Congratulo-me, prezado consulente, pela sua preocupação face a estas lides da língua portuguesa, sobretudo sendo representante de uma área que, do ponto de vista do vocabulário, é bem mais “british” do que a palavra latina campus, seja qual for a via por que entrou na língua.
Quanto ao uso do vocábulo pólo, a análise de vários exemplos parece mostrar alguma diferenciação no uso dos dois termos, campus e pólo. Assim, campus designa, diz-no-lo o dicionário da Academia, e também o de Houaiss, o «conjunto de edifícios, residências e espaços abertos de uma universidade, em geral fora de um centro urbano». Equivale, de algum modo, a cidade universitária.
Já pólo, para além do uso que tem em inúmeras outras áreas, parece designar uma extensão da própria universidade como se pode depreender do exemplo 3884 do corpus cetempúblico, in: www.linguateca.pt: «… a Universidade Lusíada deu como ultrapassada a crise no seu pólo de Famalicão.»
Note-se ainda que a palavra pólo poder ter também, segundo o dicionário já citado, o sentido de «ponto central ou essencial de uma coisa.»