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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. «Não esperamos que o défice de adequação do nível de língua ao contexto de comunicação afecte o falante adulto, escolarizado e profissionalmente integrado», diz Ana Martins no Pelourinho, mas são muitos os exemplos de como os jornais portugueses abusam da «linguagem de café de esquina».

2. A nova actualização dá igualmente relevo a variedades de registo de comunicação, centrando-se em termos especializados das áreas jurídica, administrativa, científica e desportiva. Outras respostas não esquecem o nível familiar e revelam o significado de almeida em Portugal e da expressão «chegar às falas».

3. Qual a diferença entre réu e arguido? E juiz, porque é que não leva acento, ao contrário do feminino, juíza, e do plural, juízes? E qual a história da expressão «justiça de Salomão»? São estas as questões abordadas no 50.º episódio do programa Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, 21h18, hora oficial em Portugal continental, com repetição, depois, nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui).

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1. A criação de palavras raramente se faz ex nihilo: aproveita-se uma forma de base, a que se junta um afixo ou outra forma de base. Por exemplo, os prefixos i(n/m)-, des- são muito produtivos: há irracional, incorrecto, impróprio e há descomposto, desleal e desconexo, etc. O interessante é que esta alquimia nunca se faz por adição simples: condoer não é o resultado da soma de sentido do prefixo con- mais o significado do verbo doer; ninguém diz «condoem-me os dentes»; por outro lado, há combinações possíveis e há outras impossíveis: há condomínio, mas não "condominar", há compadrio, mas já não há "comadrio", e por aí fora.

2. Qual a diferença entre réu e arguido? E juiz, porque é que não leva acento, ao contrário do feminino, juíza, e do plural, juízes? E qual a história da expressão «justiça de Salomão»? São estas as questões abordadas no 50.º episódio do programa do Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, 21h18, hora oficial em Portugal continental, com repetição, depois, nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui).

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Ciberdúvidas da Língua Portuguesa completa neste dia 12 anos de existência.

Foi um percurso não isento de dificuldades, actualmente minimizadas com os apoios do Ministério da Educação português, dos CTT, Correios de Portugal, da Fundação Vodafone e da Universidade Lusófona, sem os quais este projecto único em todo o espaço da lusofonia já teria soçobrado. A balança tem pesado em favor da dedicação de quantos o têm levado por diante, dos seus responsáveis, equipa executiva e corpo de generosos consultores. O resultado, em números, é este: 25 mil respostas e cerca de 2 mil outros textos, até à presente data, permanentemente acessíveis por quem, em qualquer parte do mundo, se interessa e quer saber sempre mais sobre esta nossa «língua de oito pátrias», como um dia lhe chamou o saudoso João Carreira Bom.

A partir deste dia, as respostas e os demais textos colocados em linha passam a ser redigidos quer na grafia do novo Acordo Ortográfico (1990), oficialmente adoptado no Brasil desde o início do presente ano, quer na grafia do Acordo de 1945 (ainda em vigor em Portugal e restantes seis países da CPLP).

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O centenário do nascimento de Miguel Torga comemorou-se durante o ano de 2007, com a realização de variados eventos. Mas o médico-escritor, figura ímpar da língua e da cultura portuguesa, merece mais: merece a homenagem fora de datas, a homenagem reiterada e contínua. O Janeiro de Miguel Torga é um exemplo desse tipo de homenagem (com a chancela da Escola Superior de Educação Almeida Garrett).

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1. Muletas, bordões e tiques de linguagem — todas as línguas os têm. As muletas linguísticas cumprem várias funções comunicativas e, mais do que isso, podem funcionar como um instrumento de poder — é este o tema a que damos relevo neste dia.

2. Para consultar uma gramática ou obra de divulgação em linguística, que apresente um certo grau de profundidade descritiva, é útil dominar previamente alguns termos, como sejam predicador ou argumento. Muitas dessas noções preliminares são explicadas aqui diariamente.

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Eu sei o que é o tempo, se não mo perguntarem.

