As regras do hífen são iguais para Portugal e Brasil no novo acordo. Diferiam, por exemplo, em fim-de-semana e nas formas monossilábicas do verbo haver com a preposição de (ficam agora sem hífen como já o eram assim no Brasil).
Com as regras brasileiras e portuguesas ainda em vigor não era possível a unidade da língua. Havia diferenças significativas na grafia das consoantes não articuladas, já eliminadas no Brasil; bem como nalguns acentos adoptados no Brasil e já eliminados em Portugal.
No Acordo de 1990, a unidade, embora fraca, foi conseguida com cedência de hábitos ortográficos de parte a parte e com a manutenção das variantes que não podiam ser unificadas.
Estaremos, assim, agora com possibilidade de realizar um dicionário comum da nossa língua para toda a lusofonia, em que passa a haver muito mais unidade e todas as variantes serão entradas legais. Não faz sentido que, tratando-se da mesma língua, um estrangeiro não encontre termos do português europeu num dicionário idóneo, razoavelmente completo, publicado no Brasil; e vice-versa. Lembro que, por exemplo, o Houaiss tem presentemente duas versões distintas.
Novo acordo
Termos para Portugal: adotados.
Para o Brasil: sem alteração.
NOTA: as duplas grafias não implicam alterações obrigatórias na escrita.