasso, qual a sua origem? Estes são alguns dos temas de mais um Cuidado com a Língua! na RTP 1, na segunda-feira, dia 10 de Novembro, pelas 21h15 (com repetição em todos os restantes canais da televisão pública portuguesa).
5. A partir deste mesmo dia, a RTP 2 passa a emitir anteriores episódios do magazine Cuidado com a Língua!, de segunda a sexta-feira, às 16h00 (hora portuguesa, como os demais horários atrás referidos). Os episódios mais recentes podem entretanto ser (re)vistos aqui.
Qual a reacção dos falantes brasileiros face ao emprego de termos emprestados de outras línguas? Foi o que procurou saber Cristina Alves de Brito (UFRJ), partindo do caso da palavra impeachment.
Há alguma diferença entre empréstimo, estrangeirismo e importação? Leia a propósito este artigo de Tiago Freitas, Maria Celeste Ramilo e Elisabete Soalheiro (Instituto de Linguística Teórica e Computacional).
Recordemos algumas reacções institucionais contra os estrangeirismos:
1. 400 milhões de falantes merecem uma gramática unificada: os académicos de Espanha e da América latina estão a ultimar a Nova Gramática da Língua Espanhola, com lançamento anunciado para 10 de Dezembro de 2009.
Um exemplo para a Academia das Ciências de Lisboa e para a Academia Brasileira de Letras.
2. A publicação de produções escritas na Internet é uma actividade inestimável no processo de aprendizagem da escrita em língua portuguesa.
Neste sentido, a DGIDC acaba de publicar um guia de utilização das ferramentas de publicação em linha, em contexto educativo.
1. Foi um dos temas centrais do 1.º Simpósio de Educação a Distância dos Países de Língua Oficial Portuguesa: o papel fulcral do ensino em linha na educação em língua portuguesa, no seio da CPLP, particularmente em regiões em que são evidentes as dificuldades para fazer chegar o ensino formal a populações numerosas e carenciadas.
Acresce «o contributo decisivo que tem recebido por parte das tecnologias da informação e da comunicação, bem como os consideráveis avanços pedagógicos», referiu Carlos Reis, por ocasião do encerramento do convénio.
2. Em dia de eleições americanas, conheça o perfil político-linguístico de Barack Obama e de John McCain traçado por James W. Pennebaker, linguista da Universidade do Texas: Obama usa mais a 2.ª pessoa (tu, vocês, vosso); McCain recorre mais à 1.ª pessoa (eu, meu); além disso, o discurso de Obama tem mais verbos e estruturas negativas. Tal permitirá inferir que Obama é menos impulsivo, mais incisivo, dinâmico e agressivo na sua campanha.
Esperamos para ver os resultados...
1. «A crise financeira é uma doença» — é esta uma metáfora recorrente na comunicação social. Trata-se só de uma maneira de falar? Não, como explica Ana Martins na rubrica O Nosso Idioma: «a linguagem metafórica não é apenas um modo poético ou retórico de construir significado; é sobretudo um reflexo, na língua, de como actua o nosso pensamento.»
2. No âmbito de um projecto de investigação, pede-se a ajuda de falantes de português como língua segunda/língua estrangeira. Para mais informação, consultem-se as Notícias.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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