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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

O sítio brasileiro educacao.pe.gov.br/oje abriu o concurso Professor-Autor que visa estimular a criação de materiais e projetos inovadores no seio da comunidade de professores — de português e de outras áreas de ensino. Cada professor pode submeter até quarenta projetos. Mas, mais do que um concurso, há a consolidação de um conceito: o do próprio professor-autor: aquele que, em face de um grupo de alunos específico e em condições específicas, não se limita a servir de canal de transmissão para planos e materiais produzidos por outros (e para outros).

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Poliglotti4.eu é a nova plataforma, financiada pela União Europeia, cujo objetivo primordial é aumentar o número de cidadãos multilingues no espaço europeu. As áreas de trabalho desenvolvido são, por isso, a educação, a tradução, a terminologia e a política de língua.

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Deixamos, neste dia, como sugestão de leitura, a indicação de um artigo que, ao figurar neste consultório, é já resposta às perguntas «Qual a origem de entrevado?», «E a de labrugem?», «E a de relento?». Trata-se de um texto, já antigo, de Joseph M. Piel, que não apenas nos poupa o trabalho de responder a estas perguntas, quando/se elas aparecerem, mas que também, e antes de mais, é um modelo de abordagem rigorosa das questões da língua.

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Qual o papel da escola no ensino de uma língua com acentuada variação, como é o caso do português no Brasil? Poderá o professor cingir-se apenas à(s) norma(s) culta(s)? Sugerimos a este propósito a leitura do artigo O ensino da variação em sala de aula, de José Sérgio Moura, da Universidade Estadual de Alagoas.

Independente das opções tomadas a este nível, é dado como certo que o aluno tem de dominar também, em pleno, a língua padrão, domínio esse que em larga medida se desenvolve através da gestão de programas de leitura extensiva.

O objetivo imediato é, naturalmente, o de diminuir o número de reprovações. Em Portugal, este ano, o elevado número de reprovações — 10% a Português — foi o principal responsável pelo decréscimo de entradas no ensino superior.

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Para o grande público, a linguística continua a ser uma bela desconhecida, sobretudo se falamos de investigação fundamental. Quando, porém, saltam para as páginas dos jornais aplicações dessa investigação a áreas como o direito e a criminologia, eis que alguma curiosidade desponta. É o caso da recente notícia sobre o "rapaz da floresta", um adolescente que diz ter vivido cinco anos numa floresta no Sul da Alemanha. Um dos instrumentos principais de averiguação da veracidade da sua história e das suas origens geográficas é a análise fonética do seu desempenho oral. É esta uma das faces da linguística forense.

E a linguística cognitiva o que é? A obra Introdução à Linguística Cognitiva, de Lilian Ferrari, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recentemente publicada, visa responder a esta pergunta. Tratando-se de uma área relativamente nova, fazia falta um trabalho que traçasse os principais pressupostos teóricos e modelos operativos que caracterizam este campo de estudos.

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Um coisa é certa: o número real de falantes de português em Timor-Leste não é certo. É muito curiosa a citação que Hanna Batoréo faz em entrevista ao Hoje Macau: «Actualmente cerca de 25% dos timorenses falam português só nos sonhos de alguns fazedores de relatórios da Cooperação Portuguesa…» Estima-se que o número real de falantes ronde os 5% ou 6%. Se a tendência se mantiver, até quando pode a Constituição da República Democrática de Timor-Leste garantir o português como língua oficial?

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Se a ortografia é normativa e a pronúncia nunca o é, como é possível fazer depender a ortografia da pronúncia? É este o paradoxo em que se firma Hélio Alves, num artigo publicado no Jornal Online da Universidade de Évora, para retomar a questão da facultatividade na redação de consoantes que — consoante a comunidade linguística — são mudas ou não.

E a propósito: neste ano de entrada do novo Acordo no sistema de ensino oficial português, prevê-se um acréscimo de perguntas no consultório sobre o tema, justamente sobre consoantes mudas (ou não...) e, muito provavelmente, também, sobre hifenização (como a atualização deste dia comprova). Fazemos notar, porém, que, caso o consulente pretenda apenas uma atestação da nova forma gráfica de palavra, sem mais explicações de fundo, pode sempre recorrer ao Portal da Língua Portuguesa e obter aí resposta instantaneamente, pesquisando no Vocabulário Ortográfico do Português, que é o guia oficial da língua em Portugal. Para o Brasil, o mesmo poderá ser feito com o acesso ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras.

Com a adoção do Acordo Ortográfico nas escolas portuguesas, neste regresso às atualizações diárias do consultório, o Ciberdúvidas passa a reger-se também pelas novas regras do português escrito. A partir deste dia, neste sítio, escrever-se-á exclusivamente de acordo com o novo Acordo.

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Desde 2001 que tem vindo a assistir-se à redução do número de inscrições nas aulas de português de crianças e jovens lusodescencentes residentes na Bélgica. Apesar das campanhas de sensibilização, de que o vídeo abaixo é exemplo, a situação piora neste país. E no corrente ano lectivo aconteceu o inevitável: a redução de horários de português. Valia a pena fazer um estudo sistemático e apurar qual a razão de esta tendência se verificar de modo tão agudo neste país — e invertê-la.

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Aquando da incandescente discussão sobre a Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário, extremaram-se posições e brandiram-se estandartes e, no final da peleja, todas as partes condescenderam no Dicionário Terminológico. Raros foram, porém, os opinantes capazes de reconhecer que não há ensino de língua eficiente sem investigação linguística pujante.

É neste enquadramento que propomos, neste dia, a leitura do artigo "A Linguística e o Ensino de Língua Portuguesa: mudanças na abordagem gramatical", de Silvio Profirio da Silva, que reflecte sobre das contribuições dos postulados da linguística contemporânea para o ensino de língua portuguesa. E para os que pensam que este é um tema recente, invocamos, a título de exemplo, a obra, de 1977, Pragmática linguística e ensino do português, de Fernanda Irene Fonseca e de Joaquim Fonseca. Também o artigo "Alfabetização e Lingüística", de Luiz Carlos Cagliari (de 1989), merece figurar como referência.

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Não raro, ainda hoje, a língua é comparada a um ser vivo. Um aspecto dessa comparação diz respeito à diversidade. Tal como a biodiversidade, a diversidade linguística é tomada como um valor à partida. Daí até à defesa da promoção das línguas nacionais em países como Moçambique (com 41 línguas bantu, segundo o Ethnologue) vai um passo de anão. Mas quando a promoção das línguas nacionais passa pelo ensino destas em contexto escolar, várias perguntas emergem necessariamente: quem ensina, o que se ensina, com base em que gramáticas e com que regulação gráfica?

E, justamente, na Universidade Eduardo Mondlane, terá lugar, no próximo dia 15 de Setembro, o colóquio Português em contexto africano multilingue: em busca de consensos. O encontro tem por objectivo promover o debate público sobre o uso do português como língua materna em contexto multilingue, com particular destaque para o uso da língua portuguesa como língua oficial em Moçambique.