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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Há vida no adjectivo, os mestres do futebolês que o digam. E que tal reabilitá-lo? É o repto lançado por Ana Martins em mais um Pelourinho.

2. «A necessidade de sermos do nosso tempo e do nosso mundo exige línguas abertas ao cosmopolitismo» — afirma Mia Couto num texto que convida ao debate e que se divulga em Lusofonias.

3. Nas Notícias, dá-se conta da integração do português no currículo escolar uruguaio e da 1.ª edição da Escola de Verão, a decorrer entre 29 de Junho e 3 de Julho no Centro de Linguística da Universidade do Porto.

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1. Quando o verbo da predicação está flexionado no plural e o sujeito no singular, ou vice-versa, as culpas vão para a desatenção, a pressa ou factores contextuais diversos. Mas, conforme se automatiza o erro, também se automatiza a forma correcta. Basta ter gosto em fazer as coisas bem feitas...

2. É o tema central da 63.ª emissão do programa televisivo Cuidado com a Língua! (dia 4 de Maio, na RTP1, 21h18*): porquê o uso e o abuso dos estrangeirismos (e dos  anglicismos em particular) na comunicação social portuguesa… para lusófonos, havendo, quase sempre, e há muito, a correspondência na nossa língua? São os casos de “overbooking”, “feedback”, “low-cost”, “resort”, “fash interview”, “cal center”, “car jacking”, “Carlsberg Cup”, “chief operating officer” (COO), “mídia", etc., etc., etc. Uma inevitabilidade ou, antes, um modismo acrítico de quem, elites e jornalistas com acesso directo ao que lhes chega da língua da globalização, sofre, cada vez mais, de um défice de português – e de esmero pela sua própria língua? Com a participação da actriz Lúcia Moniz, contracenando com o apresentador do programa, Diogo Infante.

3. O programa de rádio Língua de Todos, na sua emissão de sexta-feira, 1 de Maio (às 13h15*, na RDP África; repetição no sábado, às 9h15*), vai centrar-se na construção de texto e de frase. Basta escrever-se o que quer que seja para estarmos em presença de um texto? Construir frases será só juntar palavras? Qual a utilização correcta das preposições a, com, de e em? O Páginas de Português (domingo, 3 de Maio, às 17h00*, na Antena 2) terá como tema o monumental Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (mais de 350 mil palavras), que a Academia de Letras do Brasil acaba de publicar (também, já, em Portugal), segundo as novas regras do Acordo Ortográfico. E Portugal o que está a fazer? E quanto ao tão necessário Vocabulário (verdadeiramente) comum? A opinião de vários linguistas (entre eles, Margarita Correia e Ivo Castro) e do ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro.

4. Devido ao feriado do 1.º de Maio, as actualizações do Ciberdúvidas regressam na segunda-feira, 4 de Maio.

* Hora oficial portuguesa

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De uma maneira geral, nós, falantes, somos muito injustos para com as palavras. Veja-se o caso do verbo ficar: sendo uma palavra muito frequente, é raro recebermos perguntas que a envolvam. E, no entanto, a diversidade de construções que este verbo potencia é verdadeiramente surpreendente.

Se pensarmos em ficar como verbo copulativo, há o ficar burro, ficar parvo, ficar doido, que é diferente de ser burro/parvo/doido: ficar burro engrena o sentido de resultado, de causa ou de início de uma situação; ser burro exprime simplesmente um estado. Há também o ficar com uma grande cachola, o ficar com a pulga atrás da orelha e há simplesmente o ficar-se...

Mas ficar pode ser também verbo auxiliar e então temos o ficar a ver navios ou o ficar pensando.

Vale a pena, a este propósito, (re)ler o artigo de José G. Herculano de Carvalho, «Ficar em casa/ficar pálido: gramaticalização e valores aspectuais».

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«O Acordo entrará em vigor seguramente neste ano», declarou o ministro da Cultura português, no passado dia 26. Haverá, seguramente, uma fase de aplicação e outra de adaptação, assistidas por instrumentos fiáveis e coerentes. Seguramente que vão ser dadas orientações de actuação concertadas para as áreas de ensino, media e indústria editorial.

Uma dúvida interessante que nunca nos foi apresentada é esta: porque é que o advérbio modal seguramente — palavra derivada de seguro — deixa no ar a ideia de insegurança?

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Aumentar a produção de conteúdos em língua portuguesa no universo da Internet foi um dos tópicos da declaração de intenções saída da reunião, em Lisboa, dos ministros da Cultura da Organização dos Estados Ibero-Americanos.