(Santo Agostinho)

O tempo foge-nos, ou somos nós que passamos muito depressa por ele? Há muitas teorias sobre a concepção do tempo, mas o certo é que nenhuma dispensa contá-lo. O esforço de fraccionamento dá ao Homem a sensação de que domina o tempo. Esta foi sempre uma necessidade de todas as civilizações. Saiba um pouco da história do calendário e dos meses do ano, através da leitura deste artigo de Maria Regina Rocha.

A propósito, sabe porque é que a expressão «para as calendas gregas» é usada para exprimir um tempo que nunca chegará? Porque não eram os gregos que tinham calendas, mas sim os romanos...

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1. A entrada em vigor no Brasil do Acordo Ortográfico, desde o início do ano, e a urgência do Vocabulário (verdadeiramente) Comum da Língua Portuguesa estão em foco no  Páginas de Português de domingo, 11 de Janeiro (Antena 2, 17h00, hora oficial portuguesa). Com depoimentos, entre outros, dos linguistas Godofredo de Oliveira Neto (Brasil) e Margarita Correia (Portugal), o programa – que conta com uma nova rubrica em colaboração com os CTT, “Uma Carta É Uma Alegria da Terra” – pode ainda ser ouvido aqui.

2. O galego, se não vai de mão dada com o português, tem uma existência agónica — é a opinião de um consulente (ver Correio).

3. Fonética, ortografia e léxico são áreas linguísticas em relevo neste dia.

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1. A partir deste dia, com a inauguração da Biblioteca Digital Camões, o Instituto Camões disponibilizará em linha cerca de 1200 documentos da cultura portuguesa dos últimos cinco séculos, incluindo obras fora de circulação, clássicos da literatura e partituras. Os Lusíadas, por exemplo, passarão a estar acessíveis à leitura em telemóvel. Por facilitar o trabalho a estudantes e investigadores, já é uma iniciativa mais que louvável.

2. Descrevendo como «trapalhada trapalhona» o processo de aplicação do novo Acordo Ortográfico, Vasco Graça Moura acusa: «os [...] órgãos de comunicação social [em Portugal] não se interrogam suficientemente sobre as consequências de não ter havido entretanto qualquer ratificação do Acordo Ortográfico em Angola, ou em Moçambique ou na Guiné-Bissau.»

3. Nesta actualização, avultam nomes sonantes, de origem grega: Creúsa, Eudóxia, Isadora, Zenão. Fala-se também de um calendário revolucionário de pouca dura, voltam a tecer-se considerações sobre a correcção do uso de e/ou em português e calcula-se o valor de uma «besta quadrada».

4. O próximo Língua de Todos (RDP África, sexta-feira, 9 de Janeiro, às 13h15) andará à volta dos termos mais ouvidos nestes dias da crise que assola o mundo de uma ponta a outra: bancarrota, recessão, défice, deflação e estagnação. E porque é que os jornalistas portugueses erram, recorrentemente, no emprego do adjectivo humanitário? Por outras palavras: desde quando uma tragédia (como a situação na Faixa de Gaza) pode ser “humanitária”? Com repetição no sábado, depois do noticiário das 9h00.
 

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1. É pena que Portugal e os demais Estados da CPLP não tenham acompanhado o Brasil na entrada em vigor do Acordo Ortográfico. Para o subdirector do semanário Sol, Mário Ramires, sem unificação rápida da ortografia, "já sambámos" (= falhámos).

2. Os dicionários podem não os acolher, mas os neologismos existem e são de diferentes tipos, como mostra a rubrica O Nosso Idioma.

3. A variação é inerente à fala, no seio de uma mesma comunidade linguística — é o tema em foco nesta nova actualização, que aborda diferentes desvios à norma no Brasil e em Portugal.

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Sabia que o mesmo radical latino explica a origem de inato, Natal e nação? É o que nos revela Ana Martins em O Nosso Idioma.

Como é possível num jornal confundir-se o pronome de primeira pessoa do plural nós com a segunda pessoa do mesmo número? É preciso uma pedagogia da língua, defende o provedor dos leitores do jornal "Público" Joaquim Vieira, em texto divulgado no Pelourinho.

Já existem dicionários adaptados ao novo Acordo Ortográfico? Já. Três foram publicados em Portugal (ver Aberturas e Montra de Livros), e no Brasil acaba de ser lançado mais outro, o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras.