Está já em circulação a moeda da língua portuguesa: Fernando Pessoa e Camões foram escolhidos pelo escultor José Simão para ilustrar a nova moeda de colecção de 2,50 euros.
É um chavão: a nossa língua é o repositório de história, cultura e mundividência partilhado pela comunidade de países lusófonos. Mas há quem todos os dias se enterneça com as investidas e pequenas aparições da língua-mãe. Aconteceu, por exemplo, ao jornalista Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias.
A seguir ao chavão, vêm os números: 240 milhões de falantes, 5.ª língua mais falada no mundo, terceira língua europeia. Mas ainda que o português não fosse uma língua em que tanta gente dá à língua, não seria ela de menor valor, sobretudo para quem a tem como língua-mãe. É que, como evidenciou Isaac Bashevis Singer, há uma razão forte para amarmos a nossa língua materna — é que nunca saberemos falar outra tão bem.
O Conselho de Ministros de Portugal aprovou, no passado dia 21 de Maio, três diplomas relativos ao ensino da língua portuguesa no estrangeiro. Os diplomas serão agora submetidos à aprovação da Assembleia da República.
Uma das novidades prende-se com o facto de os professores de língua portuguesa no estrangeiro só poderem leccionar durante períodos de seis anos em cada área consular, mediante contratos renovados anualmente.
Outra alteração diz respeito ao Instituto Camões: esta entidade assume toda a gestão da divulgação da língua e da cultura portuguesas (ensino básico, secundário e superior).
A Comissão de Língua, Educação e Cultura do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) já reagiu: não sabia de nada até ter lido a notícia nos jornais.
1. Como se pronuncia Eurojust? E de que género é? Porquê? A resposta é dada nesta actualização.
2. Entra também em linha um artigo do filólogo Jorge Daupiás (1885-1947). Um artigo antigo, mas sempre actual sobre alguns dos casos mais conhecidos da chamada pronúncia pseudo-erudita ou afectada. São os casos de ministro, de feminino, de militar, de vizinho ou de Filipe.
3. Em Nome do Ouvinte, o programa do provedor do Ouvinte da RDP, Adelino Gomes, passou a integrar uma rubrica sobre os erros de português na programação e na informação da rádio pública portuguesa. Intitula-se Questões de Língua. A nova rubrica – que conta com a colaboração da professora Maria Regina Rocha, consultora do Ciberdúvidas e do programa televisivo Cuidado com a Língua! – estreia no dia 22 de Maio de 2009, na Antena 1 (às 17h15*). Repete sempre aos sábados (às 13h15*) e é transmitida, ainda, na Antena 2 (aos domingos, às 13h15*), na Antena 3 (aos domingos, às 14h30*), na RDP África (às segundas, às 13h15*) e na RDP Internacional**.
4. O programa Páginas de Português de domingo, 24 de Maio, às 17h00*, na Antena 2, foca a função e o uso do adjectivo nas línguas em geral e na nossa em particular. Haverá também uma conversa com o director do diário i, Martim Avillez Figueiredo, sobre os cuidados com o português neste novo jornal.
* Hora oficial portuguesa.
** Terça-feira, 11h40: Europa, África e Brasil.
Terça-feira, 15h40: Médio Oriente e Índia.
Quarta-feira, 01h30: EUA, Canadá e Venezuela.
1. Em Nome do Ouvinte, o programa do provedor do Ouvinte da RDP, Adelino Gomes, passou a integrar uma rubrica sobre os erros de português na programação e na informação da rádio pública portuguesa. Intitula-se Questões de Língua. A nova rubrica – que conta com a colaboração da professora Maria Regina Rocha, consultora do Ciberdúvidas e do programa televisivo Cuidado com a Língua! – estreia no dia 22 de Maio de 2009, na Antena 1 (às 17h15*). Repete sempre aos sábados (às 13h15*) e é transmitido, ainda, na Antena 2 (aos domingos, às 13h15*), na Antena 3 (aos domingos, às 14h30*), na RDP África (às segundas, às 13h15*) e na RDP Internacional**.