A metáfora da navegação, de que a metalinguagem informática se apropriou, está aliás na raiz do entendimento do que é ser poliglota: «Fazer uma transposição das ideias, dos pensamentos para outra língua já é uma grande viagem», assegurou a escritora italiana Romana Petri, no âmbito do IV Encontro Literatura em Viagem.

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1. A Associação de Academias de Língua Espanhola (que integra 22 associações de língua espanhola) tem a seu cargo concertar a elaboração conjunta de obras de grande fôlego e relevo, como o Dicionário, Ortografia e Gramática da Língua Espanhola, o Dicionário de Americanismos ou o Dicionário Pan-Hispânico de Dúvidas.

Por cá, nem um «vocabulário comum de dois» (Portugal-Brasil) foi possível. Para quando uma comunhão real de empenhos na salvaguarda do superior valor da língua portuguesa — que se consubstancia, afinal, no superior interesse de todos os falantes da língua portuguesa?

2. O tema do programa Cuidado com a Língua!, da RTP1 (segunda-feira, 27 de Abril, 21h18*), andará em torno dos números e da (muita) confusão à volta deles — nomeadamente quando eles ascendem à ordem dos biliões. Mas também se falará da diferença, e porquê, entre (um grau) e 1.º (primeiro). E da origem da expressão «trinta-e-um de boca» e da frase «Abre-te, Sésamo!». Com a participação do matemático Nuno Crato.

*Hora oficial portuguesa

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1. A Cimeira Ibero-Americana da Educação encerrou com boas perspectivas para a difusão do português. Depois de um protocolo assinado por Portugal e Espanha relativo ao ensino do português e do espanhol, foi a vez de a ministra uruguaia da Educação e da Cultura, Maria Simón, anunciar que a partir de 2010 o seu país terá o ensino do português como segundo idioma nas escolas públicas.

2. No programa Língua de Todos (RDP África, sexta-feira, 24 de Abril, às 13h15*; repetição no sábado, às 09h15*), a linguista Margarita Correia fará uma leitura crítica do lançamento, em Portugal, do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, edição da Academia de Letras do Brasil. Por razões de programação da Antena 2, não haverá Páginas de Português no domingo, dia 26.

* Hora oficial de Portugal.

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1. Parece que um protocolo entre Portugal e Espanha vai finalmente facilitar o ensino do português e do espanhol nos respectivos sistemas educativos. No final da Cimeira Ibero-Americana da Educação, recentemente realizada em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação de Portugal, revelou que, a partir do próximo ano lectivo, entrará em vigor um contrato com a comunidade autonómica da Estremadura espanhola, o qual permitirá a troca de professores de língua entre os dois lados da zona raiana. Apesar das diferenças na organização curricular e disciplinar entre os dois países, a ministra portuguesa reconheceu a necessidade de uma aproximação que torne o ensino de português em Espanha «tão curricular quanto possível».

2. Já que falamos da língua de Cervantes, rendamos homenagem aos livros, paixão de D. Quixote e ódio da barbárie. Lembrando a que o argentino Jorge Luis Borges um dia anteviu em conto, eis a Biblioteca Mundial Digital (World Digital Library), uma iniciativa com o apoio da UNESCO: aventure-se!

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A língua portuguesa cresce em Moçambique, e dia 13 de Maio de 2009, às 11h15, no Centro de Linguística da Universidade do Porto, Gregório Firmino, professor da Universidade Eduardo Mondlane (Maputo, Moçambique), proferirá uma conferência intitulada "A institucionalização do português em Moçambique: antecedentes, dilemas e perspectivas".

2. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de  Letras (ABL) já está disponível em Portugal. Na Montra de Livros, fazemos uma brevíssima apresentação da obra.

3. Na rubrica Notícias, damos conta de duas iniciativas a realizar no âmbito do Projecto de Investigação e Ensino da Língua Portuguesa (IELP).

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1. Fala-se de textura acerca de tecido, mas o termo também se relaciona etimológica e metaforicamente com texto. É o que Ana Martins recorda em mais um Pelourinho, comentando casos de desarticulação do discurso nos jornais portugueses. Ainda sobre a comunicação social em Portugal e na mesma rubrica,  assinalam-se impropriedades de linguagem e reprova-se o excesso de estrangeirismos.

2. O tema do programa Cuidado com a Língua!, da RTP1 (segunda-feira, 20 de Abril, 21h18*), gira à volta da Igreja Católica e de alguns termos e palavras com ela relacionados. Por exemplo, quando se usa  Santo e São. Ou sobre a diferença entre ateu e agnóstico. Ou, ainda, a evolução semântica do vocábulo missa.

* Hora oficial de Portugal.