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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A entrada em vigor no Brasil do Acordo Ortográfico, desde o início do ano, e a urgência do Vocabulário (verdadeiramente) Comum da Língua Portuguesa estão em foco no  Páginas de Português de domingo, 11 de Janeiro (Antena 2, 17h00, hora oficial portuguesa). Com depoimentos, entre outros, dos linguistas Godofredo de Oliveira Neto (Brasil) e Margarita Correia (Portugal), o programa – que conta com uma nova rubrica em colaboração com os CTT, “Uma Carta É Uma Alegria da Terra” – pode ainda ser ouvido aqui.

2. O galego, se não vai de mão dada com o português, tem uma existência agónica — é a opinião de um consulente (ver Correio).

3. Fonética, ortografia e léxico são áreas linguísticas em relevo neste dia.

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1. A partir deste dia, com a inauguração da Biblioteca Digital Camões, o Instituto Camões disponibilizará em linha cerca de 1200 documentos da cultura portuguesa dos últimos cinco séculos, incluindo obras fora de circulação, clássicos da literatura e partituras. Os Lusíadas, por exemplo, passarão a estar acessíveis à leitura em telemóvel. Por facilitar o trabalho a estudantes e investigadores, já é uma iniciativa mais que louvável.

2. Descrevendo como «trapalhada trapalhona» o processo de aplicação do novo Acordo Ortográfico, Vasco Graça Moura acusa: «os [...] órgãos de comunicação social [em Portugal] não se interrogam suficientemente sobre as consequências de não ter havido entretanto qualquer ratificação do Acordo Ortográfico em Angola, ou em Moçambique ou na Guiné-Bissau.»

3. Nesta actualização, avultam nomes sonantes, de origem grega: Creúsa, Eudóxia, Isadora, Zenão. Fala-se também de um calendário revolucionário de pouca dura, voltam a tecer-se considerações sobre a correcção do uso de e/ou em português e calcula-se o valor de uma «besta quadrada».

4. O próximo Língua de Todos (RDP África, sexta-feira, 9 de Janeiro, às 13h15) andará à volta dos termos mais ouvidos nestes dias da crise que assola o mundo de uma ponta a outra: bancarrota, recessão, défice, deflação e estagnação. E porque é que os jornalistas portugueses erram, recorrentemente, no emprego do adjectivo humanitário? Por outras palavras: desde quando uma tragédia (como a situação na Faixa de Gaza) pode ser “humanitária”? Com repetição no sábado, depois do noticiário das 9h00.
 

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1. É pena que Portugal e os demais Estados da CPLP não tenham acompanhado o Brasil na entrada em vigor do Acordo Ortográfico. Para o subdirector do semanário Sol, Mário Ramires, sem unificação rápida da ortografia, "já sambámos" (= falhámos).

2. Os dicionários podem não os acolher, mas os neologismos existem e são de diferentes tipos, como mostra a rubrica O Nosso Idioma.

3. A variação é inerente à fala, no seio de uma mesma comunidade linguística — é o tema em foco nesta nova actualização, que aborda diferentes desvios à norma no Brasil e em Portugal.

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Sabia que o mesmo radical latino explica a origem de inato, Natal e nação? É o que nos revela Ana Martins em O Nosso Idioma.

Como é possível num jornal confundir-se o pronome de primeira pessoa do plural nós com a segunda pessoa do mesmo número? É preciso uma pedagogia da língua, defende o provedor dos leitores do jornal "Público" Joaquim Vieira, em texto divulgado no Pelourinho.

Já existem dicionários adaptados ao novo Acordo Ortográfico? Já. Três foram publicados em Portugal (ver Aberturas e Montra de Livros), e no Brasil acaba de ser lançado mais outro, o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras.

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1. Ciberdúvidas regressa às suas actualizações diárias, depois da habitual pausa do Natal e do fim de ano. Nesta primeira actualização de 2009 ficam em linha 9 novas respostas. Chamamos ainda a atenção para a rubrica Notícias, onde divulgamos um trabalho do jornalista David Borges sobre a aplicação do novo Acordo Ortográfico em Portugal.


2. Com 2009 entrou em vigor no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, embora ainda num período de transição até à sua aplicação integral, a partir de 31 de Dezembro de 2012. Portugal, com uma moratória até 2014, poderá começar a adoptá-lo oficialmente, segundo tudo indica, em meados de 2010 — nada se sabendo, entretanto, dos restantes países da CPLP, incluindo os Estados que já ratificaram a uniformização da forma de se escrever o português (Cabo Verde e São Tomé e Príncipe).

3. No Brasil , com os principais jornais — casos de O Globo e Estado de S. Paulo — adoptando logo as novas regras do acordo, anuncia-se já para Fevereiro a publicação de um novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, sob a iniciativa da Academia Brasileira de Letras, com cerca de 300 mil termos segundo o Acordo Ortográfico.


4. Perguntava o jornalista David Borges, no trabalho que assinou no Diário de Notícias de 4 de Janeiro de 2009 ("Falta [um] vocabulário comum na língua unificada"): «Sabendo-se que o único Vocabulário editado em Portugal, da autoria do Prof. Rebelo Gonçalves, está desactualizadíssimo e esgotado (a última edição data de 1966), Portugal vai adoptar o do Brasil? Ou vai promover também o seu? É o do Professor Malaca Casteleiro, que anunciou ter alcançado um financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia para ele próprio elaborar esse  Vocabulário? Se sim, não corremos o risco de, a despeito da ratificação do Acordo Ortográfico, continuarmos com duas ortografias oficiais para a língua portuguesa? Sabendo-se que Academia Brasileira de Letras não tem parceiro à altura em Portugal nem havendo intercâmbio de informação, quem poderia estabelecer pontes e uma negociação com o Brasil para uma concertação para esse Vocabulário (verdadeiramente) Comum?»

[ver "Dúvidas a mais sobre muitas palavras com dupla grafia"]


5. Obra absolutamente fundamental para a aplicação do Acordo Ortográfico — o texto original, de 1990, assim como o posteriormente estabelecido nos Protocolos Modificativos de 1998 e de 2004, deixa mil e uma questões por definir1:o Vocabulário Comum da Língua Portuguesa será, por isso, o documento-bíblia da língua portuguesa para a legitimação dos dicionários, prontuários e demais bibliografia que venham a ser publicados segundo as novas regras ortográficas, sob pena de se estar a caucionar meras iniciativas oportunistas de âmbito exclusivamente comercial, como já está por aí à vista, em Portugal. Nessa medida, pela sua importância estratégica para a língua portuguesa, idioma oficial de oito países, não pode ser produto de um só país — no caso, o Brasil, como está a suceder, por manifesta inacção de Portugal e a continuada subalternização dos países africanos de  expressão oficial portuguesa. Desta preocupação deu nota à agência de notícias Lusa o presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o linguista brasileiro Godofredo de Oliveira Neto: «O Acordo Ortográfico, assinado em 1990, pode fracassar na prática se não for elaborado um vocabulário ortográfico comum. (…) O Acordo deixou algumas coisas em branco, como, por exemplo, o uso do hífen [área controversa entre Brasil e Portugal].»


6.  Enquanto «o Acordo [ficar] desacordado» — na saborosa expressão de Godofredo de Oliveira Neto —, Ciberdúvidas manterá nos seus textos a opção pela dupla ortografia. Já não, como até aqui, PE e PB (Português Europeu e Português do Brasil), mas conforme o que passou a vigorar desde 1 de Janeiro de 2009: com a nova ortografia seguida no Brasil (AO) e a que ainda prevalece em Portugal e nos demais países lusófonos (PP). Por razões técnicas só concretizaremos esta mudança posteriormente — para tal bastando, como também até aqui, levar o cursor até às iniciais PB (Português  do Brasil) ou PE (Português Europeu), no canto superior direito desta página, e fazer clique: o texto aparece na ortografia pretendida.


1 A propósito da importância de um (verdadeiro) Vocabulário Comum para a Língua Portuguesa, leia-se o esclarecedor artigo Os argumentos pró-Acordo Ortográfico e a importância do vocabulário comum, da autoria de D'Silvas Filho, um dos nossos especialistas mais autorizados nas diferenças entre o português de Portugal e o do Brasil.
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Como vem sendo hábito, o Ciberdúvidas vai dar algum descanso aos seus consultores, desactivando o formulário e proporcionando-lhes, assim, um Natal sem dúvida nenhuma.

O regresso está marcado para 5 de Janeiro.


Feliz Natal!

Froehliche Weihnachten!

Merry Christmas!

Glædelig Jul!

Sretan Bozic!

Bon Nadal!

Vrolijk Kerstfeest!

Feliz Navidad!

Tchestita Koleda!

Buon Natale!

Selamat Hari Natal!

Zorionak eta Urte Berri On!

Jutdlime pivdluarit ukiortame pivdluaritlo!

Melkin Yelidet Beaal!

Nollaig chridheil agus Bliadhna mhath ùr!

Fröhliche Weihnachten!

Kellemes Karacsonyi unnepeket!

Mo'adim Lesimkha. Chena tova!

Gledelig Jul!

Hristos se rodi!

C PoЖдecтвом XристовЫм и C наступающим Hовым Годом

Joyeux Noël!

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1. Em (quase) vésperas de Natal, e numa época em que tradição já não é o que era, em que já nem sequer é o Menino Jesus que traz as prendas, mas um tal de Pai Natal, revemos algumas dúvidas recorrentes:

Além disso, o Natal, para muitos, é apenas uma boa ocasião para meter férias (ou gozar férias?)
 

2. No programa Língua de Todos dos dias 19 (13h15) e 20 (09h15) vamos ouvir uma conversa com a linguista Perpétua Gonçalves sobre o “estado” da língua portuguesa em Moçambique: do ensino propriamente dito à formação de professores e ao problema dos manuais escolares. Já o programa Páginas de Português, na Antena 2, volta só a ser emitido domingo, dia 28, enquanto o magazine Cuidado com a Língua! regressa à RTP 1 no dia 12 de Janeiro de 2009.


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Pode ser um mero acto simbólico, mas válido ainda assim: o presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, ofereceu um almoço, ontem, no Palácio de Belém, a cerca de 30 embaixadores em Portugal — o que marcou a constituição do Grupo de Embaixadores Falantes da Língua Portuguesa. O porta-voz do grupo é o embaixador da Estónia em Portugal, que fez a sua elocução em português:

«Apresentamos aqui cinco continentes e a língua portuguesa como uma língua global que, através dos séculos, foi falada nestes cinco continentes. Nesta medida, não há dúvidas de que a língua portuguesa continua a ser uma das línguas mais importantes da comunicação internacional.»

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Inépcia total no desempenho de funções escritas — é um bom tema de investigação sobre língua e cognição. Os estudos sobre o problema, em Portugal, são poucos, mas os exemplos abundam:

É difícil escrever pior

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1. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou no passado dia 11 de Dezembro mais um recurso em português: trata-se do seu primeiro sítio infantil em língua portuguesa, o UNICEF Kids (www.unicefkids.org.br), o qual disponibiliza, de forma lúdica, informações sobre os direitos de cada criança e adolescente. Louva-se a iniciativa, mas estranha-se o nome inglês. A propósito, diz-se «o UNICEF», ou «a UNICEF»? Consulte a resposta.

2. A literatura em português está em alta. O jornal O Globo revela que, dos 25 melhores livros de ficção estrangeiros traduzidos e publicados este ano nos EUA, quatro são de língua portuguesa.

3. «Parlapiê? Escanifobético? Salganhada? Credo!» Saiba mais sobre estas palavras com Sara Leite, Sandra Duarte Tavares e Maria Regina Rocha na rubrica O Nosso Idioma.

4. No próximo Cuidado com a Língua! (RTP 1, 15 de Dezembro, às 21h18), o actor Nuno Lopes é o convidado de Diogo Infante numa viagem às palavras, expressões mais conhecidas e às curiosidades linguísticas da temática do vinho. A começar pela origem das palavras enologia, enólogo, enotecnia e enoteca, ou, ainda, do termo abstémio (ver arquivos do programa).