DÚVIDAS

«Temos muito a/que/para aprender com os mais velhos»

Deve dizer-se, rigorosamente:

a) «Temos muito a aprender com os mais velhos»;

b) «Temos muito que (e não «de», com sentido de obrigação) aprender com os mais velhos»; ou

c) «Temos muito para aprender com os mais velhos»?

As formas que me parecem mais correctas são a b) e c); no entanto, ouço dizer muitas a vezes como em a). Para outras formas verbais, como, por exemplo, «fazer», é igual?

Desde já, muito obrigado.

Resposta

As três formas em epígrafe são sinónimas. As de a) e c) são rigorosamente equivalentes (com as preposições a e para). A de b), com o pronome relativo que, equivale exactamente a muita coisa que. Em a) e c), muito não pode ser seguido de que, por já ter as preposições a ou para. Com fazer e outros verbos sucede o mesmo.

Só o de dá a ideia de obrigação, e então não se devem usar quer as preposições a ou para, quer o pronome relativo que, e o muito só depois de aprender ou outros verbos (p. ex., estudar); ex: «Temos de aprender muito.»

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