«Cuidados de saúde primários», ou «cuidados primários de saúde», qual é a forma gramaticalmente correcta e porquê? E no caso de «cuidados de saúde secundários ou terciários», não deveria ser «cuidados secundários ou terciários de saúde»?
Grato por qualquer esclarecimento que me possam prestar.
«Mais de um aluno veio ao evento.»
«Mais de um aluno vieram ao evento.»
Qual das opções está correta?
O assunto acima referido já foi alvo de tratamento por V. Exas., mas entretanto entrou ou está a entrar em vigor o novo acordo ortográfico e por isso gostaria de relançar a questão: na versão europeia da nossa língua, devemos escrever ioga ou Yoga? Porquê?
No glossário das Ciberdúvidas, continua a classificar-se como erro a forma Yoga, estará esta posição actualizada?
Há quem me diga que ioga é um aportuguesamento de yoga (sânscrito) e não um equivalente em português e que como a letra y entrou para o nosso alfabeto e como tal não haveria razão para a exclusão da forma yoga. Por minha parte, tenho tendência para dizer: se há uma forma aportuguesada, usemo-la!
Agradeço desde já o parecer de V. Exas. sobre este assunto.
Agradeço um esclarecimento sobre a dúvida seguinte:
Na frase «Ele falou aos amigos», o constituinte «aos amigos» desempenha a função sintáctica de complemento indirecto. E qual é a função sintáctica de «com os amigos» na frase «Ele falou com os amigos»?
Semanticamente, «falar a» e «falar com» têm o mesmo valor. Num dicionário que consultei (Dicionário de Verbos Portugueses, Porto Editora), a regência do verbo falar é apresentada deste modo:
— falar de, sobre: «falámos dele», «falou-se sobre futebol».
— falar a, com: «ele falou a todos», «ele falou com todos».
— falar em: «falei nele ao professor»; «falou ontem no assunto»; «falaram em vir mais cedo»; «falei-lhes em inglês».
Porém, sintacticamente, surge a seguinte dúvida:
Na primeira frase, «aos amigos» é um complemento indirecto, sendo introduzido pela preposição a e sendo substituível pelo pronome lhes: «Ele falou-lhes.»
Na segunda frase, «com os amigos» é aparentemente um complemento oblíquo; no entanto, penso que é substituível pelo pronome lhes: «Ele falou-lhes.» Qual é, então, a sua função sintáctica?
Agradeço desde já a atenção dispensada.
Gostaria que me esclarecessem a que se deve a irregularidade da primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo poder (posso), já que em galego não se verifica a irregularidade (podo).
Obrigada.
Em relação à vossa resposta à pergunta n.º 29 396, «guepardo» não se trata de um galicismo? Não é um «encosto» à palavra francesa «guépard»? Na década de 70, ofereceram-me um livro de zoologia editado em Portugal (já não posso dizer se era uma tradução, ou se a redacção inicial foi feita em português), e nesse livro eles consistentemente chamavam o animal de leopardo-caçador — frisando claramente que zoologicamante era um animal diferente do chamado simplesmente leopardo. Com o passar dos anos é que eu fui assistindo à moda de chamar o animal de chita (do inglês cheetah), primeiro com o género masculino, mas depois com o género feminino, se calhar por a palavra terminar em a. Afinal, qual é o termo mais «genuinamente» português (com «português», eu pretendo dizer da língua portuguesa, não de Portugal)?
Obrigado.
Queria saber qual é a forma exacta para utilizar correctamente «ter tendência»:
«Os jovens têm a tendência a criar amizades», «Os jovens têm a tendência de criar amizades» ou «Os jovens têm tendência a criar amizades».
Obrigada.
Gostava de saber qual a origem da expressão «andar de lado», no sentido pejorativo, quando, por exemplo, ameaçamos alguém: «Porta-te bem, senão levas um estalo, que até "andas de lado!"»
Obrigado!
Um amigo corrigiu-me quando lhe disse que ia dar uma segunda mão de tinta às cadeiras. Segundo ele, deveria ter dito «segunda demão». Poderiam, por favor, tirar-me esta dúvida? «Mão» ou «demão», neste caso específico?
Obrigada.
Estava eu às voltas com os particípios passados do verbo fixar, procurando uma justificação para poder utilizar a sua forma regular numa frase na voz passiva («O corpo principal deve ser fixado à base por meio de parafusos»), pois a utilização de fixo soava-me muito mal, quando verifiquei que no dicionário da Porto Editora o verbo fixar não é considerado como tendo particípio duplo, ao contrário do que acontece em muitas outras fontes, inclusivamente o Ciberdúvidas. Isto está correcto? Posso justificar a utilização de fixado nesta frase dizendo que fixo caiu em desuso como particípio irregular e é utilizado apenas como adjectivo?
Muito obrigada!
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