1. Em diversas explicações sobre o funcionamento da língua é necessário recorrer a termos que provêm dos trabalhos de investigação em lingu[ü]ística portuguesa, realizados nas duas últimas décadas. As publicações gené[ê]ricas que refle(c)tem, em diferentes moldes, esta investigação são, por exemplo: Mateus, Maria Helena Mira Mateus et al. – Gramática da Língua Portuguesa, Caminho (1983, 1989 e 2003); Hub Faria, Isabel, el al. – Introdução à Linguística Geral e Portuguesa, Caminho (1996); Colecção "Cadernos de Língua Portugusa", Edições Colibri/APL; Colecção "O Essencial sobre Linguística", Caminho, entre outros.
Fazer referência a estas investigações e às obras que as divulgam não quer dizer que se considere que há aí uma terminologia homogé[ê]nea; pelo contrário, há múltiplos pontos de vista teóricos que determinam múltiplas descrições e, por conseguinte, diferentes metalinguagens.
2. Para facilitar a compreensão dos leitores/consulentes é necessário fazer associações a termos e noções da gramática tradicional. Entende-se por «tradição gramatical» a abordagem fundada na descrição das «partes do discurso», ou categorias morfossintá(c)ticas, com recurso a uma nomenclatura que é hoje largamente reconhecida pelos falantes escolarizados. Ex.: nome, verbo, adje(c)tivo, complemento, oração subordinada/subordinante, etc.
3. A associação expressão adverbial — complemento circunstancial, feita na resposta que refere — é motivada pelo fa(c)to de o termo complemento circunstancial não permitir distinguir constituintes que são exigidos pelo verbo dos que são meros modificadores do grupo verbal.
4. Neste momento, em contexto escolar, deve ser usada a Nomenclatura Gramatical Portuguesa, de 1967, dado que o Ministério da Educação suspendeu o processo de revisão terminológica (TLEBS). Complemento circunstancial é o termo integrado na referida nomenclatura.