**Terça-feira, 11h40: Europa, África e Brasil.
Terça-feira, 15h40: Médio Oriente e Índia.A Estilística da Língua Portuguesa, do filólogo português Manuel Rodrigues Lapa (1897-1989), surpreende-nos constantemente pela avaliação lúcida de usos e abusos de linguagem. Na rubrica O Nosso Idioma transcrevemos excertos dessa obra que convidam a reflectir acerca do problema sempre actual dos estrangeirismos, como é o caso da seguinte passagem:
«A adopção dos estrangeirismos é uma lei humana e particularmente portuguesa: constitui como que uma fatalidade, devida aos intercâmbios das civilizações. A língua, especialmente o vocabulário, só tem a lucrar com isso. O ponto está em que essa imitação não exceda os limites do razoável e não afecte a própria essência do idioma nacional.»
1. Em Portugal, comenta-se a resistência ao Acordo Ortográfico de 1990. Por um lado, no Governo português, perdura a falta de consenso quanto à aplicação da nova ortografia. Por outro, estando a Assembleia da República a preparar-se para debater uma petição pública contra o Acordo, ouvem-se mais vozes discordantes. Por exemplo, a de Luís Fagundes Duarte, deputado socialista e conhecido académico, que considera necessário criar uma comissão de especialistas, composta por filólogos, linguistas e profissionais para corrigir «muitas imprecisões, erros científicos e ambiguidades» do Acordo.
2. Noutros quadrantes, o discurso é de união. De 14 a 16 de Outubro de 2009, o Departamento de Letras da Universidade da Beira Interior (UBI) organizará o I Congresso Internacional Portugal/Brasil: Relações Linguísticas e Culturais. O pano de fundo desta iniciativa é, mais uma vez, o novo acordo ortográfico e «a língua portuguesa, elo mais forte das terras luso-brasileiras e africanas» (ler Apresentação).
1. A formação de nomes de ruas, praças, avenidas, etc. não é arbitrária, como nos revela Regina Rocha.
2. Quem se recorda do pretérito mais-que-perfeito simples? Nesta actualização, um consulente da Galiza pergunta-nos se ainda se usa este tempo verbal para exprimir o mesmo valor que o condicional (futuro do pretérito no Brasil). A resposta é sim, mas muito pouco.
1. Numa altura em que o Acordo Ortográfico está em acção no Brasil, em que foi lançado o VOLP, pela Academia Brasileira de Letras, e em que o Governo português anunciou a activação daquele documento ainda para este ano, eis que surge esta notícia: Parlamento debate quarta-feira relatório sobre petição pública contra Acordo Ortográfico.
2. O 65.º e último programa do Cuidado com a Língua! (RTP 1, 21h18*) tem como convidada especial a actriz Sofia Aparício e como cenário natural o Jardim Zoológico de Lisboa. Entre leões e elefantes (e as expressões «contrato leonino» e «memória de elefante»), tigres, cangurus (porquê estes nomes?) e «flamantes»… flamingos.
* Hora oficial portuguesa
1. Numa altura em que se fala tanto de poupança, siga-se o exemplo da língua e, em particular, da palavra se — pequenina, mas polivalente:
2. A próxima edição do Língua de Todos (dia 15, RDP África, às 13h15*, e dia 16, às 09h15*) é dedicada a uma conversa com a linguista Fernanda Bacelar, sobre algumas palavras de origem africana presentes na língua portuguesa, como banana, minhoca, missanga, moleque, quezília ou tanga, por exemplo.
O Páginas de Português (dia 17, Antena 2, 17h00*) oferece uma viagem ao Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, que conta actualmente com um acervo de mais de 800 mil palavras portuguesas recolhidas, algumas utilizadas uma só vez por escritores de todos os tempos.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações