1. Nesta atualização:
– no Pelourinho, a propósito de um debate televisivo sobre a atualidade futebolística portuguesa, José Mário Costa volta a recordar que «ir de encontro a...» não tem o mesmo significado que «ir ao encontro de...», apesar de, atualmente, na modalidade em causa, haver muito "encontrão" verbal, como o outro aí apontado também (a prolação do topónimo angolano Caála);
– no consultório, recorda-se que a abreviatura de número é n.º (com ponto abreviativo e letra final em expoente), descreve-se o uso de algumas expressões que incluem o substantivo costume e comentam-se os critérios para aplicar maiúsculas iniciais a Polo Norte e Polo Sul.
2. Ainda sobre encontrões linguísticos, ou, melhor, acerca de incorreções que são produto da irreflexão ou da ignorância:
– em época de atribuição dos Prémios Nobel, convém sempre insistir que este nome próprio é palavra aguda (isto é, oxítona), soando como "nobél";
– no rescaldo das eleições legislativas realizadas em Portugal em 4 de outubro p. p., e porque agora se fala em acordos para a governação, vale a pena sublinhar que a pronúncia do plural de acordo tem o fechado na penúltima sílaba – "acôrdos", portanto, e nunca "acórdos".
3. Do programa Língua de Todos de sexta-feira, 9 de outubro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 10 de outubro, depois do noticiário das 9h00*), saliente-se o depoimento da nossa colaboradora Ana Sousa Martins sobre as diferenças entre a escrita de correio eletrónico e a das cartas tradicionais. O Páginas de Português de domingo, 11 de outubro (às 17h00*, na Antena 2), analisa algumas questões relacionadas com o bom uso do idioma. Quando é que se diz obrigado ou obrigada? Devemos dizer media, ou "mídia"? Qual a origem da expressão «ovelha "ranhosa"»? Será correto dizer-se «a gente fomos ao cinema»?
* Hora oficial de Portugal continental.