A expressão preposicional «para com o amigo»
Não consigo entender o que levou os doutores A. Tavares Louro e Carlos Rocha a dizerem que não há função sintática em «para com o amigo», no período proposto pela consulente Maria Silva (25/09/2007) ou, palavras deles: «Não há um termo tradicional corrente para classificar este constituinte: trata-se de um complemento circunstancial, que "pode ser" [destaque meu] de fim ou, como propõe José Neves Henriques, de referência ou relatividade». A oração «Ele é simpático para com o amigo» é sintaticamente analisada da seguinte forma (desde sempre): «Ele» (sujeito); «é» (verbo de ligação); «simpático» (predicativo do sujeito); «para com o amigo» (complemento nominal). Detalhe: a própria regência nominal do adjetivo simpático projeta argumento com a possibilidade de locução prepositiva «para com», o que confirma que «para com o amigo» é, de fato, um complemento nominal.
Estou muito surpreso, pois envio perguntas com freqüência e geralmente recebo respostas apropriadas. Gostaria de uma resposta de vocês quanto à verdade da análise sintática da oração proposta.
