Tenho uma pergunta que surgiu pela comparação do termo superfície com o equivalente inglês surface.
Gostaria primeiramente de referenciar a seguinte entrada (em inglês, no texto original) do blogue Linguae Textae (peço desculpa por não citar o artigo, mas não estou suficientemente à vontade, por causa dos direitos de autor).
O autor do artigo diz que a forma preferível para a língua portuguesa (e espanhola) de interface seria "interfície" (interficie em espanhol). Diz ainda que o fenómeno de mudança dos «ás» para «is» é frequente em latim, tal como se verifica em deficiente, do latim deficiens, em que o prefixo de- é apenso ao particípio presente faciens do verbo facere, que se tornou no português fazer e espanhol hacer.
Gostaria que conformassem se estas informações estão correctas.
Caso o estejam, por que motivo, em português, não se diz interfície? Nesta entrada, fala-se em como os falantes de catalão foram engenhosos, por terem adoptado o termo mais preferível. Como assim? Eu, por exemplo, no dia-a-dia, utilizo interface, porque é a norma adoptada pelos manuais escolares e meios de comunicação social, que supostamente deveriam utilizar os termos mais correctos e fiéis à nossa língua. Não existe nenhuma entidade que proponha e promulgue os termos mais correctos a serem utilizados em português?
Palavra que está na moda, relacionamento homoafetivo. Acho que significa um relacionamento em que existe o mesmo afeto. Assim, um casal de heterossexuais que tem um relacionamento homoafetivo, para mim, significa que ele confere a ela o mesmo afeto que dela recebe. Na minha singela opinião, a palavra correta para o significado que se deseja seria um relacionamento "homosexoafetivo". A minha assertiva é correta?
Há uma aldeia na serra do Alvão com o nome de Muas. Gostaria de saber qual o significado ou a origem deste nome.
Obrigada.
À semelhança das formas masculinas parricida/patricida, também se pode dizer marricida/matricida?
É que li a palavra "marricida" no Sol, numa notícia sobre um homem que matou a própria mãe, mas não a encontro em mais lado nenhum. Nem nos dicionários, nem na Internet...
Muito obrigado.
Poder-me-ão esclarecer acerca da diferença semântica entre os termos culinária e gastronomia?
Grata pela atenção.
Prezada equipe do Ciberdúvidas, agradeço-lhe pelas respostas sempre esclarecedoras e por verdadeiramente manter um intercâmbio entre as diferentes variantes da nossa língua portuguesa. Agradeço especialmente ao senhor Pedro Mateus, por sua gentileza em me ter respondido uma questão anterior, ajudou-me muito.
Recebi uma resposta da Academia Brasileira de Letras em que ela fez referência à obra de Duarte Nunes de Leão, Orthografia da Lingoa Portvguesa, de 1576. Quando procurei a referida obra e fui consultá-la, deparei-me com um termo cujo significado não conhecia. Ele está na secção «Tractado dos pontos das clausulas, & de outros que se põem nas palauras, ou oração”. Eis o trecho:
«O VII. he o hyphen, q quer dizer vnião, ou ajuntamẽto. O qual se vsa de duas maneiras: a primeira, quãdo se ajũtão em hũ corpo duas dições differẽtes, ficado feitas hũa soo, como passa-tẽpo, guarda-porta, val-verde, Mont’-agraço & aquellas palauras Latinas, venum-dare, pessum-dare, ab-interstato, & outras muitas. A outra maneira de q a vsamos He, quãdo per caso,ou per erro, se acerta de screuer hũa palaura cõ as syllabas muito separadas hũas das outras, para denotarmos, q se hão de ajũtar em hum corpo, para formar hũa dição, & tirar a duuida em que staria o lector, como aqui: Confira-dona vossa palaura. De maneira que He final de vnião & ajuntamento, & como hũa solda, & serruminação de syllabas.» [Pelo licenciado Duarte Nunez Leão, em ORTHOGRAPHIA DA LINGOA PORTVGVESA; Lisboa, 1570, pp. 77-78.]
Este termo é justamente serruminação, já no final da citação. Gostaria de saber seu significado.
Gostaria também de saber a quantidade de fonemas que tem o vocábulo menina.
Qual a etimologia de cedástico?
Gostaria que me esclarecesse esta dúvida: a palavra certa é conceitual, ou conceptual? Existem as duas? Será que muda o sentido?
Mas vem de conceito, não é, e não de "concepto"?
Tenho a impressão de que os brasileiros só usam a palavra conceitual, mas queria saber qual é a regra na língua portuguesa agora com o acordo ortográfico.
Agradeço-lhe desde já.
Palavras como percepção, decepção, concepção, recepção (entre outras) são compostas por um prefixo (per-, de-, con-, re-) e um outro elemento linguístico comum "cepção".
Pergunto se, abordado isoladamente, aquele elemento comum à formação daquelas palavras tem algum valor ou significado, e qual é. Em caso afirmativo, poderíamos então juntar-lhe outros prefixos e formar outras palavras. Por exemplo, com o sufixo in- resultaria a palavra incepção (ou "insepção"?). Neste caso, qual seria o significado desta palavra?
Obrigado.
A palavra carreira é uma palavra da família de carro?
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