1. Na Estremadura espanhola, o português passou a ser a língua estrangeira mais estudada depois do inglês. As províncias de Badajoz e Cáceres surgem assim à frente das regiões espanholas fronteiriças no tocante à promoção do ensino do português, deixando para trás a Galiza, que tem laços históricos com a lusofonia.
2. Já as notícias dos Estados Unidos são decepcionantes: o português continuará a não ser usado nos exames de acesso à universidades norte-americanas.
3. Como noticiámos, o consultório voltará em 6 de Setembro com actualizações diárias. Pedimos, por isso, aos nossos consulentes que não nos enviem perguntas até essa data.
1. Em Portugal, ocorrem cada vez mais o verbo reportar e o substantivo reporte como sinónimos de relatar e relatório, respectivamente. Na rubrica Pelourinho, Paulo J. S. Barata comenta estes novos usos semânticos, reflexos da constante pressão do inglês.
2. O consultório voltará em 6 de Setembro com actualizações diárias. Até lá, agradecemos que não nos sejam enviadas perguntas.
1. Híper, redução de hipermercado, leva acento no i tónico, por ser uma palavra grave terminada em r. E o plural é híperes (e não “hipers”, como passou a escrever-se, mal, nalguma imprensa portuguesa). Abonado há muito nos principais dicionários de português, o registo encontra-se recomendado, também, no Vocabulário Ortográfico do Português, no Portal da Língua Portuguesa do ILTEC. Aqui. 1
2. «O relativo onde é, muitas vezes, usado incorrectamente, dando origem a um erro sintáctico que passa despercebido aos olhos menos atentos», recorda Sandra Duarte Tavares num texto, com exemplos ilustrativos, que fica desde esta data na rubrica O Nosso Idioma.
3. Entretanto, como já foi anteriormente aqui referido, retomaremos em Setembro as actualizações diárias do consultório do Ciberdúvidas.
1 No espanhol, este também é um plural de uso controverso, como se pode ler nesta recomendação da Fundéu .
1. Já se encontra disponível no mercado livreiro português a 5.ª edição do Prontuário – Erros Corrigidos de Português (Texto Editores), da autoria de D'Silvas Filho. Nele consta, já, um vocabulário fundamental das dúvidas no novo Acordo Ortográfico – onde se incluem as normas que mudam, mas também exemplos ilustrados de frases e palavras que mantêm a grafia anterior. No todo, integra o já conhecido glossário dos erros corrigidos mais frequentes, actualizado em relação à anterior edição; um vocabulário de dificuldades com mais de 20 mil entradas; um dicionário resumido de estrangeirismos; abreviaturas e notas para a inovação na escrita; as regras ortográficas em vigor sistematizadas e numeradas, para fácil consulta; regras gramaticais pormenorizadas, com notas sobre o Dicionário Terminológico; e um dicionário terminológico comentado.
2. Sobre «o bicho-papão "mais bem"» escreve Sandra Duarte Tavares, em O Nosso Idioma: «Hoje em dia, parece provocar pânico geral o uso da forma mais bem, pelo que muita gente opta pela solução que considera mais correcta, mais segura, mais elegante, até: melhor. Nada contra o uso desta forma. Mas também nada contra o uso da primeira. O pior é quando uma e outra são erradamente usadas…». O texto integral pode ser lido aqui.
3. As actualizações do consultório do Ciberdúvidas, como já foi aqui referido anteriormente, voltarão em Setembro.
1. Dois novos textos entrados no Ciberdúvidas: História de uma letra, da poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira Cecília Meireles (1901-1964), e A Internet e a língua – um problema de rigor, do nosso colaborador Manuel Matos Monteiro. E fica, também, o registo, neste endereço, do número do Verão de 2010 de A Folha, o boletim da língua portuguesa das instituições europeias.
2. Quanto ao consultório, como já foi aqui referido anteriormente, voltaremos só em Setembro com as actualizações diárias. Agradecemos, por isso, que não nos sejam enviadas perguntas durante este mês de Agosto.
1. Relembramos: durante o mês de Agosto ficam interrompidas as actualizações diárias do consultório do Ciberdúvidas. Agradecemos, por isso, que não nos sejam enviadas perguntas durante este período de férias.
2. Para além do que ficou na última actualização, deixamos em linha dois novos textos, na rubrica O Nosso Idioma. O primeiro – um trecho da Gramática-Prontuário da Língua Portuguesa, de Álvaro Garcia Fernandes – esclarece, de forma muito clara, quando se deve usar o porque e o por que nas frases interrogativas (segundo a norma recomendada no português de Portugal). O segundo trata-se igualmente de uma transcrição, que aqui se faz também com a devida vénia, de uma saborosa crónica do jornalista Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias de 8 de Agosto de 2010: «Na língua, quem deve a quem?» (entre portugueses e brasileiros).
3. Finalmente, e a propósito de «quem tão bem cuida da menina dos [nossos] olhos», fica aqui a notícia: a edição, revista e actualizada pelo novo Acordo Ortográfico, da Moderna Gramática Portuguesa, do académico brasileiro Evanildo Bechara.
A constituição da linguística como ciência assentou na oposição sistema-uso, fomalização-empiria. A linguística, pelo menos nos seus primórdios, estuda o sistema, empreende na formalização. E da formalização, apuramento de regras descritivas, até à imposição de regras, normativas, vai um passo pequeno. Nem sempre justo, porém:
«Há sempre um desajuste entre as definições que a gramática tradicional dá de uma forma e os empregos reais dessa forma (...)» (Gustave Guillaume, 1929, Temps et Verbe).
«Não é verdade que o dito anacoluto não tem função sintática. Ele apenas não tem uma das funções sintáticas que estão na lista das gramáticas que Ubaldo lê (...)» (Sírio Possenti, 2010, «Crença rígida nas gramáticas espanta»).
Então, como agora.
Antes de regulamentar um fenómeno de língua, há que descrevê-lo e compreendê-lo, sob pena de a regra a ditar abrir um leque variado de contradições. O trabalho Apagamento, Semivocalização e Ditongação na Fala de Repórteres e Apresentadores é um exemplo de um estudo de campo, que poderá constituir-se como a antecâmara para uma normalização de usos em produtos audiovisuais.
Outro exemplo salutar é a promoção de ciclos de estudos que prevêem a ocorrência, por períodos latos, de conferências dinamizadas por especialistas de uma dada área da linguística. É o caso do ciclo de estudos promovido pelo Departamento de Comunicação e Artes da ECA-USP, Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo.
Sem plano de financiamento, mas com «forte impulso político», o projecto de criação de um canal de televisão de emissão internacional em língua portuguesa, com a chancela dos governos de Portugal e do Brasil, foi objecto de anúncio pelo ministro português Jorge Lacão. A ambição maior é integrar os demais países da CPLP.
Cf. Seixas da Costa diz que CPLP não funciona e que Brasil não se empenha na organização
Para o Brasil, saiu o Novo Corrector com Reforma Ortográfica Aurélio, que, para além da revisão ortográfica, traz todas as demais funcionalidades de um dicionário electrónico.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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