Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Enquanto o Inverno paralisa Portugal com chuva e neve, Cabo Verde mexe-se e promete-nos um Verão ortograficamente histórico: o governo da Cidade da Praia decidiu adoptar o Acordo Ortográfico a partir do segundo semestre de 2009, com um período de transição de entre seis e dez anos.

2. Voltando a Portugal, vão mudar os programas de Língua Portuguesa do ensino básico. O respectivo projecto está disponível para consulta pública até 22 de Fevereiro nas páginas da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/PressReleases/Paginas/CONSULTAPUBLICALP.aspx. Os pareceres devem ser enviados para equipadeportugues@dgidc.min-edu.pt.

3. Eça de Queirós, n’ Os Maias, utiliza a expressão «(…) descia a tropa de calça branca a fazer a bernarda». Qual o sentido dela e a sua origem? O Páginas de Português de domingo, 25 de Janeiro (Antena 2, às 17h00), dá a resposta (o programa pode ainda ser ouvido aqui).

4 No Cuidado com a Língua! de 26 de Janeiro, segunda-feira, (RTP 1, 21h17, hora oficial em Portugal continental), encontraremos Diogo Infante, com uma crise de hipocondria, no hospital, à volta das palavras e das curiosidades da linguagem médica, a começar pelo termo “hipocondríaco”. Ou sobre a diferença entre “paciente”, “doente”, “doloroso” e “enfermo”. Ou, ainda,  sobre a história semântica do vocábulo “hospital”. Finalmente: “mal-estar” ou “mau-estar”? “Mais bem receitado” ou “melhor receitado”? Com repetição nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui.

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1. O programa Língua de Todos de sexta-feira, 23 de Janeiro (na RDP África, às 13h15), incluirá uma conversa com Ernesto d’Andrade, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e autor do recém-publicado livro Línguas Africanas: Breve Introdução à Fonologia e Morfologia; e outra com António Carvalho da Silva, professor no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, sobre as gramáticas escolares portuguesas.

2.  Nesta actualização, retomamos alguns tópicos: as consoantes dobradas na grafia de apelidos, o conceito de campo semântico, a tradução de stem cells. Comentamos ainda a formação de alguns termos: "filociano", "fiscalizatório", conspecífico, eleuterófilo

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1. Saudamos o lançamento de uma nova gramática de português, desta feita no Brasil — a Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Escrita em harmonia com a novas regras ortográficas, promete tornar-se uma obra de referência no estudo do funcionamento da língua.

2. No Correio, um consulente dá-nos os parabéns pelos 12 anos de Ciberdúvidas e ânimo para continuar.

3. Distância e proximidade podem coexistir, como evidencia a frase «Chega lá aqui!». Modificador e complemento circunstancial não são apenas termos que designam o mesmo constituinte; são também modos diferentes de definir a sua função na frase. Cada palavra, cada nome tem uma história, mas fica sempre muito por esclarecer, como nos casos de bué e do apelido Saraiva. São estas algumas das conclusões da actualização deste dia.

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1. Depois da polémica em torno da aplicação em Portugal da Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS) em finais de 2007, a versão revista chama-se agora Dicionário Terminológico para consulta em linha (DT). Está disponível no sítio da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

2. O adjectivo entediante existe? Existe e até vem no dicionário.

«Ao fundo de» é uma locução prepositiva? Nem sempre.

É incorrecto usar qualquer em vez de nenhum? Não, é aceitável.

O hífen desaparece com o novo Acordo Ortográfico? Não. Por exemplo, mantém-se em compostos morfossintácticos.

Arriar pode significar «pousar no rio»? Não!

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1. «Não esperamos que o défice de adequação do nível de língua ao contexto de comunicação afecte o falante adulto, escolarizado e profissionalmente integrado», diz Ana Martins no Pelourinho, mas são muitos os exemplos de como os jornais portugueses abusam da «linguagem de café de esquina».

2. A nova actualização dá igualmente relevo a variedades de registo de comunicação, centrando-se em termos especializados das áreas jurídica, administrativa, científica e desportiva. Outras respostas não esquecem o nível familiar e revelam o significado de almeida em Portugal e da expressão «chegar às falas».

