A entidade "que em princípio tem estado incumbida de dar orientações sobre a língua" tem sido a Academia das Ciências de Lisboa (no Brasil é a Academia Brasileira de Letras). Acontece, porém, que, após muitos anos inoperante, a Academia portuguesa publicou um dicionário que é muito controverso nalgumas soluções adoptadas, e não tem conseguido resolver o problema de fazer nova publicação para eliminar gralhas gritantes. Perdeu por isso autoridade. Estamos presentemente entregues aos lexicógrafos. Alguns são conscienciosos, mas aparecem discrepâncias que desorientam.
Ciberdúvidas, com a sua diversidade de especialistas e o seu espírito de missão, sem interesse comercial, está também dando um contributo para esta orientação e para a protecção do património linguístico.
No que se refere à toponímia, presentemente há tolerância na adopção da grafia original das respectivas comunidades. Não vejo qualquer inconveniente no facto de que se refira, da maneira que escreveu, aos topónimos que citou. Lembro só que, no caso de pretender ser entendida numa dada comunidade, é recomendável que, pelo menos, ponha entre parênteses o nome por que a localidade referida é ainda conhecida nessa comunidade [ex.: Kolkata (Calcutá), se estiver a escrever para leitores portugueses].
Ao seu dispor,