3. Qual a diferença entre réu e arguido? E juiz, porque é que não leva acento, ao contrário do feminino, juíza, e do plural, juízes? E qual a história da expressão «justiça de Salomão»? São estas as questões abordadas no 50.º episódio do programa Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, 21h18, hora oficial em Portugal continental, com repetição, depois, nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui).

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1. A criação de palavras raramente se faz ex nihilo: aproveita-se uma forma de base, a que se junta um afixo ou outra forma de base. Por exemplo, os prefixos i(n/m)-, des- são muito produtivos: há irracional, incorrecto, impróprio e há descomposto, desleal e desconexo, etc. O interessante é que esta alquimia nunca se faz por adição simples: condoer não é o resultado da soma de sentido do prefixo con- mais o significado do verbo doer; ninguém diz «condoem-me os dentes»; por outro lado, há combinações possíveis e há outras impossíveis: há condomínio, mas não "condominar", há compadrio, mas já não há "comadrio", e por aí fora.

2. Qual a diferença entre réu e arguido? E juiz, porque é que não leva acento, ao contrário do feminino, juíza, e do plural, juízes? E qual a história da expressão «justiça de Salomão»? São estas as questões abordadas no 50.º episódio do programa do Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, 21h18, hora oficial em Portugal continental, com repetição, depois, nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui).

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Ciberdúvidas da Língua Portuguesa completa neste dia 12 anos de existência.

Foi um percurso não isento de dificuldades, actualmente minimizadas com os apoios do Ministério da Educação português, dos CTT, Correios de Portugal, da Fundação Vodafone e da Universidade Lusófona, sem os quais este projecto único em todo o espaço da lusofonia já teria soçobrado. A balança tem pesado em favor da dedicação de quantos o têm levado por diante, dos seus responsáveis, equipa executiva e corpo de generosos consultores. O resultado, em números, é este: 25 mil respostas e cerca de 2 mil outros textos, até à presente data, permanentemente acessíveis por quem, em qualquer parte do mundo, se interessa e quer saber sempre mais sobre esta nossa «língua de oito pátrias», como um dia lhe chamou o saudoso João Carreira Bom.

A partir deste dia, as respostas e os demais textos colocados em linha passam a ser redigidos quer na grafia do novo Acordo Ortográfico (1990), oficialmente adoptado no Brasil desde o início do presente ano, quer na grafia do Acordo de 1945 (ainda em vigor em Portugal e restantes seis países da CPLP).

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O centenário do nascimento de Miguel Torga comemorou-se durante o ano de 2007, com a realização de variados eventos. Mas o médico-escritor, figura ímpar da língua e da cultura portuguesa, merece mais: merece a homenagem fora de datas, a homenagem reiterada e contínua. O Janeiro de Miguel Torga é um exemplo desse tipo de homenagem (com a chancela da Escola Superior de Educação Almeida Garrett).

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1. Muletas, bordões e tiques de linguagem — todas as línguas os têm. As muletas linguísticas cumprem várias funções comunicativas e, mais do que isso, podem funcionar como um instrumento de poder — é este o tema a que damos relevo neste dia.

2. Para consultar uma gramática ou obra de divulgação em linguística, que apresente um certo grau de profundidade descritiva, é útil dominar previamente alguns termos, como sejam predicador ou argumento. Muitas dessas noções preliminares são explicadas aqui diariamente.

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Eu sei o que é o tempo, se não mo perguntarem.

(Santo Agostinho)

O tempo foge-nos, ou somos nós que passamos muito depressa por ele? Há muitas teorias sobre a concepção do tempo, mas o certo é que nenhuma dispensa contá-lo. O esforço de fraccionamento dá ao Homem a sensação de que domina o tempo. Esta foi sempre uma necessidade de todas as civilizações. Saiba um pouco da história do calendário e dos meses do ano, através da leitura deste artigo de Maria Regina Rocha.

A propósito, sabe porque é que a expressão «para as calendas gregas» é usada para exprimir um tempo que nunca chegará? Porque não eram os gregos que tinham calendas, mas sim os romanos...